Disciplina: Ética e Relações Humanas no Trabalho

“Existe uma profissão certa para cada pessoa...”?

Conforme pesquisa realizada sobre “Cultura Organizacional” e sobre o caso “Lava Jato” ocorrido na Petrobras, percebe-se que não existe uma profissão certa para cada pessoa. Em todas as esferas da sociedade nos deparamos com indivíduos que andam na contramão dos valores éticos e tomam atitudes que violam a Cultura Organizacional das empresas e da própria legislação que rege o nosso país.

Sabemos que a Cultura Organizacional serve para fornecer interpretações e conduzir os seus membros no enfrentamento de problemas e ou no desenvolvimento de ações rotineiras de acordo com pressupostos básicos ou valores fundamentais aceitos naquela organização.

No ocorrido na Petrobras vemos que, os valores que conduziram as tomadas de decisões dos colabores envolvidos no esquema definido pelo MPF (Ministério Público Federal) como formação de quadrilha, vão contra tudo que a empresa prega como essência de sua Cultura Organizacional, que entre outros, prega:

• Impulsionar desenvolvimento.

• Garantir o futuro da sociedade.

• Ética e transparência nas negociações, ações e compromissos e demais relações orientadas por princípios éticos.

• Atuação integrada na CIA em ações e decisões e responsabilidades por resultados.

• Geração de valor por partes interessadas, com foco em disciplina de capital e gestão de custos.

No caso Lava Jato, os colaboradores agiram de forma completamente destoante aos valores e crenças da CIA, obtendo enriquecimento através do recebimento de propinas (dinheiro, carros, imóveis, entre outros), desvio de verbas públicas repassadas à partidos políticos e seus membros, fechamento de contratos e licitações favorecendo um cartel de empreiteiras, tomadas de decisões através de compras de equipamentos inúteis por decisão de apenas alguns membros da diretoria executiva da empresa. E infelizmente até o presente momento, não se sabe exatamente o valor exato que foi desviado através dessa operação criminosa que só veio ao conhecimento por denúncia da ex-funcionária da Petrobras Venina Veloso Fonseca, que enquanto funcionária ainda da estatal, avisou a então presidente Graça Foster sobre as irregularidades ocorridas na Petrolífera.

Os valores desalinhados dos profissionais envolvidos que contribuíram no caso lavam Jato foram indiciados pelo MPF, estão sob investigação e já estão cumprindo mandato de prisão por: contribuírem com fraude de licitações, desvio de recursos públicos, corrupção ativa e passiva, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal. E tiveram os seus bens confiscados e terão de fazer o ressarcimento de todo o prejuízo aos cofres públicos.

Em declaração sobre o assunto em nota, a Petrobras declara: “ Enfrentamos nos últimos meses importantes desafios relacionados a nossa gestão. E estamos empenhados em esclarecer fatos e adotar medidas necessárias”.

Somente na Comperj a auditoria interna revelou que a estatal comprou equipamentos antes de definir modelo de negócio e estrutura de produção de refinaria que trouxe prejuízo de R$ 1 bilhão, por ex diretores que afirmam que contratações foram aprovados em alto escalão superiores da estatal.

A Petrobras suspendeu negócios com 23 fornecedores citados no caso Lava Jato. Se tornou alvo de investigação por meio da Policia Federal e pelo Ministério Público, veio à tona como pivô e se tornou alvo de exposição pública nacional e internacional sendo desmoralizada como ícone de um dos maiores casos envolvendo corrupção e desvios de verbas públicas em uma estatal brasileira. Por vários dias seguidos a empresa fechou em baixa nas agências de valores e teve queda brusca nos valores de suas ações. E ainda as agências de classificação de risco também anunciaram a revisão do nível de risco (rating) da dívida da empresa.

A ex presidente da Petrobras, Graça Foster, afirmou que o prejuízo à estatal se estima em torno de R$ 88,6 bilhões em ativos superavaliados, se for utilizado a metodologia do valor justo de mercado. No entanto esse ajuste teria elementos que não tem relação direta com a corrupção, tais como variáveis econômicas, taxas de desconto, indicadores de risco, cambio, mudanças em projeções de preços de equipamentos e insumos, entre outros. E o balanço do 3º trimestre de 2014 divulgado mostra que o lucro da empresa caiu em 38%.

Através de todos esses impactos desfavoráveis sofridos pela CIA, foi devido à má performance