Pedagogia do Oprimido
Por: Edson Barros • 15/4/2019 • Artigo • 834 Palavras (4 Páginas) • 202 Visualizações
Pedagogia do Oprimido
O livro Pedagogia do Oprimido do autor Paulo Freire mostra a questão da contradição opressor x oprimido.
No seu primeiro capitulo que tem como titulo “justificativa da pedagogia do oprimido”, Paulo Freire argumenta sobre o processo de desumanização causada pelo opressor a seus oprimidos. Freire expõe que a forma de exigir que o opressor envolva o oprimido faz com que se vejam em condições onde ele precisa do seu intruso. Neste capitulo Paulo Freire desenvolve dois conceitos importantes: a revolução e contradição. Para Freire a revolução no campo da opressão busca mudanças daqueles que dominam e acabam gerando novos oprimidos e opressores. Já na contradição o opressor se reconhece como o tal e o oprimido consegue ver se é submetido por outro. A contradição gera a consciência. O autor comunica que o processo de desenvenenar da opressão acontece de maneira cuidadosa para que os opressores não venham a ser novos oprimidos. A libertação do estado de opressão é uma ação social. O homem é um ser social, por isso, a consciência e transformação do meio deve acontecer em sociedade.
O autor em seu livro busca mostrar como a educação no Brasil produz uma imagem social, mostrando a desigualdade, a miséria e marginalização. Freire destaca que o ensinar a não pensar é algo exclusivamente planejado pelos que estão no poder, para que consigam ter em suas mãos a maior quantidade de oprimidos, que sentindo frágeis, necessitam dos que dominar para se sobreviverem. No decorrer do seu livro Freire procura mentalizar o docente do seu papel de questionar a realidade do educando.
No segundo capítulo, o autor fala sobre a concepção bancária da educação como instrumento de opressão, sobre seus pressupostos e sua criticas. Freire fala sobre a discussão de que o professor é quem faz o aluno um simples depositário, ao considerar que o aluno é incapaz de expor seus conhecimentos. Para Freire ensinar a pensar e problematizar sua realidade é a forma correta de se reproduzir conhecimento, é a partir daí que o educando tem a capacidade de compreender que ele é um ser social. A educação bancária mostra que o aluno toma consciência em um pensar mecânico, ou seja, ele sente como se a realidade social fosse algo exterior e que nada o confrontasse. Já na educação problematizadora diz a respeito à idéia de que se deve existir uma troca recíproca de saber entre educadores e educandos. Por meio do diálogo entre alunos e professores eles estabelecem expectativas comunicativas onde a transformação do educando esta sujeita á sua própria historia. Nesse processo, o professor aprende enquanto ensina pelo dialogo de seus educandos e estimula o ato de tomar conhecimento de ambos e ensina e aprende a refletir criticamente. É na educação problematizadora que gera historia que se humaniza a sociedade.
No terceiro capítulo Freire fala sobre “a dialogicidade” e mostra o quanto é importante o desenvolvimento do dialogo no processo de educar. A comunicação expõe pelas palavras e pelas ações. O dialogo entre educador e educando começa no seu planejamento do conteúdo, quando indaga no que vai retratar com seus alunos. Paulo Freire adverte que ensinar e aprender são um processo de investigação.
No ultimo capitulo ele trata da “teoria da ação antidiagógica”, na qual fala a importância do homem como um ser pensante. O caráter revolucionário dos oprimidos é uma ação pedagógica, da qual surgem novas possibilidades de renovação social. Paulo Freire em sua definição sobre o sistema de opressão antidialógico fala que são quatro elementos utilizados para a realização da dominação. A primeira seria a conquista, método em que o opressor impõe jeitosamente sua cultura sobre o opressor. É pela manipulação que os opressores controlam e conquistam as massas oprimidas para a realização de seus objetivos.
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