Pesquisas sobre Desenvolvimento Humano

Texto 2:

A teoria de Vygotsky é hoje amplamente conhecida na psicologia ocidental, um paradigma que ganhou atenção significativa na psicologia e na educação. Este capítulo centra-se na transmissão de algumas ideias organizadas em torno do conceito de Zona de Desenvolvimento Potencial (ZDP) ou Próxima Zona de Desenvolvimento (NDZ). Outros conceitos essenciais para enfatizar o ZDP incluem atividade, mediação e interiorização.

O psicólogo russo e os seus colegas têm-se interessado pela psicologia ocidental, mas o seu papel na educação ainda é menor do que o esperado. A teoria de Vygotsky propõe um modelo psicologicamente mais profundo do ser humano que não é apenas acessível ou baseado no desenvolvimento humano. Ele acredita que o ser humano não é garantido pela nossa herança genética ou “certidão de nascimento”, pois a passagem do antropóide para o humano e a transição da criança para a idade adulta são influenciadas pela atividade coletiva e são perpetuadas e garantidas através do processo social de educação. .

A teoria de Vygotsky argumenta que a educação é um aspecto fundamental do desenvolvimento humano, central para a evolução histórico-cultural dos humanos e para o desenvolvimento humano individual. O estudo das capacidades animais e das funções psicológicas superiores como ponte entre as ciências humanas tem levado à procura de uma solução única para a dupla polaridade entre os aspectos biológicos e culturais.

Apesar da aceitação da interpretação evolucionista de Darwin, a abordagem de Vygotsky é demasiado simplista, não incluindo um nível específico da mente humana no processo e reduzindo assim a natureza distintiva dos humanos. Ele pretende encontrar uma resposta nuclear que explique este processo e evite os dualismos habituais.

Em resumo, a teoria de Vygotsky visa explicar o desenvolvimento humano através da lógica dialética e do materialismo histórico, com foco na zona de desenvolvimento potencial e no próximo estágio de desenvolvimento.

Vygotsky (1983) abordou a evolução cultural do homem e o desenvolvimento cultural da criança, afirmando que a história da evolução cultural da criança não se escreveu. Para Vygotsky, o desenvolvimento biológico e psicológico dos animais mais evoluídos mantém um corte qualitativo com o desenvolvimento humano infantil: funções psicológicas naturais que caracterizam aquelas e funções psicológicas superiores que aparecem com o homem.

A psicologia havia limitada aos processos psicológicos complexos aos elementares (por exemplo, o reflexo ou à conexão estímulo-resposta) e as funções psicológicas superiores às naturais, quando não foram consideradas privadas e imóveis, e não determinadas pela evolução e pela história. As funções superiores são fruto do desenvolvimento cultural e não biológico. Vygotsky trata de manifestar e desvelar suas características, investigando as condutas vestigiais, características dos primórdios da espécie, que ainda podem ser encontradas na conduta do homem atual.

Vygotsky parte do modelo sequencial e limitado do funcionamento psíquico, o modelo da reflexologia e do condutismo, onde se analisa séries lineares com um estímulo (E), que levam a uma resposta (R), que provoca outro estímulo (E). Ao chegar sequencialmente ao contexto, Vygotsky passa, com os mesmos materiais, a construir um modelo em que o homem controla E e R ativo, impondo-lhes sua vontade e criando um sistema complexo.

A conduta vestigial, que se serve de nós em uma corda, é um mecanismo externo de memória que oferece o material concreto para o seu julgamento. Sem estímulo A, o sujeito cria uma resposta responda, constituindo uma resposta material e psicológica ao mesmo tempo, constituindo a resposta (B) que eu desejo dar, diante do estímulo A. Ao estabelecer X como termo ambivalente, resposta e estímulo ao mesmo tempo , o modelo Estímulo-Resposta se rompe, evidenciando a evidência da criança nessas condutas.

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