RETROCESSO NA HUMANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO

             RETROCESSO NA HUMANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO

A privatização é uma espécie de venda de empresas pertencentes ao Estado, sendo este um bem público, transferindo-se para a iniciativa privada, na qual um empresário fará a gestão do mesmo investindo e administrando da maneira que achar melhor para seus negócios. Geralmente essa prática de privatização ocorre quando uma empresa estatal está passando por dificuldades financeiras ou não está tendo os lucros necessários. Analisa-se através dessa perspectiva, que o Estado acaba que por se desobrigar diante do financiamento das políticas educacionais, fazendo com que algo que antes pertencia a uma nação, para a ser exclusivamente privado pertencente a um empresário.

Segundo Dwight Holmes em entrevista a Carta Capital (2016), o mesmo expressa que a escola Charter é mantida por recursos públicos, porém administrada de maneira privada fundada na década de 80, com intuito de ser liderada por professores com escopo de resgatar alunos frustrados nas escolas tradicionais. Para ele, esse modelo de escola privada traz regras administrativas com diferentes abordagens de ensino com estudantes que enfrentam dificuldades sociais maiores, porém não é possível ver aspecto positivo nessa nova abordagem de ensino, propiciando uma indústria poderosa, remetendo o ensino a algo robótico e com intuito de gerar recursos públicos preciosos.

Um bom exemplo de privatização do sistema educacional em território nacional, é a abertura para investidores externos, e o crescimento abundante de escolas particulares. O crescimento dessa demanda empresarial privatizando as escolas públicas, acabam de certa forma com a participação democrática e aquele que se poderia dizer de sistemas públicos de educação.

O que se sabe hoje, é que o avanço da lógica privada sobre o setor público afeta o direito humano à educação, produzindo um aumento referente as desigualdades educacionais, acarretando um prejuízo para as populações carentes, além de consequentemente reduzir a autonomia de professores no que concerne a qualidade de ensino e o devido controle social.

Em suma, o que precisamos é de um ensino democrático, financiamento, condições de trabalho dignas dos profissionais da educação, com condições para uma educação de qualidade, visando uma política educativa democrática e de Direito no qual esse modelo de privatização deve ser analisado com cautela para não causar ainda mais prejuízos sociais.