Os Desafios da Educação Inclusiva no Brasil

INCLUSÃO ESCOLAR: Os Desafios da Educação Inclusiva no Brasil

RESUMO

O presente trabalho analisa os Desafios da Educação Inclusiva no Brasil, tendo em vista as deficiências do sistema de ensino brasileiro e as questões de inclusão social causadas pela falta de estrutura, formação de profissionais e uso das tecnologias nos ambientes escolares, como forma de melhorar a qualidade do ensino de forma plural, isonômica, com respeito as diferenças e, acima de tudo, de modo único para todos. Tendo como ponto de partida identificar os desafios para Educação Inclusiva no Brasil, além de avaliar os seguintes objetivos específicos, traçar considerações e aspectos acerca da Educação Inclusiva, explicar o amparo legal da Educação Inclusiva, bem como avaliar as dificuldades para efetivação da Educação Inclusiva. As questões metodológicas foram realizadas com base em pesquisas bibliográficas, utilizando método qualitativo, com análises de textos, livros, artigos científicos, buscando definir conceitos e desenvolver raciocínios de modo a buscar possíveis conclusões as questões propostas. O trabalho é apresentado da seguinte maneira, primeiro a Introdução, onde são feitas as considerações iniciais e os objetivos, a segunda parte conta com apresentação da fundamentação teórica e dos capítulos do trabalho, divididos em: Considerações e aspectos históricos acerca da educação inclusiva – são demonstradas as construções da Educação Inclusiva ao longo dos tempos, bem como a definição de conceitos e uma abordagem legal sobre o tema; Os aspectos sociais da Educação Inclusiva – apresenta as diversas questões sobre as minorias e as vítimas de exclusão escolar; As dificuldades para efetivação da Educação Inclusiva – que destaca as principais questões que afetam o desenvolvimento de uma educação mais humana, participativa e igualitária; Por fim, são traçadas algumas considerações, conclusões finais, bem como encerramento do trabalho avaliando os resultados de suas análises.

INTRODUÇÃO

A presente pesquisa tem como propósito analisar os desafios da Educação Inclusiva no Brasil, verificando a evolução e os problemas decorrentes da formação e organização do ambiente escolar, sob os aspectos sociais, culturais e étnicos dos sistemas de ensino brasileiro.

A inclusão social na sociedade, especialmente, nos ambientes escolares é um problema sistêmico e antigo, enraizado no processo de construção educacional, ligado a um pensamento de exclusão das minorias, que buscou inicialmente apenas institucionalizar essas questões, sem pensar na inclusão e num modelo único que atendesse a todos.

Considerando os desafios educacionais de inclusão social, julga-se importante pesquisar a temática e buscar formas de melhoria da qualidade de ensino para essas pessoas, pois só assim, pode-se construir uma sociedade mais justa e igualitária, dentro dos preceitos de cidadania e respeito aos direitos humanos e as condições de existência das diferentes formas que se constitui.

O intuito principal da pesquisa, buscou identificar os desafios para formação da educação inclusiva no Brasil, considerando o precário sistema de ensino do país e a falta de incentivo e de ações práticas que retardam esse processo de inclusão e de garantia dos direitos dos indivíduos, como forma de melhoria da qualidade de ensino e de oportunidades para essas pessoas terem convívio social igualitário.

Nesse sentido, a questão primordial é avaliar quais os obstáculos do processo de inclusão no ambiente escolar brasileiro, definindo estratégias e possíveis soluções que possam ao menos amenizar a situação e fortalecer o crescimento educacional de forma ampla e diversificada.

Com isso, foram escolhidos alguns autores que deram suporte, clareza e base para pesquisa, proporcionando melhor compreensão dos conceitos e das possíveis respostas aos temas abordados, como forma de agregar o conhecimento acadêmico e social.

Sobre os aspectos da educação inclusiva no Brasil, a sua construção e formação ao longo dos tempos, sobretudo quanto ao reconhecimento dos direitos destes indivíduos foi bastante lento, sendo elaborado principalmente através de movimentos sociais e de normas gerais que propiciaram uma nova visão para início de novas formas de ensino amplo com finalidade de garantir equidade social.

No Brasil a partir da redemocratização com a elaboração da nova Constituição, passou-se a estabelecer o compromisso de assegurar uma educação inclusiva para todos, por exemplo, o atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, o que possibilitou que as pessoas com necessidades especiais passassem a serem vistas com igualdade de direitos e pudessem participar da educação regular.

Ainda que as novas legislações construídas ao longo dos tempos passaram a garantir uma maior diversidade no ensino, sabe-se que os desafios são muitos e na prática a inclusão social, principalmente na educação sofre muitas barreiras, seja nas estruturas educacionais, seja no investimento de novos métodos ou na formação de profissionais.

Para isso, foi abordada uma pesquisa qualitativa e bibliográfica, buscando identificar e analisar quais os desafios da inclusão social no Brasil e de que forma essas ações podem ser realizadas para concretização da inclusão social em todos os seus aspectos.

CAPÍTULO I – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1.1 Considerações e aspectos históricos acerca da educação inclusiva

A questão educacional regular remonta das mais antigas práticas de ensino e de processo de formação social e política da humanidade, embora com a evolução da sociedade tenha havido transformações drásticas, o processo de ensinar e a forma de ensinar, onde um professor em uma sala de aula repassa seu conhecimento aos alunos, tenha sofrido pouquíssimas alterações ao longo dos séculos. O que mudou neste cenário foi a forma de se pensar e de atender a sociedade e aos novos modelos de construção social que integra todos os indivíduos em igualdade de direitos e condições de existência humana.

Segundo Mendes (2006) a história da educação especial começou a ser traçada no século XVI, com médicos e pedagogos que, desafiando os conceitos vigentes na época, acreditaram nas possibilidades de indivíduos até então considerados ineducáveis.

Neste sentido, os indivíduos até então excluídos e marginalizados começaram a ser vistos e receberem por parte do Estado o reconhecimento de cidadãos. Segundo Mantoan (2003, p. 12): “A escola se entupiu do formalismo