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Projeto de Pesquisa Desenvolvimento Humano

Por:   •  16/1/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.588 Palavras (7 Páginas)  •  982 Visualizações

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO        3

REFERÊNCIAS        5


1 INTRODUÇÃO  

“A adolescência é o período de transição da dependência infantil para a autossuficiência adulta” (SANTOS & CARVALHO, 2006, p.136).  Silva et. al. (2013) também considera que a adolescência seja uma fase da vida entre a infância a adolescência, ressalta também que:

“[...] é marcada por um processo com sucessivas modificações de crescimento e de desenvolvimento biopsicossocial, em que o individuo se desenvolve física e emocionalmente, quando, muitas vezes, ocorre o início da vida sexual (p. 497)”

Portanto devido ao fato que o percurso que o indivíduo traça nessa fase, pode acarretar consequências na fase adulta. Taborda et. al. (2014, p. 17), relata que as transformações na adolescência podem gerar implicações:

“[...] inúmeras transformações tanto de cunho físico como psicológico podem se revelar nas mudanças biológicas, de aprendizagem, comportamentais, de descobertas, de interação, de socialização e de inúmeros processos.”

Mediante a isso, de acordo com Dadoorian (2003, p. 84), “os elevados índices estatísticos de gravidez na adolescência provocaram um maior interesse sobre essa questão por parte dos profissionais de saúde brasileiros”, sendo assim, as consequências geradas pela gravidez nesse período se mostra importante no desenvolvimento do sujeito.  

No entanto, no presente projeto de pesquisa incita a questão: se atualmente, as informações sobre métodos contraceptivos estão acessíveis a meio tecnológicos, como internet, televisão, rádio, jornais, revistas, por que ainda existem adolescentes engravidando? Questões socioeconômicas podem estar envolvidas na pergunta, pois muitas vezes a ideologia, ou seja, o pensamento que paira sobre determinada comunidade econômica e social (principalmente baixa), não é a perspectiva de estudar, realizar uma graduação, casar, comprar um imóvel, muitas vezes ter um filho não significa algo ruim para as adolescentes. Justamente nesse foco que o projeto irá realizar seu desenvolver, sobre as causas de gravidez na adolescência atualmente, mesmo com informações preventivas.

2 JUSTIFICATIVA

O trabalho de intervenção sobre gravidez na adolescência no quadro atual, se justifica a escolha pois a gravidez na adolescência pode estar relacionada a diversos fatores, bem como, a estrutura familiar, a sua formação psicológica (personalidade) e também a falta de perspectivas de vida.

Mediante a isso Henriques, Silva, Singh e Wulf (1989) descreve que:

''[...] Adolescentes cuja renda familiar se classifica entre as mais pobres (¼ de salário mínimo) quase não têm nenhuma chance de completar o 2o grau após o nascimento de um filho. Vinte e quatro por cento dessas adolescentes tiveram de cinco a oito anos de escolaridade, mas somente 2% prosseguiram sua educação após o nascimento do filho. Entre as que tiveram um filho antes dos 20 anos, apenas 23% haviam estudado além da 8ª série, enquanto as que não deram à luz, 44% estudaram além da 8ª série.''

Portanto, muitas vezes a gravidez na adolescência não significa uma tragédia na vida de algumas adolescentes, geralmente é a questão de perspectiva de vida que vai dizer isso, se pretendia estudar e realmente realizar uma graduação, se possui um plano de futuro, entre outras metas.

Sendo assim vemos a importância do acesso as informações de prevenção e de métodos contraceptivos, e qual o real acesso que hoje o adolescente tem sobre essas informações, seja ela por meio da rede social, saúde pública, mídias, internet ou cultura do meio em que está inserida e sabemos que devemos um olhar especial para as adolescentes que pertence as classes populares ou as minorias pois como apontado por Dadoorian (2003):

“Segundo dados estatísticos do SUS relativo a 2000, dos 2,5 milhões de partos realizados nos hospitais públicos do país, 689 mil eram de mães adolescentes com menos de 19 anos de idade. A maioria das adolescentes grávidas pertence às classes populares.”  

Não só métodos contraceptivos, mas uma informação ampla sobre o desenvolvimento humano na fase adolescência deve ser divulgada, uma meta a ser traçada na vida do indivíduo pode determinar suas escolhas, porém, isso não ocorre quando não existe uma perspectiva de vida (OLIVEIRA, 2003).

Segundo Moccellin et. al. (2010, p. 407) “A gravidez na adolescência é um problema de saúde pública [...] por constituir um possível elemento desestruturador da vida das adolescentes”, dá ênfase ao problema do desequilíbrio emocional, físico, social, na vida dessa mãe que ainda está em fase de desenvolvimento. Ainda ressaltando os malefícios que a gravidez adolescente pode ocasionar de acordo com Martinez (2011, p. 855) a adolescência hoje é:

“[...] considerada uma idade inadequada para a mulher ter filhos, perante as associações da gravidez precoce com morbidades do neonato e impactos econômicos, educacionais e sociais. Como exemplo, uma consequência da gravidez precoce [...] é o baixo peso ao nascer. Essa associação tem por mecanismos fatores como a imaturidade do sistema reprodutivo e o ganho de peso inadequado durante a gestação, além de aspectos como a pobreza, falta de instrução e cuidados pré-natais”

Justificando assim, a importância da questão, pois o tema não é uma questão de querer ou não ser mãe, são os riscos que trazem essa escolha e a interrupção no processo de desenvolvimento, como foi abordado de acordo com os autores.

3 PÚBLICO ALVO

        A faixa etária escolhida foi de 10 a 20 anos, foi escolhido este público alvo por ser uma definição segundo a Organização Mundial da Saúde OMS (1965), adolescência compreende nessa linha de idade, essa também é a definição de idade pelo Ministério da Saúde do Brasil (Brasil, 2007a) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia        e Estatística        –IBGE (Brasil, 2007). A escolha se deu pois segundo Clapis e Parenti (2004, p. 284):

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