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PESQUISA SOBRE EJA E SUA CRONOLOGIA

Por:   •  17/9/2020  •  Trabalho acadêmico  •  2.548 Palavras (11 Páginas)  •  135 Visualizações

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FACULDADE DE RIBEIRÃO PIRES

BARECHAL EM PEDAGOGIA

Fabricio Vagner Santos de Vasconcelos

PESQUISA SOBRE EJA E SUA CRONOLOGIA

Ribeirão Pires - SP

2020

Fabricio Vagner Santos de Vasconcelos

PESQUISA SOBRE EJA E SUA CRONOLOGIA

Trabalho de Pesquisa apresentado ao curso de Pedagogia da Faculdade de Ribeirão Pires – SP referente a matéria EJA

Orientador (a): Célia.

Ribeirão Pires - SP

2020

SUMÁRIO

RESUMO

EJA é um programa do governo que visa oferecer o Ensino Fundamental e Médio para pessoas que já passaram da idade escolar e que não tiveram a oportunidade de estudar.

Os alunos do EJA são geralmente trabalhadores (as), empregados (as) e desempregados (as) que não tiveram acesso à cultura letrada.

Existe uma grande diferença entre ricos e pobres. De acordo com estudos realizados, a população pobre encontra-se em desvantagem principalmente ao se tratar de jovens e adultos.

Os educadores que fazerem parte do corpo docente do EJA devem ter formação inicial, além de contribuírem de forma relevante para o crescimento intelectual do indivíduo, realizando o exercício de cidadania.

Por sua vez, a escolarização de jovens e adultos pode ser considerada em toda sua trajetória como proposta política redimensionada à plataforma de governo na tentativa de elucidação de um problema decorrente das lacunas do sistema de ensino regular. Sendo assim, muitas confusões surgem nas definições encontradas na literatura acerca da nomenclatura de EJA. Não significa que essa modalidade de ensino, hoje Educação de Jovens e Adultos, tenha diferentes definições, mas pela própria da evolução do EJA no Brasil e o mundo nas diferentes faces do desenvolvimento histórico da sociedade, o tratamento dos termos associados foi-se confundindo e se configurando como complementação de estudos e suplementação de escolarização.

INTRODUÇÃO

A história do EJA no Brasil podemos dizer que está ligado a Paulo Freire. O sistema Paulo Freire foi desenvolvido na década de 60 tendo sua primeira aplicação na cidade de Angicos (Rio Grande do Norte). Após seu sucesso, além de ser conhecido em todo o País, começou a ser praticado diversos grupos de cultura popular.

A constituição de 1934 não teve êxito, pois Getúlio Vargas o então presidente da república tornou – se um ditador através do golpe militar e criou um novo regime o qual chamou de: “Estado Novo”, sendo assim cria – se uma nova constituição escrita por Francisco Campos. Ou seja, estabeleceu a criação de um Plano Nacional de Educação, que indicava pela primeira vez a educação de adultos como dever gratuito e de frequência obrigatória, extensiva para adultos. Desde a Revolução de 1930, as mudanças políticas e econômicas permitiram o início da consolidação de um sistema público de educação elementar no país. Estabeleceu a criação de um Plano Nacional de Educação, que indicava pela primeira vez a educação de adultos como dever do Estado, incluindo em suas normas a oferta do ensino primário integral, gratuito e de frequência obrigatória, extensiva para adultos.

A década de 40 foi marcada por algumas iniciativas políticas e pedagógicas que ampliaram a educação de jovens e adultos: a criação e a regulamentação do Fundo Nacional  do Ensino Primário (FNEP); a criação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (INEP); o surgimento das primeiras obras dedicadas ao ensino supletivo; o lançamento da Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos (CEAA), e outros. Este conjunto de iniciativas permitiu que a educação de adultos se firmasse como uma questão nacional. Ao mesmo tempo, os movimentos internacionais e organizações como a UNESCO, exerceram influência positiva, reconhecendo os trabalhos que vinham sendo realizados no Brasil e estimulando a criação de programas nacionais de educação de adultos analfabetos.

A constituição de 1937 fez o Estado abrir mão da responsabilidade para com educação pública, uma vez que ela afirmava o Estado como quem desempenharia um papel subsidiário, e não central, em relação ao ensino. O ordenamento democrático alcançado em 1934, quando a letra da lei determinou a educação como direito de todos e obrigação dos poderes públicos, foi substituído por um texto que desobrigou o Estado de manter e expandir o ensino público. Ou seja, seu objetivo era favorecer o Estado pois o mesmo tira a sua responsabilidade; uma população  sem educação (educação para poucos) torna a sociedade mais suscetível  a aceitar tudo que lhe é imposto; logo se entende que esta constituição não tinha interesse  que o conhecimento crítico se propagasse, mas buscava favorecer o ensino profissionalizante, naquele momento era melhor capacitar os jovens e adultos para o trabalho nas indústrias.

Histórico da EJA no Brasil

Alfabetizar jovens e adultos não é um ato apenas de ensino – aprendizagem é a construção de uma perspectiva de mudança; no início, época da colonização do Brasil, as poucas escolas existentes era pra privilégio das classes média e alta, nessas famílias os filhos possuíam acompanhamento escolar na infância; não havia a necessidade de uma alfabetização pra jovens e adultos, as classes pobres não tinham acesso a instrução escolar e quando a recebiam era de forma indireta, de acordo com Ghiraldelli Jr. (2008, p. 24) a educação brasileira teve seu início com o fim dos regimes das capitanias.

A educação escolar no período colonial, ou seja, a educação regular e mais ou menos institucional de tal época, teve três fases:

  • a de predomínio dos jesuítas;
  • a das reformas do Marquês de Pombal, principalmente a partir da expulsão dos jesuítas do Brasil e de Portugal em 1759;
  • e a do período em que D. João VI, então rei de Portugal, trouxe a corte para o Brasil (1808-1821).

O ensino dos jesuítas tinha como fim não apenas a transmissão de conhecimentos científicos, escolares, mas a propagação da fé cristã. A história da educação de jovens e adultos no Brasil no período colonial se deu de forma assistemática, nesta época não se constatou iniciativas governamentais significativas. Como se observa que neste período, os jesuítas acreditavam que não seria possível, converter os índios sem que eles soubessem ler e escrever. Até aqui, verifica-se a importância da alfabetização (catequização) na vida dos adultos para que as pessoas não-infantil, não só servissem para igreja, como também para o trabalho.

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