RELATÓRIO FINAL DO ESTÁGIO NO ENSINO FUNDAMENTAL II
Por: socorro60castelo • 12/4/2018 • Relatório de pesquisa • 4.313 Palavras (18 Páginas) • 1.148 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
DISCIPLINA: ESTÁGIO NO ENSINO FUNDAMENTAL II
PROFESSORA: MAURA CARDOSO
ANA ILDA OLIVEIRA DA SILVA
MARIA DO SOCORRO OLIVEIRA CASTELO
RELATÓRIO FINAL DO ESTÁGIO NO ENSINO FUNDAMENTAL II
BELÉM
2014
Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia
RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO
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ANA ILDA OLIVEIRA
MARIA DO SOCORRO OLIVEIRA CASTELO
SUMÁRIO
Introdução
Desenvolvimento
Conclusão
Anexos
INTRODUÇÃO
Este relatório é resultado das experiências desenvolvidas durante o Estágio na Turma 2002, do 2º ano do Ensino Fundamental II, na Escola de Aplicação da Universidade Federal do Pará. A Escola de Aplicação da UFPA está situada na Avenida Tancredo Neves, nº. 1000, no bairro Montese, em Belém do Pará.
A proposta inicial da orientadora do estágio é que deveríamos ficar na escola durante dois meses e meio totalizando 10 dias de estágio e fazer 3 intervenções. Porém em decorrência de problemas relacionados à grade curricular do curso ficamos apenas um mês, contudo desenvolvemos as intervenções propostas.
Foi observando e registrando o cotidiano desta classe nos meses de setembro e outubro de 2014, nos dias de sexta-feira, mais precisamente no horário de 07:30 as 11:05, que pudemos refletir sobre o trabalho da docente dessa turma e pensar em algumas atividades de intervenção. A docente da turma 2002, professora Socorro Góes é graduada em Pedagogia pela UFPA, tem especialização em Educação Infantil e exerce a docência há 20 anos. A turma 2002 é composta por 15 crianças na faixa etária de 7 anos em sua maioria formada por crianças do sexo feminino.
As atividades desenvolvidas pela classe obedecem a uma organização por horário e se dão da seguinte maneira: às 7:30 toca a campainha e a crianças entram na sala, nesse momento a professora organiza as crianças sentadas em suas cadeiras, em uma roda e inicia a conversa com eles, essa conversa vai até às 8:20; de 8:20 até 10:00 eles desenvolvem uma atividade de português; de 10:00 às 10:15 acontece o recreio; às 10:15 as crianças vão para a biblioteca onde ficam até 11:05; de 11:05 até 11:55 eles têm aula de educação física, após isso as crianças vão para casa.
DESENVOLVIMENTO
Durante o estágio foi observar que as relações sociais entre professora/ alunos, alunos/professora e alunos/alunos é bastante amistosa, pois é perceptível o amor e carinho com que a professora trata as crianças e como as crianças a tratam. A escola mantém um bom relacionamento com a comunidade, isso se configura nas reuniões bimestrais com pais e professores, nas festa junina, no Dia da Família na Escola ou em alguma atividade que requeira a presença dos pais e responsáveis.
A impressão que tivemos é de que a docente realmente ama o que faz. Foi possível observar que a professora na sua prática pedagógica faz uso da concepção sócio construtivista, haja vista que nas aulas os alunos são estimulados a expressar suas ideias e a dar suas contribuições quando for necessário.
Outro ponto que foi observado é o domínio de conteúdo e de classe que a professora tem. Embora algumas vezes as crianças tentem uma conversa paralela ao que está sendo ministrado, a professora consegue reverter a situação, sem precisar perder o controle da situação.
Durante as rodas de conversa, uma prática diária na turma, a professora sempre trabalha os valores morais como o respeito mútuo, a tolerância, o companheirismo, o respeito às diferenças.
Numa dessas rodas de conversa, a professora pediu que as crianças dessem as mãos e de olhos fechados pensassem como era o corpo delas (cabeça, olho, nariz), esse foi o momento apropriado para trabalhar a diferença. A professora perguntou às crianças se elas eram todas iguais ou se eram diferentes, então responderam que eram diferentes, esse foi o momento apropriado para trabalhar a diferença, a partir dai ela iniciou uma reflexão sobre a boa convivência. Pois se eles são diferentes e pensam diferentes é natural que se desentendam, mas precisam fazer um acordo para poderem viver bem uns com os outros..
Foi possível observar na turma alguns alunos que necessitam de uma atenção maior por parte da professora. É o caso de uma criança do sexo feminino que apesar de ter 7 anos de idade ainda tem uma fala bastante infantilizada e muitas vezes difícil de se entender, mas para trabalhar essa dificuldade a professora sempre pede à criança que repita as palavras. Algumas vezes a dificuldade dela é motivo de riso entre os colegas, mas imediatamente a professora chama a atenção contra o bulling. Essa criança na maioria das vezes não consegue realizar as atividades, pois tem um comportamento que oscila entre agitação e calma, parecendo muitas vezes estar com o pensamento muito distante. Segundo a professora, o laudo dado à menina é de autismo, nível leve.
Outra criança do sexo masculino, também tem dificuldade na fala, consequência de uma doença que faz crescer demasiadamente as peles que ficam embaixo do pescoço, por conta disso ele já se submeteu a diversas cirurgias. Há outro caso de uma menina que perdeu o pai e a mãe aos quatro anos de idade e que até hoje não conseguiu superar o trauma, por conta disso, ela vive mergulhada em profunda tristeza. Essa criança tem feito atendimento com a psicóloga da escola.
Nesses casos citados, a professora precisa dar uma atenção especial aos alunos, para que de fato a aprendizagem seja realizada. Esses são exemplos dos problemas que a professora precisa enfrentar diariamente em sala de aula. Aliado a isso algumas vezes faltam professores em algumas turmas e os alunos precisam ser remanejados para a turma, ficando a professora responsável por mais esta tarefa.
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