Profissão docente na Educação Superior
Por: João Carlos Souza • 7/10/2017 • Resenha • 635 Palavras (3 Páginas) • 217 Visualizações
SILVA, E. F. & VEIGA, I. P. A. A docência na Educação Superior e as influências dos campos científicos. In. D’ÁVILA, & VEIGA, Profissão docente na Educação Superior. Curitiba. CRV. 2013. P. 65 – 75
Apresentação:
Trata-se de um capítulo de um livro organizado pelo mesmo autor, que tem como finalidades refletir sobre a docência na educação superior buscando experiências inovadoras vividas por professores e estudantes que contribuíram para instaurar e ou ampliar o debate sobre: a aula na universidade; uma nova organização e apresenta os desafios a serem transpostos.
Comentários:
Este texto insere-se no âmbito de um estudo mais amplo sobre a docência na educação superior e nos fez refletir sobre a aula universitária como inovação técnica ou como inovação edificante.
As experiências, vivenciadas por professores e estudantes que participaram desta pesquisa, nos aponta outro perfil de docente que tem sido procurado, o de um profissional “que vê as possibilidades e os limites dos conceitos com que trabalha para a solução de problemas que desafiam a própria ciência, que freqüentemente direciona o olhar de seus alunos para o futuro, trabalhando nas fronteiras do conhecimento em qualquer área […]” (BALZAN, 2000, p. 117). Desta maneira, a docência nos leva a um entendimento do mundo, parte da curiosidade, do aprender, captar, entender o mundo e que nos leva a uma articulação entre ensinar, aprender, pesquisar e avaliar num movimento dialético que direciona a formação acadêmica e profissional.
Para elaborar um projeto colaborativo de aula é necessário que os professores tenham o domínio dos conteúdos específicos de sua área de formação e dos fundamentos teóricos e metodológicos da educação. O que torna uma fragilidade dos profissionais, pois poucos professores tiveram acesso na graduação e pós-graduação aos fundamentos metodológicos da educação.
Na autoformação, vivenciada pelos professores, através de participação em movimentos, há uma assimilação de discursos críticos que acabam interferindo em suas práticas docentes, por uma necessidade de coerência entre o discurso e a prática.
Nas aulas analisadas os professores partem do senso comum, dos conhecimentos trazidos pelos alunos e do contexto onde se realiza o objeto de estudo e estabelecem novas relações com outras formas e tipos de conhecimento.
Os projetos e programas da Universidade/Faculdade/Departamento estão ligados a concepções de ensino e docência no campo científico dos cursos ofertados, como indicam as considerações a seguir:
Os cursos são influenciados pelos campos científicos, como demonstram o uso do discurso e jargões das profissões, estabelecimento de normas e regras, vestimentas específicas, falar e agir com autoridade científica como membro do grupo profissional.
Os docentes incentivam os estudantes a se aproximarem do “campo” para conhecer e aprender as particularidades e possibilidades da carreira;
É inútil pensar o processo de produção e disseminação do conhecimento na universidade como um processo monolítico, em que o que acontece em uma área poderá acontecer em outra.
A universidade tem didáticas no plural e estas, em grande parte, são
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