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Resenha do livro a pedagogia do oprimido

Por:   •  30/9/2015  •  Resenha  •  685 Palavras (3 Páginas)  •  828 Visualizações

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Resenha PAULO FREIRE

                                                  Pedagogia do oprimido

Paulo freire em a pedagogia do oprimido fala da relação entre o opressor e o oprimido. Deixa claro ao leitor que o opressor é também o oprimido e da necessidade da libertação dos mesmos. Nesta obra o autor relata a liberdade como um instrumento que humaniza, liberta e traz autonomia ao sujeito, já a opressão aprisiona, limita e restringe o conhecimento transformando assim o sujeito em um ser limitado incapaz de interpretar seu lugar e importância no mundo e incapaz também de inovar e transformar o mundo e a sociedade em que está inserido.

Para Paulo freire há dois tipos de educação, uma libertadora e a outra opressora, a libertadora trás o dialogo horizontal, ou seja, de igual pra igual entre o aluno e o professor, onde todos participam na aprendizagem com a finalidade de ampliar a consciência social e o intelecto do educando. O professor exercita somente o papel de intermediário entre o conhecimento e o conhecedor. É comparada a um “parto”, um parto doloroso e demorado, entretanto, o sujeito que nasce desse parto é considerado uma nova criatura, com visão de mundo mais ampla e crítica, consciente do seu lugar, direitos e deveres na sociedade em que está inserido.

A pedagogia libertadora defendida arduamente por Paulo Freire deixa clara a visão de que ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho mas os homens se libertam em comunhão, ou seja, o sujeito necessita ser conscientizado por uma mente libertadora e a partir daí ter a capacidade de enxergar que da mesma maneira que conseguiu entender esse processo e enxergar a solução, os outros oprimidos também são capazes de pensar certo através da reflexão e da ação. A libertação de oprimidos é a libertação de homens e não de “coisas”, é uma ação que deve ser encarada com responsabilidade e determinação, ela acontece para transformar o ser dependente em um ser independente e autônomo.

Paulo Freire descreve a pedagogia opressora como um ensinamento limitado e sem diálogo entre o sujeito e o mundo. Os educadores opressores “ensinam” dentro da concepção “bancária”, onde os homens são meros espectadores e não recriadores do mundo, transforma seus educandos em seres dependentes e inseguros, incapazes de desenvolver a criticidade a respeito do mundo e sua complexidade. Não existe diálogo e os ensinos ocorrem de forma vertical, onde o opressor se sobressai considerando-se a fonte do saber e subestimando o oprimido a um ser incapaz de desenvolver de forma autônoma seu conhecimento. Os conteúdos e informações são dados como se o aluno fosse um banco onde o professor deposita o conhecimento.

   Para os opressores o homem novo não é aquele consciente e autônomo, mas sim aquele capaz de se tornar um opressor formando assim um ciclo vicioso e prejudicial. Em sua essência todo opressor é também um oprimido, pois mantém sua mente fechada em uma pedagogia viciosa e aprisionadora do conhecimento verdadeiro, ou seja, aquele conhecimento que humaniza o sujeito e o mundo. O “medo da liberdade” no campo da opressão se faz uso tanto aos opressores quanto aos oprimidos. Ele se instá-la nos dois pois para os oprimidos existe o medo de assumir a liberdade e para os opressores é o medo de perder a “liberdade” de oprimir. Descaracterizado assim o real conceito de liberdade.

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