Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Prática Educativa
Por: Jessica G. • 21/9/2023 • Resenha • 717 Palavras (3 Páginas) • 126 Visualizações
"Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Prática Educativa" de Paulo Freire
Paulo Freire estrutura seu livro "Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Prática Educativa" em três capítulos, com alguns subtópicos, que aprofundam a discussão sobre a relevância de uma pratica educativa baseada no respeito à diversidade e na promoção da autonomia do aluno.
No primeiro capítulo, o autor reflete sobre o benefício da autonomia do discente, ilustrando com vivências práticas para melhorar o entendimento teórico. Freire também estuda o processo de ensino-aprendizado, ressaltando a sua dinâmica. Além disso, demonstra a relevância da pesquisa no processo educacional, pois sem ela não há ensino, e enfatiza a necessidade de uma postura crítica por parte do professor na busca por conhecimento . Ao abordar a ética individual, Freire estabelece uma conexão entre o ensino conteudista e o contexto ético, demonstrando que a ética está ligada a pensar certo e fazer certo. Isso implica em colocar em prática seus ideais e falas, levando em consideração o respeito a pensamentos divergentes, valorizando a democracia.
Feire, defende a formação continua do professor, baseada em princípios tanto práticos quanto teoricos. Ele enfatiza que a escola não é apenas um espaço de teorias mecanizadas, mas um espaço de socialização enriquecido pelas experiências individuais de cada membro, com a premissa do respeito à diversidade e a importancia de promover o sentimento de pertencimento.
No segundo capitulo, o autor reforça a noção de que ensinar não se resume a transferir conhecimento, ressaltando a importância da vivência do discente como base para construção do saber. Ele levanta o conceito do professor com conhecimento inacabado, sempre em processo de aprendizado e aberto a mudanças. Freire destaca a necessidade de respeitar o espaço do aluno sem descriminação, promovendo uma educação humana e tolerante.
O papel do docente, como figura educadora é central nesse processo, e ele deve defender seus direitos em prol de uma educação de qualidade. O conhecimento, segundo o autor, é algo que se alimenta da curiosidade, e o docente desempenha um papel fundamental ao estimular a capacidade crítica dos alunos. Dessa forma, o processo de aprendizagem e ensino ocorre a partir de questionamentos instigantes.
No terceiro capitulo, o escritor demonstra a necessidade do docente de estar seguro com seu papel, sem ser autoritário, para proporcionar mais liberdade e autonomia na relação aluno-professor, estabelecendo um espaço livre para diálogo. Porém a teoria e pratica, são importantes visto que os posicionamntos devem estar de acordo com a teoria, entra nesse sentido o conceito de educação como um ato politico, não neutro, capacitando a abertura para transformação. O pensador, reflete sobre a relação entre autoridade e liberdade, em que ambas são importantes para exercício da cidadania, porém de forma equilibrada e com respeito ético, para que os discentes possam guiar seu futuro.
O pesquisador, defende que a educação possibilita um educando ético, com possibilidades de escolhas, que podem transformar sua realidade e que esse processo é uma tarefa social pautada na igualdade. Em que, tal objetivo pode ser alcançado por meio de posicionamentos politicos. Reeintera que o exercício de escutar e a falar do educando, é essencial para que possam expressar seus possicionamentos, o que também é um processo de desenvolvimento de uma habilidade do docente, o saber escutar.
Para Paulo Freire, o modelo capitalista está pautado no lucro, que tem poder de manipular a sociedade em benefício de uma maximização econômica. Ele dialoga que é necessário reconhecer os processos econômicos na prática docente, pois esse modelo aumenta a pobreza e mascara as desigualdades socioeconomicas, que é contrario a defesa dos interesses humanos, sendo assim, a liberdade humana não pode ser inferior a liberdade econômica. O autor reintera uma educação pautada em um espaço livre para conversas, respeitando as diferenças. Reforça o papel do professor no respeito ao aluno e no processo de despertar seu interesse.
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