RESENHA DESCRITIVA: UMA ANÁLISE DA CULTURA ESCOLAR DO LICEU DE HUMANIDADES DE CAMPOS: O “ESPÍRITO LICEÍSTA” ONTEM E HOJE.
Por: Tatiana Muniz de Souza • 15/9/2018 • Resenha • 1.331 Palavras (6 Páginas) • 354 Visualizações
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Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro
Centro de Ciências do Homem
Licenciatura em Pedagogia - PARFOR
LES14015 – Tópicos Especiais em Leituras e Procedimentos
de Textos Científicos em Ciências Humanas
Docente: Wania Amélia Belchior Mesquita
Discentes: ADRIANA DE AZEVEDO
TATIANA MUNIZ DE SOUZA
RESENHA DESCRITIVA:
UMA ANÁLISE DA CULTURA ESCOLAR DO LICEU DE HUMANIDADES DE CAMPOS: O “ESPÍRITO LICEÍSTA” ONTEM E HOJE.
Resenha descritiva da monografia
de Danielle Muguet Pessanha.
Campos dos Goytacazes, Junho de 2017.
A monografia “Uma análise da cultura escolar do Liceu de Humanidades de Campos: O espírito liceísta ontem e hoje”, de autoria da aluna Danielle Muguet Pessanha, tem como objetivo colocar em foco aspectos marcantes da cultura escolar do Liceu de Humanidades de Campos ao longo da história desta instituição.
O capítulo I (introdução) aborda dados históricos, traz uma breve visão do cenário das instituições de ensino do século XIX e faz referência ao LHC, criado em 1880, como a primeira instituição de ensino secundário oficial e gratuito de Campos dos Goytacazes. Outro fato relevante desse capítulo diz respeito ao prédio que abriga o colégio, um solar luxuoso construído em 1864 que pertenceu ao Barão da Lagoa Dourada e foi doado para Câmara Municipal até se tornar a escola estadual. A apresentação mostra ainda, o papel de destaque e prestígio que o Liceu de Humanidades ocupava em Campos, fundado no império, numa época em que havia pouquíssimos educandários desse tipo no Brasil.
O capítulo II (procedimentos metodológicos) trata do aspecto de preparação do trabalho. A autora escolhe metodologia etnográfica, de tipo qualitativo, utilizando algumas técnicas de observação, estudo de caso e principalmente a entrevista aberta.
Cultura escolar e cultura da escola como objeto de análise é o foco do capítulo III. Danielle analisa e adota as contribuições sobre conceito de “cultura escolar” e “cultura da escola” de três autores. São eles: FORQUIN (1993), TEIXEIRA (2000) e JÚLIA (2001). Nesse âmbito enfatiza a questão da cultura escolar e cultura da escola, ressaltando a importância dos estudos de Forquin. Acredita que esse conceito de cultura da escola vai mais longe que os de outros pesquisadores, pois enxerga a escola em sua particularidade, enquanto um sistema vivo, dinâmico, sujeito a mudanças e transformações, ou seja, aquilo que caracteriza a sua singularidade, a sua identidade própria.
Em relação aos espaços escolares como forma de ensino, mencionados no capítulo IV, foram adotadas as interpretações de dois autores em particular: ESCOLANO (1998) e VIÑAO FRAGO (1998). Segundo Escolano, os espaços escolares são fatores determinantes e, portanto, colaboram nas finalidades educativas, e devem ser levados em consideração como parte fundamental dos programas pedagógicos. O próprio prédio onde a escola está situada acaba servindo de exemplo e influenciando, com uma inteligência invisível, todo meio que o rodeia. Viñao Frago diz que qualquer atividade humana precisa de um espaço e de um tempo determinados. Dessa forma, o espaço associado ao tempo é um dos elementos básicos que constituem a ação educativa. A existência deste espaço e a sua própria utilização supõem a constituição de um lugar. Consequentemente a escola é um exemplo típico de uma instituição que ocupa um espaço e um lugar. Onde este espaço, ou melhor, este território não é neutro, pois a escola é um produto cultural específico que tem como finalidade formar as estruturas mentais básicas dos seus alunos, sejam eles crianças, adolescentes ou adultos. Diante dos embasamentos teóricos dos autores citados, torna-se compreensível que a localização nobre, a arquitetura imponente compõem os elementos que destaca este educandário em meio aos demais colégios e provoca admiração naqueles que o observam de fora e naqueles que tem o privilégio de conhecê-lo por dentro.
No capítulo V (“O espírito liceísta), são utilizadas três interpretações do que seria este “espírito liceísta”, são elas de: ALMEIDA (2005), BARCELOS (1980) E CRETTO (1980). A fim de tentarem explicar esse espírito, os autores destacam características próprias da escola, como o difícil acesso, disputado através do exame de admissão, o tradicional dia do bicho que marcava o batismo dos novos liceísta, o curso ginasial e científico de alto nível, comparado ao Colégio Pedro II e o esperado desfile de 7 de setembro.
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