Os Desafios da Inclusão Social

CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI[pic 1]

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Desafios da inclusão social na Educação infantil

1. Autores: Duciléia da Cruz Pereira Ribeiro e Vera Lúcia Ribeiro de Carvalho
2. Prof. Orientador: Alice Ribeiro Ferreira
3. Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI

Pedagogia (FLC22062PED) – Estágio

13/09/2022

1 INTRODUÇÃO

Esta pesquisa tem como área de concentração a educação inclusiva, que embora garantida por leis e documentos oficias ainda é uma realidade distante em muitos sistemas de ensino do Brasil.

A educação é vista como um direito de todos e dever do Estado, mas é também da família. Deve também ser fomentada pela sociedade tendo como objetivos o desenvolvimentismo pessoal, capacitação para o exercício da cidadania, e a qualificação para o trabalho (BRASIL, 1988).

Os desafios são grandes e estão presentes desde a estrutura física, passando pelo preparo dos profissionais de educação até ao que diz respeito a parceria da família.

Desta forma, este trabalho buscou discutir os desafios da inclusão social no espaço escolar, com enfoque para a educação infantil.

Portanto, temos como objetivo geral discutir os desafios para uma efetiva inclusão social na educação infantil e como objetivos específicos apresentar as leis que amparam essa inclusão, além de apontar as possibilidades.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 O CONCEITO DE INCLUSÃO ESCOLAR

Como foi possível observar na introdução a área de concentração escolhida, bem como de estágios anteriores foi a inclusão social. Dentro desta área buscaremos abordar os desafios da inclusão social na Educação infantil.

Entendemos que para que o professor exerça com êxito e consciência o seu papel é necessário que conheça os conceitos em torno do tema em questão.

Vários são os conceitos e os que serão discutidos aqui não esgotam a temática, mas podem revelar aspectos relevantes da inclusão escolar.

Um primeiro aspecto necessário é entender que na educação inclusiva deve-se aceitar as diferenças, não apenas inserir o aluno em uma sala de aula, ou seja, não se pode jogar o aluno dentro de uma classe sem nenhum propósito, mas é importante que estes estejam incluídos em todas as atividades escolares (MOREIRA, 2006)

Além disso é imprescindível um olhar individual para cada aluno:

Pensar em uma escola inclusiva consiste em pensar em uma escola para cada um, isto é, em uma escola onde cada aluno seja atendido conforme suas necessidades e dificuldades, utilizando recursos e métodos que propiciem seu aprendizado e desenvolvimento (MIRANDA, 2001 apud CARVALHO E SILVA, 2017, p.295)

Vale lembrar o que nos fala Mantoan (2003, p.23), a integração apenas coloca o aluno no ambiente escolar, mas não gera inclusão de fato. O aluno passeia entre o sistema de ensino, mas não como é sujeito ativo participando na diversidade, tem-se um “especial na educação”.

Como podemos perceber na educação inclusiva os alunos não podem estar apenas de corpo presente, mas devem receber um tratamento individual no que se refere às suas necessidades e especificidades, precisam estar envolvidos em todo o processo de ensino e aprendizagem.

2.2 DOCUMENTOS E LEGISLAÇÕES SOBRE A INCLUSÃO ESCOLAR

Analisar documentos e legislações que baseiam a inclusão escolar é fundamental, pois são eles que norteiam e trazem a concretude desse processo.

Antes, porém de tecer a nossa análise sobre este tópico é importante entender a importância de uma educação Inclusiva desde os primeiros anos de vida escolar, pois segundo o que nos esclarece Vygotsky (1998, p. 115) é durante a educação infantil que se revelam as necessidades especiais da criança que podem dificultar o seu processo de aprendizagem.

Na Declaração de Salamanca (1994), temos uma defesa quanto a aceitação de todas as crianças independentemente de suas condições físicas, sociais, intelectuais, linguísticas, emocionais ou outras.

Já a Declaração de Guatemala (1999) “tem como princípio a garantia de que os governos assumiriam o compromisso de se adequarem as instalações que facilitem o transporte, a comunicação e o acesso público às pessoas com necessidades especiais” Drago (1999, p. 65)

Com relação ao ingresso de pessoas com necessidades especiais em escolas regulares a LDB (Lei de Diretrizes e Bases) Criada em 1996 substancia esse direito em seus artigos 58, 59 e 60 , garantindo que ocorra a inclusão.

O processo de inclusão na educação infantil é de extrema importância na medida em que previne problemas futuros. As leis e documentos não só direcionam, mas também determinam e formalizam medidas para a concretização da inclusão.

2.1 CAMINHOS E DESAFIOS

Muitas são as dificuldades na rotina escolar para uma efetiva inclusão. A falta de adaptação nos conteúdos, falhas na formação docente, falta de professores especializados e cooperação da família são apenas algumas. Neste tópico vamos falar sobre aquelas relacionadas a mudança de paradigmas e demanda escolar, não só isso, mas buscaremos apontar caminhos no contexto escolar.

O Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil aponta que (Brasil, 1998, p. 36): “O principal desafio da Escola Inclusiva é desenvolver uma Pedagogia centrada na criança, capaz de educar a todas, sem discriminação, respeitando suas diferenças”.

Desta forma percebemos que é necessário que os professores tragam para o centro das atividades escolares todos os alunos sem distinção, não deixando que nenhum fique excluído desse processo.

Além de uma alteração na prática pedagógica outra mudança necessária seria na forma como encaramos os alunos com necessidades especiais como nos mostra Ferreira e Guimarães (2003, p. 27):