RESENHA: A FAMÍLIA COMO INSTITUIÇÃO MODERNA

RESENHA: A FAMÍLIA COMO INSTITUIÇÃO MODERNA

Dentro da Sociologia existem dois tipos de instituição: as microinstituições (paternidade, casamento, maternidade, etc.), e as macroinstituições (família, igreja, estado, etc.). Essas instituições são encontradas em todas as sociedades, elas formam atitudes, opiniões, ações, relações pessoais, dentre outros. São elas que nos norteiam para o que devemos - ou não devemos - fazer. São normas que definem como as relações devem ser.

Existem ainda as organizações, que muitas vezes são vistas como algo mecânico, feito para alcançar metas. Assim como alguns entendem como algo orgânico, que é afetado pelas características de cada indivíduo e pelas pressões do meio. Uma organização é menor do que uma instituição, entretanto, uma organização pode tranformar-se em uma instituição caso ela consiga se manter ao longo do tempo. Esse processo de tranformação é chamado de institucionalização.

As instituições são sistema simbólicos de conhecimento, crenças e autoridade moral (SCOTTI, 1996). Ou seja, a forma como um indivíduo se comporta, e tudo o que ele pensa, é segundo as normas sociais impostas e partilhadas. O indivíduo pensa de acordo com o que é passado pelas instituições.

Existem várias instituições, e o homem pode pertencer a mais de uma delas, mesmo sendo diferentes umas das outras, como por exemplo a família, a igreja, e o estado. O pensamento institucional torna as instituições tão internalizadas que parecem inexistentes.

Existem cinco fatores importantes na constituição das instituições sociais:

1) Exterioridade: não é relacionada ao interno do ser humano, tem relações diretamente externas. Um exemplo citado é a família, pois é algo concreto, e não apenas uma mentalização.

2) Objetividade: chama-se de objetiva devido ser uma existência compartilhada por vários indíviduos, com formas de pensar semelhantes entre si.

3) Coercitividade: São coerções impostas pelas instituições, como pensamentos e comportamentos que serão aceitos e lhes determinarão. É uma proteção ao caráter da instituição.

4) Autoridade moral: Suas ações tem reações. Existem leis institucionais, se o indivíduo estiver de acordo com as normas recerá recompensa, se infringir receberá punição.

5) Historicidade: Possui existência antes do nascimento do indivíduo e continuará existindo depois dele. São idealismos conjuntos de diversos seres que se interagem ao longo da vida.

As instituições podem ser vistas como forma de dominação ideológica, já que o sujeito pensa e age de acordo com o padrão exposto nessas entidades. Isso dá ao indivíduo uma sensação de liberdade, porém falsa pois ele só está reproduzindo o que está enraizado. Ainda existe a visão das instituições como instrumentos de poder, uma vez que são usadas para legitimar forma de dominação de classe.

Podemos chamar a instituição de um processo de socialização. O homem criou essas entidades para legitimar e facilitar o convívio em sociedade.

A família é entendida como instituição social. Dela surge os ensinamentos de padrões e regras culturais para conviver em sociedade. Sendo a primeira insituição que o indivíduo tem contato na vida, ela serve de base para todas as outras instituições.

Atualmente a família está bem diferente do que um dia já foi. Antes, apenas o pai saía para providenciar o sustento da casa, e a mãe cuidava da educação dos filhos e do lar. Hoje podemos perceber um grande aumento do divórcio, e as mulheres ganharam forças para trabalharem fora. Existe uma ressignificação da família, a partir do momento que cada ser quer preservar sua individualidade. A sociedade moderna possui novas exigências e valores.