Resenha dos documentários: A Servidão Moderna e Paraíso ou Esquecimento

Diferente do escravo que estamos acostumados a ver em livros, filmes e novelas, sendo oprimido pelos seus senhores, o homem contemporâneo também se tornou um escravo, mas sem chicotes, um escravo voluntário do seu desejo de consumo. O cafezal ou a fazenda dá lugar a um trabalho alienante nas fábricas, nos escritórios ou nos shoppings, onde não existe mais o senhor do escravo, porque estamos diante de uma classe trabalhadora subserviente em pleno século XXI.

“A servidão moderna” mostra como nós somos manipulados diariamente em quase tudo o que fazemos, com o objetivo de atender apenas aos interesses da classe dominante. As pessoas estão tão acostumadas com a condição de exploração e alienação que escolhem livremente quem será seu explorador, pois foi tirado delas a sua consciência. Deixamos o lado humano social e estamos mergulhando cada vez mais rápido no individualismo, na competitividade e na cobiça pelo acúmulo de capital e nos tornamos cegos diante dessa situação exploradora que o sistema capitalista traz.

O documentário “Paraíso ou esquecimento” explica uma aparente solução para conseguir por em equilíbrio a sociedade e o meio ambiente, através do projeto Vênus, onde a sociedade não utilizaria mais o sistema monetário e sim uma economia baseada em recursos, usando os métodos da ciência combinados com alta tecnologia para suprir as necessidades de todas as pessoas do mundo e criando assim um ambiente de abundância para todos por um longo tempo em equilíbrio.

Os recursos naturais da Terra estão sendo utilizados mais depressa do que o planeta pode renová-los por isso esses recursos sustentáveis não diminuirão os danos causados pelo homem na natureza, será apenas mais um paliativo e não representará uma mudança duradoura. Acredito que nossa missão seja preservar o planeta, restabelecer o quanto antes as prioridades para mudar o conceito que temos de nós mesmos e do meio ambiente e aprimorar o ensinamento sobre Educação Ambiental a fim de propor um novo relacionamento com a natureza e com o próximo.