PORTFÓLIO 2 – Relatório Final Disciplina: Currículo, Avaliação, Gestão e Organização do Trabalho Pedagógico Na Educação Escolar e Não-escolar
Por: Victor Hugo Brito • 19/11/2022 • Trabalho acadêmico • 2.762 Palavras (12 Páginas) • 162 Visualizações
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VICTOR HUGO DOS SANTOS PIANOR BRITO
RA: 8169474
PORTFÓLIO 2 – Relatório Final
Disciplina:
Currículo, Avaliação, Gestão e Organização do Trabalho Pedagógico Na Educação Escolar e Não-escolar
Professor Responsável: Prof. Dr. Alexandre Jose Cruz
Professor-Tutor(a): Profa. Maria Auxiliadora Bernabe de Freitas
2022
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Claretiano - Centro Universitário
Curso de Graduação em Pedagogia – Licenciatura (Formação Pedagógica e Segunda Licenciatura)
Currículo, Avaliação, Gestão e Organização do Trabalho Pedagógico Na Educação Escolar e Não-escolar
Nome do (a) Aluno (a): Victor Hugo dos Santos Pianor Brito
PARTE 1 – PROJETO
- Título
Encantando com Histórias
- Apresentação
O projeto visa estimular o hábito de ouvir e contar histórias, desenvolvendo as habilidades de leitura, interpretação de texto, além da criatividade, fala e arte de atuar e incorporar os diversos personagens por meio da narração e gestos.
Conforme ensina Afonso (2012), é através das histórias que compartilhamos experiências e compreendemos o mundo que nos cerca.
A contação de histórias é uma arte milenar e foi utilizada pelos povos originários como forma de difundir crenças, costumes e a cultura dos povos. Através das histórias podemos acessar realidades e épocas diferentes, além de extrairmos ensinamentos morais importantes.
São muitos os benefícios de se contar histórias para as crianças, destacamos dentre outros: fortalecimento do vínculo entre o contador e a criança; aumento do desenvolvimento socioemocional, a criança aprende a lidar melhor com as emoções e sentimentos próprio e dos outros, tem a empatia estimulada e aumentada a sua crença na possibilidade superação dos momentos ruins e desafios; no que tange ao desenvolvimento cognitivo estimula-se a atenção, vocabulário, memória e raciocínio; além disso, a virtude, a moral, a curiosidade e a criatividade são encorajadas.
Contar e ouvir histórias pode ser o ponto de partida para estimular a leitura, principalmente de alunos já alfabetizados. A leitura também possui diversos benefícios. Alguns bem similares ao de se ouvir histórias: estímulo ao pensamento crítico, diminuição do estresse, desenvolvimento cognitivo: aumento do vocabulário, estímulo a criatividade, da capacidade de argumentação, desenvolvimento socioemocional, dentre outros.
- Justificativa
O primeiro passo para a leitura, é ouvir a leitura realizada por outras pessoas, além de ter tripla função: cognitiva, linguística e afetiva, “(...) ela abre uma janela para conhecimentos que a conversação sobre outras atividades cotidianas não consegue comunicar. Ela permite estabelecer associações esclarecedoras entre a experiência dos outros e a sua própria” (AGUIAR, 2001).
A leitura permite que a criança desenvolva a criatividade, a sensibilidade, a sociabilidade, o senso crítico e uma imaginação criadora. Quando contamos uma história para uma criança, damos a elas o poder de imaginar, sonhar e por alguns momentos afastarmos a tristeza, claro que quem conta deve saber contar, assim como os idosos que, mesmo sem livros, ou mesmo não sendo alfabetizados, encantam crianças e adultos com suas histórias.
Segundo Vygotsky a palavra não surge da ação, não é uma representação à parte; pelo contrário, a palavra é a ação, está completamente fundida a ela, discrimina um ato ou um objeto entre os demais” (AGUIAR, 2001, p.37). Ouvir histórias e lê-las também ajuda no desenvolvimento psicológico da criança, pois a criança está em situação de diálogo com alguém, principalmente com a pessoa que narra ou poetiza algo para a mesma.
Para Morais (1996), a leitura não é realizada em todas as famílias para as crianças, por isso é importante que isso aconteça na escola desde o maternal como constante parte das atividades. A leitura traz possibilidades de aproximação e transmissão intelectual tanto no ambiente familiar ou através de colegas. "Ela tem a grande vantagem democrática de contribuir para não deixar definitivamente a reboque as crianças cujos pais não lêem para elas ou simplesmente não lêem”. (Morais, 1996, p. 172).
Assim, Morais (1996), ensina que o livro tem que ter a função de cativar o leitor por suas características, pois o contato físico é o primeiro que acontece e as primeiras impressões são as que iniciam um interesse, e temos que observar que quanto menor o leitor, as ilustrações ocupam grande parte do livro. A medida com que o leitor cresce, a quantidade de texto aparece mais e diminuem as ilustrações.
Segundo Aguiar (2001), devemos ter o cuidado ao lermos os primeiros versos, as primeiras histórias ou poesias para as crianças, pois são muito importantes para o desenvolvimento e para o seu interesse pela leitura, os textos que a criança nunca mais esquece são justamente aqueles que estão adaptados para elas, como fazem parte de seu interesse elas sentem a necessidade de ouvir mais e até mesmo a necessidade de descobrir este universo que contém dentro dos livros.
Nesse processo é necessário que valorizemos as histórias e a cultura popular. Conforme Aguiar (2001), podemos dizer que a escrita da poesia tem origem nas raízes populares e nos poemas que passam oralmente, transmitidos de geração em geração, que são de fácil memorização por terem uma estrutura fixa e simples, alguns tipos que todos conhecem são as parlendas, manifestações folclóricas rimadas.
Para Aguiar (2001), podemos definir o gênero da literatura infantil com o perfil do leitor; não existe uma leitura melhor que a outra, na verdade o melhor texto é aquele que é apropriado para aquele leitor naquele momento e deve ter o objetivo de desenvolver o potencial criativo do leitor através de um processo de ensino-aprendizagem e interação com a sociedade.
Um ponto interessante a se destacar é que um livro, texto, conto ou poesia, é atualizada a cada leitor, isso acontece porque ao ler o leitor já vem com sua personalidade, crenças em sua estrutura
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