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Oralidade e escrita nas séries iniciais

Por:   •  16/10/2016  •  Artigo  •  2.130 Palavras (9 Páginas)  •  1.134 Visualizações

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ORALIDADE E ESCRITA EM SÉRIES INICIAIS

Rozilece de Souza Ramos

RESUMO: HHHHHH

PALAVRAS-CHAVE: HHHHH

  1. INTRODUÇÃO

Este artigo tem por objetivo fazer uma reflexão acerca da influência da oralidade nas produções textuais escritas de alunos do 3º ano do fundamental l, na escola CIEMA.

O estudo foi embasado em pesquisas bibliográficas e pelas observações feitas pela professora no ambiente escolar, em textos escritos produzidos pelos alunos e estudos da linguagem oral dos mesmos.

  1. O PROCESSO COMUNICATIVO E SEUS ELEMENTOS

No cotidiano, a capacidade de comunicação ocorre através de uma língua, e através dela que expressamos nossa linguagem. A linguagem é utilizada para diversas finalidades como expressar opiniões, sentimentos, necessidades, cuja finalidade maior é sempre se comunicar com o outro, pois só assim conseguirá sobreviver, estabelecendo uma relação de convivência em sociedade, adquirindo habilidades e compreensão do mundo, efetivando seu domínio linguístico, questionando e propondo soluções que implicam buscas constantes de uma aprendizagem significativa, pois, segundo Vygotsky a linguagem é um conjunto de símbolos com caráter histórico e social, que enfatizam a importância da informação e da interação linguística para a construção do conhecimento.

Mas o que é comunicar? Essa é a questão que deve ser analisada, pois para muitos é transmitir uma mensagem, enquanto para outros é apenas a compreensão. Porém, comunicar não é só falar um monte de palavras. É mais do que falar e ouvir. É usar as palavras dentro de um contexto para que sejam compreendidas na exata proporção da intenção da mensagem, contudo, podem sofrer distorções provocadas por pensamentos que direcionam essa mensagem para um objetivo diferente do desejado pelo emissor. Então, nota-se que só há comunicação se uma mensagem for transmitida e entendida. Se o falante colocar a ideia e ela não for assimilada pelo ouvinte, então não houve comunicação.

Segundo Martins e Zilberknop (2004), a comunicação se dá por meio de um processo que contém elementos importantes para a realização dela.

A comunicação jamais poderá ser compreendida como um fenômeno isolado, pois ela somente será eficiente, se outros elementos estiverem presentes nessa dinâmica. Os elementos essenciais para que ocorra uma boa comunicação são: fonte, emissor, receptor, mensagem, canal, código e destinatário.

Até onde se sabe toda comunicação humana tem alguma fonte, seja ela advinda de uma pessoa ou um grupo de pessoas com um objetivo ou uma razão para empenhar-se em codificar uma mensagem para comunicar-se. É a fonte que inicia, dá origem ao processo de comunicação. O receptor é quem recebe, decodifica e compreende a mensagem e tem o papel importante de repassar essa mensagem, quando for o caso, para o destinatário, que é a quem a mensagem se destina. O processo de comunicação é dinâmico e bidirecional, fonte e receptor trocam de papéis durante o processo comunicativo. O emissor é quem transmite a mensagem. A mensagem é o objeto da comunicação, pois ela é constituída pelo conteúdo das informações a serem transmitidas. O canal é o meio pelo qual a mensagem é passada, Ele pode ser definido, de maneira geral, pelos meios os quais o emissor tem acesso, a fim de assegurar o encaminhamento de sua mensagem para o receptor. Esses meios podem ser natural, chamados de meios sensoriais, como por exemplo a voz, ouvido, percepção da retina; e podem ser tecnológico, onde são utilizados todo e qualquer recurso que não use o corpo, como por exemplo uma carta, um email, uma propaganda, um cartaz e entre outros. O código é um conjunto de sinais estruturados e regras de combinação destes sinais que são utilizados por uma comunidade linguística. O código pode ser verbal, onde a palavra escrita ou falada será utilizada; ou não verbal, onde serão utilizados desenhos, cores, sinais e outros recursos.

  1. DIFERENÇAS ENTRE ORALIDADE E ESCRITA

A língua escrita não é a reprodução da fala, sabe-se que não se escreve da maneira como se fala e vice-versa. A escrita é uma representação da fala que possui regras próprias de realização que interagindo com a fala se completa.

Historicamente, a fala antecede a escrita, visto que, para haver comunicação a fala é um dos principais mecanismos utilizado pelo homem.

Para a criança que inicia seu processo de estudo há um grande abismo entre oralidade e escrita, principalmente dentro da escrita, já que assimilação dos conteúdos da Língua Portuguesa acabam se tornando difíceis para ela. Geraldi (1997, p.20) afirma que isso se deve à “noção de processo de ensino como transmissão de conhecimentos lapidados e moldados para que sejam repetidos pelos alunos”

A linguagem falada apresenta grande variedade de entendimento sobre um mesmo vocabulário, podendo ser mais próxima da língua padrão ou da língua coloquial. Porém, quando se trata da linguagem escrita, nota-se que há predominância da língua padrão, pois se assim não fosse, haveria diversas variações da língua escrita, assim como ocorre na linguagem falada.

Na linguagem falada fica evidente a presença do interlocutor, que se utiliza de recursos não verbais, como a gesticulação e diferentes entonações para expressar o que está falando. O interlocutor também pode se valer das frases curtas dentro da linguagem falada, já que o fator de memorização é uma limitação humana. O que acaba permitindo a abordagem de vários temas ao mesmo tempo sem que a comunicação torne-se redundante, já que a utilização dos artifícios dentro da fala possibilitam a compreensão da fala um do outro sem que o fator raciocínio seja afetado.

Mas quando se fala na linguagem escrita, o interlocutor não se mostra presente, e ele precisa valer-se de recursos linguísticos como, pontuação e acentuação gráfica para tentar reproduzir e representar artificialmente o que quer expressar, baseando dessa maneira nos conteúdos da Língua Portuguesa. O que faz com que as frases utilizadas por ele dentro da sua linguagem tornem-se longas e bem elaboradas, com a finalidade de que o texto não fique com palavras soltas impossibilitando assim a sua compreensão. Isso faz com que o texto fique resumido ao essencial, tratando do mesmo tema do início ao fim, com a finalidade da não afetação à sequência do texto.

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