PEDAGOGIA: GESTÃO ESCOLAR

Gestão Escolar

Tays Cristina Machia Bertola^[1]

Resumo

Este artigo procura apresentar a Gestão Escolar brasileira e a Gestão Participativa e visa apresentar as mudanças no contexto escolar, se organizando para atender as necessidades atuais, ou seja, formar cidadãos ativos e críticos para a inserção na sociedade. Diante dessa realidade, surge a necessidade de refletir a respeito da denominação gestão escolar e gestão participativa, as implicações dessas mudanças nas práticas de organizações e planejamentos.

As finalidades políticas e pedagógicas são fundamentais para o trabalho da gestão escolar, podem ser articuladas com inúmeras discussões e decisões frente às ações, programas ou projetos implementados pela escola. A gestão escolar, quando pensada numa perspectiva participativa, nos revela a necessidade de pensarmos numa escola que se caracterize não somente pelo gestor, mas que a considere principalmente, a participação de todos os envolvidos.

Palavra-chave: Gestão Escolar - Gestão Participativa

Introdução

Gestão democrática

Quando paramos por um minuto e observamos a nossa volta notamos que muitas coisas mudaram de ontem para os dias atuais e este processo é algo natural da vida.

Hoje, mais que nunca devemos observar essas mudanças e usa – las ao nosso favor, inclusive quando este pensamento é voltado para a escola, educação em geral.

Há muito tempo a escola trabalhou seguindo a mesma linha de raciocínio usando métodos ultrapassados e poucos proveitosos com seus alunos e repetindo – os tempos em tempos. No entanto, a escola notou que o aluno de hoje não é o mesmo aluno de ontem e o método usado foi sendo modificado.

Em nosso cotidiano o aluno é “bombardeado” por informações á todo momento através de diversos meios de comunicações e informações, então desde muito cedo adquire uma grande bagagem de vivências e experiências e ao chegar à escola espera – se um ambiente pronto para atender essa demanda. E para isso a instituição de ensino deve estar preparada para suprir as necessidades do aluno.

Para que a escola cumpra o seu papel, toda a equipe que nela trabalha deve ter em mente seu objetivo e que todos caminhem juntos na mesma direção, no entanto, para entendermos melhor o papel da escola devemos nos voltar para o mundo empresarial. As empresas de hoje e que sempre tiveram um único foco. O lucro, e para que isso aconteça alguns aspectos são indispensáveis como a gestão de recursos humanos e financeiros, ou seja, contratando pessoas, bem capacitadas para o cargo mostrando os objetivos que a empresa espera, como também o trabalho em equipe. E os recursos financeiros estariam ligando aspectos envolvendo gastos, lucros, entre outros e para que tudo isso aconteça de forma eficiente deve haver gerenciamento nesse processo.

Este conceito pode ser aplicado na gestão escolar cujo seu objetivo, nesse caso, é a qualidade de ensino, bem como o desenvolvimento de seus estudantes.

O gestor escolar deve gerir os recursos humanos, financeiros e pedagógicos, isto é, quadro de funcionários, professores, gerenciar gastos, manutenções entre outros, e gerenciar objetivos da escola através do P P P (Projeto Político e Pedagógico) respectivamente. Pensar na gestão escolar é uma tarefa que merece ser vista e vivencia aqueles que têm compromisso na formação do cidadão numa sociedade onde ainda prevalece a exclusão e a falta de cidadania.

O trabalho realizado na escola deve ser em coletivo, e que todos terão a consciência de sua participação e objetivo á alcançar, já que desde o diretor até a faxineira fazem parte do processo de ensino e aprendizagem. Com isso podemos entender que a escola pública em todas as suas modalidades, de ensino infantil, ensino fundamental e ensino médio tem função social, ou melhor dizendo, construir conhecimentos, atitudes e valores que tornem o estudante solidário, crítico, ético e de valores, participativo que requer mudanças na escola.

Ao falarmos sobre a liderança, que se espera do diretor, e garanta o sucesso da instituição, algo deve ser desconstruído aqui, monopolizando  tudo e em contra partida acaba deixando – o cheio de tribulações não conseguindo cumprir todas as exigências que requer sua atenção de fato, e por este motivo a instituição entra num patamar diferente onde a gestão escolar democrática é exigida na qual, é entendida como espaço de participação de todos, em que o poder não se encontra a uma pessoa, mas sim que haja a participação coletiva sobre os aspectos da escola.

De acordo com a lei nº 9394/1994 Art. 14 – Os sistemas de ensino definirão as normas democráticas de ensino público na educação básica, de acordo com suas particularidades e conforme os seguintes princípios:

1. Participação do professor da educação na elaboração do P P P
2. Participação da comunidade escolar e local em conselhos escolares e equivalentes.

Professores, coordenadores, supervisores, orientadores educacionais, funcionários, pais e alunos tomam decisões construindo juntos a autonomia da escola publica e popular.

O Plano Nacional de Educação (PNE) estabelece diretrizes, objetivos e metas a serem implementadas nas diversas etapas e modalidades da educação básica e superior, assim garantindo a permanência e a gestão democrática junto à qualidade de ensino.

Essas ações são compromissos assumidos pelo Brasil no Fórum Mundial da Educação de Dakar em Abril de 2000, que fala sobre a educação para todos.  No Brasil estas ações são geridas pela união, juntamente com os poderes públicos estaduais e municipais.

No inicio do ano letivo o diretor deve elaborar o P P P (Projeto Político Pedagógico) em conjunto com os mencionados á cima, como descreve na lei, possibilitando a participação de todos atentando para as exigências do curriculum junto com as necessidades da comunidade em que a instituição de ensino se encontra.

O que é P P P (Projeto Político Pedagógico)

È um documento teórico/ pratico construído coletivamente com fundamentação política e filosófica que engloba as necessidades da comunidade, bem como os valores humanos, princípios e comportamentos no meio social. Este documento organiza o trabalho educativo observando o pensar e o fazer da escola por meio de ações, atos e medidas que combinem a reflexão e as práticas do fazer pedagógico. Sua duração é de cinco anos, no entanto, esta sempre em aperfeiçoamento dependendo das necessidades no decorrer desse tempo.