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RACIONALIZAÇÃO DA PRÁTICA DA ASSISTÊNCIA

Por:   •  26/4/2015  •  Seminário  •  1.163 Palavras (5 Páginas)  •  807 Visualizações

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RACIONALIZAÇÃO   DA   PRÁTICA  DA  ASSISTÊNCIA

No início do séc. XX, no plano da relação capital-trabalho, os avanços do movimento operário e o amadurecimento do processo organizativo mantinham a classe dominante em estado de permanente ansiedade.

A sociedade capitalista estava à beira do colapso com uma economia deteriorada e um quadro social bastante preocupante.

⇒ O clima de tensão envolvia permanentemente as relações sociais.

⇒ O que se via era a “questão social” atemorizando a burguesia.

⇒ Crescia a pobreza e generalizava a miséria.

⇒Era preciso encontrar novas formas de equacionamento da “questão social”.

⇒ As novas estratégias de atendimento à “questão social” precisavam levar em conta essa nova organização societária com essa correlação de forças.

PROMÓRDIOS  DA  ASSISTÊNCIA

Na antiguidade, em torno de 3000 a.C, no Egito, Grécia, Itália, Índia a assistência era tarefa reservada às confrarias.

A ajuda concretizava-se na esmola esporádica, visita domiciliar, concessão de gêneros alimentícios, roupas, calçados, enfim bens materiais indispensáveis para minorar o sofrimento.

Preocupação dos filósofos Aristóteles, Platão, Sêneca, Cícero em racionalizar a assistência e não restringi-la à manifestação eventual ou esporádica.

Com o advento do Cristianismo a assistência ampliou a sua base fundamentando-se não só na caridade, mas na justiça social.

Os cristãos agregaram à assistência a dimensão espiritual situando a caridade  como um dos pilares da fé.

Muitas práticas de exploração, repressão e dominação política e ideológica foram realizadas sob a denominação de caridade.

Com a Revolução Francesa “[...] deslocaram de novo a base da assistência, posicionando-a como um direito do cidadão e atribuído a todos o dever de prestá-la”.

Na Revolução Francesa o “Comitê de Mendicância” propôs a assistência social como direito e dever do Estado.

Da Idade Média até o século XIX “[...] a assistência  era encarada como forma de controlar a pobreza e  de ratificar a sujeição daqueles que não detinham posses ou bens materiais”

No final do século XIX (...) o capital industrial  perdia a força para o império dos monopólios
    (aumento do desemprego).

O trabalhador industrial (mais criança e adolescente e a mulher) tinha que cumprir longas jornadas de trabalho em um ambiente insalubre, em condições deploráveis

Os trabalhadores organizaram um movimento combativo, cuja
“[...] marcha histórica por eles desenvolvida ao longo do século XIX tornara impossível deixar de reconhecer a sua força política e a sua presença de classe”

Em resposta à situação social, a burguesia inglesa aliada ao Estado e à Igreja, criou a Sociedade de Organização da Caridade - SOC

“Em seus esforços de racionalizar a assistência, ela criara a primeira proposta de prática para o Serviço Social no terço final do século XIX.”

[...] só coibindo as práticas de classe dos trabalhadores, impedindo suas manifestações coletivas e mantendo um controle sobre a “questão social” é que se poderia assegurar o funcionamento social adequado”

“[...] a assistência posicionava-se como um, entre outros, mecanismo acionado pelo Estado burguês para garantir a expansão do capital”

A Inglaterra foi a pioneira na organização da assistência, destacando o relevante papel da SOC que tinha como bandeira de luta a organização cientifica da assistência.

Em 1882, nos Estados Unidos Josephine Shaw Lowell criou a primeira SOC.

1893 em Londres, a SOC ofereceu o primeiro Curso de Formação de Visitadores Sociais Voluntários. Motivando a realização de novos cursos nas cidades americanas.

Nas Sociedades de Organização da Caridade da Europa e dos Estados Unidos, havia uma preocupação em preparar “os agentes profissionais” para lidar com a “questão social”.
Os cursos eram ministrados por essas entidades, influenciados pelos estudos científicos de Mary Richmond.

Na América do Norte, as discussões sobre a formação profissional dos trabalhadores da assistência ocorreram na Conferência de Caridade e Correção (em Toronto1897).
Nela, Mary Richmond (que participou da Sociedade de Organização da Caridade de Baltimore), propôs a criação de uma escola para o ensino de Filantropia Aplicada.

“Visualizando o inquérito como um instrumento de fundamental importância para a realização do diagnóstico social e, posteriormente, do tratamento, acreditava Richmond que só através do ensino especializado poder-se-ia obter a necessária qualificação para realizá-lo.”

1898    foi realizado em Nova York o “curso destinado à aprendizagem da ação social ou à aprendizagem da aplicação científica da filantropia.
   
A primeira escola de Filantropia Aplicada, foi criada em Nova York     (1899)

Mary Ellen Richmond     ( 1861 – 1928 )

A influência  de Richmond foi marcante devendo a ela a organização e a regência dos primeiros

      Cursos de Filantropia Aplicada. ( 1898 )

“O impulso trazido pela criação da escola foi muito importante para a sistematização do ensino do Serviço Social, bem como para o seu processo de profissionalização e  institucionalização.”

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