Reflexões Sobre o Filme: Numa Escola Em Havana

Reflexões sobre o filme: Numa escola em Havana

Ao longo do filme, é possível notar como a professora se preocupa com seus alunos dentro e fora do colégio. Na visão da professora, que conhece cada aluno e cria relações emocionais com os mesmos, cada aluno precisa de atenção e a mesma até diz que eles precisam que alguém acredite neles. As situações vistas no filme, como Chala que sustentava a casa e tinha uma mãe dependente química, não estão longe da realidade. Essas situações de fato, acontecem no dia a dia porém, passam desapercebidas. A atenção de Carmela com Chala e todos os outros alunos claramente os faz valorizar mais o aprendizado e assim, melhora o ambiente escolar.

Podemos ver dentro dessa postura de Carmela, um pouco da teoria humanista de Carl Rogers. O mesmo propõe mudanças no sistema tradicional de Educação ao afirmar que ensinar é mais que transmitir conhecimento, é despertar a curiosidade, instigar o desejo de ir além do conhecido e é principalmente, educar para a vida e para novos relacionamentos. Além disso, ao combater o ambiente hostil em que as crianças vivem fazendo com que a escola seja um local seguro e confortável no aspecto psicológico ela faz mais que o papel de professora. A mesma se torna a “facilitadora” quem, segundo Rogers, cria essa sala de aula psicologicamente positiva para promover a aprendizagem significativa. Nesta sala de aula, o professor, além de facilitador, vira o Educador e o aluno, o Educando.

Ainda segundo a teoria humanista, é preciso que o Educador, desenvolva qualificações: Autenticidade, para obter o respeito dos educandos. O carinho para com o estudante e a empatia, compreendendo o indivíduo e se colocando no lugar do mesmo.

Portando, podemos ver claramente durante o filme que, talvez até não propositalmente, Carmela segue todas essas qualificações. E assim, podemos relacionar diretamente o filme à teoria humanista de Carl Rogers.

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