Resenha de metodologia da íngua portuguesa
Por: juvagirl • 31/8/2015 • Trabalho acadêmico • 480 Palavras (2 Páginas) • 452 Visualizações
Resenha: Contextualizando as relações de ensino e aprendizagem da língua
O texto aborda o ensino da língua e a compreensão da linguagem no contexto histórico brasileiro, enfatizando as políticas públicas em suas abordagens conceituais e procedimentais. Apresentando também uma revisão sobre as práticas de ensino e aprendizagem da língua que ocorrem no dia a dia da sala de aula.
A grande preocupação com as metodologias para o ensino da língua materna devido ao fracasso no processo de ensino-aprendizagem levou o CENP- Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas a consultar profissionais de diversas etapas da educação, resultando a criação da Proposta Curricular para o Ensino da Língua Portuguesa, no estado de São Paulo, porém, não houve efeito satisfatório, o que levou, posteriormente, criarem-se as Diretrizes Curriculares Nacionais ampliando o sentido de língua e linguagem com o objetivo de alcançar mudanças no processo de ensino-aprendizagem da língua.
Percebe-se pela leitura do texto que os autores salientam que embora tenhamos tido mudanças significativas referentes à maneira de se compreender o papel que desempenha a linguagem, as práticas pedagógicas do ensino da língua continuam sendo voltadas ao estruturalismo, ao ensino de códigos. Segundo Geraldi, a linguagem não é apenas a língua e seu sistema de códigos, ao contrário, é uma criação cultural viva e que permite aos indivíduos interagir com o meio e consigo mesmo, é dinâmica, dialética e transformadora. A língua é concebida como o resultado da produção histórica e coletiva que constitui o ser humano, portanto suas duas dimensões, a referencial (significado) e a semântica (sentido) estão relacionados na relação ensino-aprendizagem. Assim, produzir linguagem significa produzir discurso, e o discurso, quando produzido, manifesta-se linguisticamente por meio de texto (produto da atividade discursiva oral e escrita, as quais formam um todo). Outro referencial é Vygotsky e Bakhtin que reforçam o signo e a linguagem como constituidoras das funções mentais superiores, de nossa consciência, evidenciando a necessidade de articular linguagem-pensamento e contexto, como evidencia Paulo Freire, concebendo a linguagem como um processo de interação e constituição das relações sociais e, portanto da constituição dos indivíduos e de sua consciência.
O que realmente acontece na sala de aula é um processo de ensino-aprendizagem fragmentado, utilizando-se de frases sem contextos e que não trazem sentido para o educando, o que evidencia a grande dificuldade do professor de entender o significado e interelação de língua e linguagem. Há uma grande necessidade de se criar práticas de ensino-aprendizagem pautadas no processo de interação, em que a linguagem constitui um lugar de criação de significados e sentidos atrelados ao contexto no qual os indivíduos estão inseridos. O professor precisa assumir uma postura referente à linguagem, com o pressuposto que ela constitui a consciência humana.
Referência Bibliográfica
Texto: O Ensino da Língua Materna - Dialogando com Vygotsky, Bakhtin e Freire.
Zuin, Poliana Bruno. Ideias e Letras, 2010
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