PLANO DE AÇÃO VISANDO À IMPLANTAÇÃO DE UMA BRINQUEDOTECA NO CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL.
Por: Andressa Paz • 16/5/2017 • Trabalho acadêmico • 3.771 Palavras (16 Páginas) • 1.168 Visualizações
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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
POLO OSASCO
CURSO PEDAGOGIA - LICENCIATURA
Disciplinas norteadoras: ORGANIZAÇÃO E METODOLOGIA EM EDUCAÇÃO INFANTIL; BRINQUEDOTECA E O ELEMENTO LÚDICO; DIDÁTICA DE CONTAR HISTÓRIAS; LITERATURA INFANTOJUVENIL; MULTIMEIOS APLICADOS À EDUCAÇÃO.
MARIA APARECIDA BEZERRA DO NASCIMENTO - RA0177577656
PLANO DE AÇÃO VISANDO À IMPLANTAÇÃO DE UMA BRINQUEDOTECA NO CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL.
NOME DA TUTORA: Elizângela Siqueira
SÃO PAULO/ SP
2016
INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como principal objetivo mostrar a importância de brincar e da brincadeira no desenvolvimento do ser humano, a importância da binquedoteca, e as questões que a envolve. Aborda principalmente o desenvolvimento das crianças, que por meio de brincar e de brincadeiras obterão um desenvolvimento saudável tornando-as assim futuros adultos com facilidade de viver em sociedade.
Com o intuito de esclarecer no que as brincadeiras influenciam e ajudam, esse trabalho demonstra o que é possível alcançar com elas, quais os métodos e resultados finais, além disso, há um plano de ação esquematizando a produção de uma brinquedoteca.
Levando em consideração que a interação entre a criança e o brincar, fortalece laços, trabalha o respeito ao próximo e a diversidades, confirmando o fato de que a brincadeira é algo vital para o bom processo de crescimento e interação social.
Essa é uma proposta pedagógica voltada para o desenvolvimento físico, social, emocional e motor da criança.
DESENVOLVIMENTO
PASSO 1
Como as crianças se desenvolvem? Segundo Piaget, a criança passa por quatro períodos no processo de desenvolvimento cognitivo, quais são eles? Quais as características de cada fase de desenvolvimento?
Segundo a teoria do desenvolvimento humano do psicólogo suíço Jean Piaget, são considerados quatro períodos no processo evolutivo do ser humano, esses períodos tem como característica a habilidade do indivíduo ao executar melhor uma tarefa ao longo do seu processo de desenvolvimento, organizar seus conhecimentos visando sua adaptação. 1º período: Sensório-motor (0 a 2 anos) - As funções mentais são limitadas ao exercício dos aparelhos reflexos inatos. O universo ao redor da criança é conquistado através da percepção e dos movimentos. O Conhecimento do mundo ao seu redor baseado nos sentidos e habilidades motoras. Começam a ser construídas as percepções de espaço, tempo e causalidade nessa fase. 2º período: Pré-operatório/operacional (2 a 7 anos) - O surgimento da função simbólica ou semiótica, que seria a emergência da linguagem. Relaciona-se apenas por meio de uma perspectiva individual. O mundo é visto na percepção imediata. Atribuição de sentimento, pensamento não flexível, e a percepção imediata são características dessa fase.
3º período: Operações concretas (7 a 11 ou 12 anos) - O egocentrismo intelectual e social dá lugar à emergência da capacidade da criança de estabelecer relações e coordenar pontos de vista diferentes e de integrá-los de modo lógico e coerente. A criança nesse período já será capaz de responder perguntas mentalmente, sem precisar de uma imagem física. Capacidade de construção de pensamento mais compatível com o mundo que a rodeia, e a separação entre o real e o fantástico são características fundamentais na fase operatório concreta.
4º período: Operações formais (11 ou 12 anos em diante) – A criança consegue raciocinar sobre hipóteses na medida em que ela é capaz de formar esquemas conceituais abstratos e através deles executar operações mentais dentro de princípios da lógica formal. Raciocínio dedutivo, planejamento e imaginação. Nessa fase há a percepção da realidade possível e concreta. Cada fases é caracterizada por diferentes formas de organização mental que possibilitam as diferentes maneiras do indivíduo relacionar-se com a realidade que o rodeia (Coll e Gillièron, 1987). A criança se desenvolve através de sua interação com o mundo, e o aprendizado acontece de forma gradual, no qual vai capacitando-se em níveis cada vez mais complexos do conhecimento esse raciocínio, todos os indivíduos passam pelos 4 estágios do desenvolvimento, porém o início e o término de cada uma é variável, diante da estrutura biológica de cada indivíduo e dos estímulos proporcionados pelo meio em que ele estiver inserido.
PASSO 2
Por que a brincadeira é importante? A criança já sabe brincar naturalmente ou ela aprende a brincar? O que a criança aprende através da brincadeira?
Brincar é uma importante forma de comunicação e estimulação do desenvolvimento, é por meio do brincar que a criança cresce, conhece o mundo ao seu redor.
Nas primeiras fases a vida, o brincar permite a descoberta, a exploração de texturas, cores, formatos e sons, a partir daí a criança desenvolve a posturas e movimentos.
Por volta de dois anos, a criança já decide com o que brincar, exercita o pensamento de como brincar e a organização dos brinquedos. A imitação é o maior reflexo que a criança através da brincadeira mostra o que observa ao seu redor, ao brincar, é estimulada a fala, a afetividade, o desenvolvimento motor, a capacidade de decidir, a liderança e também a flexibilidade. Brincar é descoberta do mundo, diversidade e desenvoltura da socialização.
O brincar se torna importante no desenvolvimento da criança de maneira que as brincadeiras e jogos que vão surgindo gradativamente na vida, desde os mais funcionais até os de regras. Estes são elementos elaborados que proporcionarão experiências, possibilitando a conquista e a formação da sua identidade. Como podemos perceber, os brinquedos e as brincadeiras são fontes inesgotáveis de interação lúdica e afetiva. Para uma aprendizagem eficaz é preciso que a criança construa o conhecimento. E o jogo é um excelente recurso para facilitar a aprendizagem, neste sentido, Carvalho (1992, p.14) afirma que: (...) desde muito cedo o jogo na vida da criança é de fundamental importância, pois quando ela brinca, explora e manuseia tudo aquilo que está a sua volta, através de esforços físicos se mentais e sem se sentir coagida pelo adulto, começa a ter sentimentos de liberdade, portanto, real valor e atenção as atividades vivenciadas naquele instante.
Carvalho (1992, p.28) acrescenta, mais adiante: (...) o ensino absorvido de maneira lúdica, passa a adquirir um aspecto significativo e afetivo no curso do desenvolvimento da inteligência da criança, já que ela se modifica de ato puramente transmissor a ato transformador em ludicidade, denotando-se, portanto em jogo.
É importante citar que nenhuma criança nasce sabendo brincar naturalmente, em cada sociedade há uma forma de brincar, a criança será ensinada a brincar de acordo com a sua cultura, nessa fase é importante que pais e professores incentivem e ensinem a criança a brincar. É brincando também que a criança aprende a respeitar regras, a ampliar o seu relacionamento social e a respeitar a si mesma e ao outro. Por meio da ludicidade a criança começa a expressar-se com maior facilidade, ouvir, respeitar e discordar de opiniões, exercendo sua liderança, e sendo liderados e compartilhando sua alegria de brincar. Zanluchi (2005, p.91) afirma que “A criança brinca daquilo que vive; extrai sua imaginação lúdica de seu dia-a-dia.”, portanto, as crianças, tendo a oportunidade de brincar, estarão mais preparadas emocionalmente para controlar suas atitudes e emoções dentro do contexto social, obtendo assim melhores resultados gerais no desenrolar da sua vida, a criança desenvolve brincando a criatividade e expressa seus sentimentos, é na infância enquanto brinca que a criança aprende a ser adulto, a qualidade da infância interfere diretamente na qualidade da vida adulta. É importante que seja garantido a criança uma infância onde tenha possa ter boa alimentação, ambiente harmonioso e espaço que possa expressar sua criatividade, medos, e descobertas.
O brincar é uma atividade vital para a criança, é a maneira pela qual ela descobre o mundo, levanta hipóteses, pensa e reflete sobre ele em consonância com a vida dos semelhantes. Toda criança tem no brinquedo a realidade que ela não pode viver. O brinquedo traduz para a vida real a própria realidade infantil.
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