PRÁTICAS COTIDIANAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Por: Celeste Carneiro Rodrigues Dias • 2/6/2019 • Trabalho acadêmico • 3.277 Palavras (14 Páginas) • 167 Visualizações
PRÁTICAS COTIDIANAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Beatriz Teodoro de Almeida
¹Celeste Maria Carneiro Rodrigues Dias
¹Janaina Cristina Silva
¹Luciana dos Santos Martins
Tutor Externo :Vera Ferreira Custódio Rufino
1. INTRODUÇÃO
Considerando a temática “Infância e suas Linguagens’’optou-se por realizar um estudo sobre “As Práticas Cotidianas na Educação Infantil” , compreendendo que o cotidiano é um elemento importante da Educação Infantil, por proporcionar à criança sentimentos de estabilidade e segurança. Além disso, auxilia na organização espaço-temporal, e liberta a criança dosentimento de estresse que uma rotina desestruturada pode causar.
Tendo tais fatos como referência, a temática tem por objetivos, analisar brevemente a história da Educação Infantil e suas políticas atuais, frente às práticas cotidianas estabelecidas pelo MEC,assim como ressaltar a organização do tempo e espaço na educação infantile especificar de que maneiraos materiais pedagógicos são usados neste cotidiano, ressaltando a utilização das brinquedotecas .
A temática justifica-se pois, é através da rotina presente nas instituições de ensino que os professores, alunos e toda a comunidade escolar desenvolvem o seu trabalho diário por meio de horários, tarefas pré estabelecidas e atividades cotidianas organizadas da melhor forma possível.
A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, enriquecida com textos de caráter científico já publicados, além de citar autores renomados como: Vygotsky, Horn, Lima, Oliveira, Z. Oliveira, Referencial Curricular para a Educação Infantil e Gandini, os quais discutem a importância da interação entre os pares e da organização dos espaços do brincar, na Educação Infantil.
O trabalho está estruturado em 4partes, inicia-se analisando brevemente a história da educação infantil e suas politícas atuais, frente as práticas cotidianas estabelecidas pelo MEC. Posteriormente, enfatiza as maneiras que os materiais pedagógicos são usados neste cotidiano, destacando a brinquedoteca.Na sequencia, ressalta a importância da organização do tempo e do espaço para as criançase por fim apresentam -se as referências.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 EDUCAÇÃO INFANTIL:HISTÓRICO, LEGISLAÇÃO E PRÁTICAS COTIDIANAS
Historicamente, as concepções de infância, direitos das crianças e educação infantil foram modificando-se em decorrência das transformações econômicas, políticas, sociais e culturais ocorridas na sociedade, ocasionando a implantação de determinadas políticas públicaspara a infância vinculadas às diferentes esferas de atuação governamental, como a assistência social, a saúde e a educação.No Brasil, a educação infantil surge devido a vários fatores, dentre os quais se destacam o processo de implantação da industrialização no país e a inserção da mão de obra feminina no mercado de trabalho. Com o tempo, esses trabalhadores começaram a se organizar nos centros urbanos e reivindicar melhores condições de trabalho, dentre estas, a criação de instituições de educação para seus filhos. Contudoa princípio, tais instituições atendiamsomente o que se referia à alimentação, higiene e segurança física, ou seja , visando apenas o “cuidar”.
Verifica-se que até meados do final dos anos setenta, pouco se fez em termos de legislação que garantisse a oferta desse nível de ensino. Já na década de oitenta , diferentes setores da sociedade como organizações não governamentais, pesquisadores na área da infância, comunidade acadêmica, população civil e outros, uniram forças com o objetivo de sensibilizar a sociedade sobre o direito da criança a uma educação de qualidade desde o nascimento. Do ponto de vista histórico, foi preciso quase um século para que a criança tivesse garantido seu direito a educação, pois somente com a Carta Constitucional de 1988, que a Educação Infantil no Brasil, isto é, o atendimento a crianças de zero a seis anos em creches e pré-escolas, se torna um direito efetivamente reconhecido.
No entanto, somente a partir da aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional , em 1996, a Educação Infantil passa a ser definida como a primeira etapa da Educação Básica, integrando-se aos ensinos Fundamental e Médio,ganhando uma dimensão mais ampla dentro do sistema educacional. Essa lei define que a finalidade da educação infantil é promover o desenvolvimento integral dacrinça até seis anos de idade, complementandoa ação da família e da comunidade. De acordo com o Ministério da Educação, o tratamento dos vários aspectos como dimensões do desenvolvimento e não área separadas foi fundamental, já que “[...] evidencia a necessidade de se considerar a criança como um todo, para promover seu desenvolvimento integral e sua inserção na esfera pública”( BRASIL, 2006, p. 10). De modo, que a criança começa a ser vista como alguém capaz de criar e estabelecer relações, um ser sócio-histórico, produtor de cultura e inserido nela e que, portanto, não precisa apenas de cuidado, mas está preparado para exercer a cidadania.Neste contexto a Educação Infantil se torna a junção do educar e cuidar. Cuidarno sentido que as necessidades básicas da criança sejam atendidas e, educar, porque deve oferecer à criança, possibilidades de descobertas e aprendizados.
Com isso, vêm à tona intensas discussões sobre o que é Educação Infantil e que práticas pedagógicas devem ser adotadas para mediar as aprendizagens e o desenvolvimento de crianças em espaços coletivos. O debate mais intenso gira em torno de como orientar o trabalho com meninas e meninos de até 3 anos em creches e como assegurar práticas com crianças de 4 e 5 anos que garantam a continuidade na aprendizagem e no desenvolvimento desse público, sem antecipar conteúdos que serão trabalhados no Ensino Fundamental. De modo, que nas diretrizes curriculares para a educação infantil- elaboradas pelo MEC em 1999 e revisadas em 2009- fica clara a necessidade de orientar as politicas públicas na área àelaborar, planejar, executar e avaliaras propostas curriculares e pedagógicas, afim de garantir um atendimento de qualidade para as crianças, ficando evidente a necessidade de desenvolver um planejamento curricular junto a educação infantil.
Para
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