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Políticas Públicas- Arislany Sather

Por:   •  12/8/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.980 Palavras (12 Páginas)  •  282 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO[pic 1]

CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES

FACULDADE DE EDUCAÇÃO

FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB

Curso de Licenciatura em Pedagogia – modalidade EAD

AVALIAÇÃO À DISTÂNCIA 2 – 2015.2

Disciplina: Língua Portuguesa na Educação II

Coordenador (a): Cláudia Cristina dos Santos Andrade

Aluno (a):_________________________________________ Matr.:_____________________

Polo: _________________                                  

Caro(a) aluno(a),

Antes de responder as questões, observe as seguintes instruções:

. discuta suas dúvidas com os tutores presenciais e com os a distância;

. preste atenção ao que é solicitado no enunciado das questões;

. responda com calma e atenção;

. procure não deixar nenhuma questão em branco;

.apresente respostas com consistência teórica e busque apoio e referências no seu material didático e nas obras citadas nele;

. utilize a modalidade padrão da língua, reconhecidamente a mais adequada a textos científicos, em textos claros, coerentes e coesos;

IMPORTANTE

Embora discutidas no grupo de estudo e na tutoria, as respostas devem ser individuais e de autoria do aluno que assina a prova.

QUESTÃO 1: (VALOR: 3 PTS,  1PT cada)

Em 2011, vivemos uma grande polêmica: um livro didático dedicado à EJA foi acusado na grande imprensa de estar “ensinando errado”, ao informar que o aluno pode falar de determinada forma. A polêmica causou indignação entre educadores e linguistas, por desqualificar uma discussão muito importante no ensino da língua. Observe a parte do livro que foi objeto da discussão e resolva as questões A, B e C.

[pic 2][pic 3]

  1. Identifique o vício de linguagem presente na frase destacada pelo livro.

O vício de linguagem é o solecismo de concordância nominal, quando o substantivo não concorda com o artigo.

  1. Reflita e escreva, com base nos estudos feitos até o momento: até que ponto as ocorrências próprias das situações informais podem ser consideradas problemas para o usuário da língua?

Retomando meus estudos de Língua Portuguesa na Educação I, sobre língua e poder, podemos considerar o uso das ocorrências informais como uma desqualificação do falante, sendo necessário assim a adequação do que é falado dentro do contexto. Toda e qualquer maneira de falar desse ser aceita, pois elas são determinadas através da cultura a qual o indivíduo está inserido, mas deve-se também considerar que uma aproximação com a norma culta apresenta e compreende outros campos de acesso ao indivíduo, onde o mesmo apodera-se de novas formas e falar e utiliza sua vivência como um comparativo para adequá-la as diferentes situações. Dessa maneira compreende-se que o mercado de trabalho, e outros aspectos da sociedade exigem a norma culta e que a mesma deve ser seguida, evitando assim as diferentes formas de preconceitos linguísticos existentes.

  1. No volume 1, p. 68 de nossa coletânea, há a seguinte afirmação: "Muitas das construções que usamos na  oralidade tornam-se desaconselháveis em situações formais”.  De que maneira o livro encaminha tal questão? A proposta do livro é adequada? Justifique seu posicionamento.

A proposta do livro é adequada, pois descontrói o preconceito presente até os dias atuais dentro das classes sociais sobre a norma culta e informal. No momento em que o livro busca aproximar-se da realidade do aluno o mesmo retira a barreira da aprendizagem existente e que muitas vezes é responsável por não permitir que o aluno se apodere de novos conhecimentos. Trata-se de um dever da escola apresentar todas as formas de falar, de forma que os alunos se julgarem pertinente, adequado e necessário possam identificar a melhor maneira de falar, respeitando assim a variedade linguística dos alunos, ensinando o que eles não sabem e introduzindo-os ao mundo da cultura letrada.

QUESTÃO 2 (VALOR 7 PTS: A) 1 ponto, B) 1 ponto, C)1 ponto, D) 4 pontos)

A) Ao final da Aula 13 do Módulo 1 de nossa disciplina, lemos a seguinte conclusão:

Ao percebermos que uma receita culinária ou uma bula de remédio, por exemplo, podem se tornar um desafio para alguém, estamos reiterando a ideia de que a leitura de mundo não pode ser confundida com o simples ‘juntar letras’. Enquanto aceitarmos, como professores, um ensino descritivo da língua portuguesa como informação suficiente para o domínio dessa mesma língua, estaremos insistindo num equívoco – quando não num engodo – que só entrava a conquista da cidadania”.

Discuta a afirmação acima, dissertando sobre o equívoco apontado.

Durante muito tempo e até atualmente, considerou-se que aprender a ler e escrever eram capacidades suficientes para o indivíduo desenvolver-se dentro da sociedade criando relações e conhecimentos, mas percebe-se que quando consideramos que a leitura de mundo precede a leitura da palavra, precisamos considerar que desenvolver a compreensão do que está inserido no mundo tem igual ou maior valia sobre o que é lido ou escrito. Se o indivíduo apenas lê e não compreende, ou seja, se ele apenas faz junções e decodifica, o mesmo não pode considerar que compreendeu o que foi lido. Não há como ler uma receita culinária ou até mesmo uma bula de remédio e tantas outras variantes de gêneros textuais, se não compreende medidas de quantidade, tempo e de uso dos materiais, sendo apenas uma mera leitura sem agregar conhecimento como tantas outras. É preciso conhecer e desenvolver- se dentro do objeto de estudo e através dele procurar novas vertentes de aprendizados e compreensões.

B)   Duas turmas de 5º ano de escolaridade estão estudando o gênero poema, analisando o texto de Patativa do Assaré(trecho):

APOSENTADORIA DE MANÉ DO RIACHÃO

Seu moço, fique ciente

De tudo que eu vou contar,

Sou um pobre penitente

Nasci no dia do azá,

Por capricho eu vim ao mundo

Perto de um riacho fundo

No mais feio grutião

E como ali fui nascido,

Fiquei sendo conhecido

Por Mané do Riachão.

Passei a vida penando

No mais crué padicê,

Como tratô trabaiando

Pro filizardo comê,

A minha sorte é trucida,

Pra miorá minha vida

Já rezei e fiz promessa,

Mas isto tudo é tolice,

Uma cigana me disse

Que eu nascí foi de trevessa

Sofrendo grande cancêra

Virei bola de biá

Trabaiando na carrêra

Daqui, pra ali e pra aculá,

Fui um eterno criado

Sempre fazendo mandado

Ajudando aos home rico,

Eu andei de grau em grau

Taliquá o picapau

Caçando broca em angico.

Sempre entrando pelo cano

E sem podê trabaiá,

Com secenta e sete ano

Percurei me apusentá,

Fui batê lá no iscritoro

Depois eu fui no cartoro,

Porém de nada valeu,

Veja o que foi, cidadão,

Que aquele tabelião

Achou de falá pra eu.

...

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