Resumo-Contribuições de Henri Wallon
Por: layonaraujo • 13/4/2019 • Trabalho acadêmico • 955 Palavras (4 Páginas) • 227 Visualizações
UFSJ - Universidade Federal de São João del -Rei
Dep. de Ciências da Educação Curso: Pedagogia – 2P
Disciplina: Desenv. e Aprendizagem Prof.: Ana Caroline de Almeida
Discente: Carolina Moreira Brasil
Atividade: Resumo dos textos, citados abaixo, contendo as principais contribuições de Henri Wallon para o processo de ensino-aprendizagem.
DANTAS, Heloísa. A afetividade e a construção do sujeito na psicogenética de Wallon.
MAHONEY, Abigail Alvarenga. ALMEIDA, Laurinha Ramalho de. Afetividade e processo ensino-aprendizagem: contribuições de Henri Wallon.
Nos trabalhos que servem como referência para a construção desta atividade, identifica-se o diálogo das autoras, DANTAS, MAHONEY e ALMEIDA, com as pesquisas e teorias do filósofo, psicólogo, médico e político francês: Henri Wallon. Destaca-se nesse trabalho a Teoria da Emoção que Wallon desenvolveu enfatizando a importância da afetividade para o processo de ensino-aprendizagem, ou seja, para o desenvolvimento do sujeito, denominada Psicogenética.
Segundo Wallon, ao nascermos somos seres frágeis e orgânicos e nossa condição biológica nesse momento da vida exige que outros seres humanos (nossos pais e outros responsáveis) cuidem de nós. E é através da afetividade que surge no “outro” com relação a este novo ser, garantindo assim a sobrevivência da humanidade. Como exemplo pode-se citar o choro do bebê que é a primeira emotividade que expressamos em vida e afeta o outro (mãe, pai ou responsável) que prontamente estará presente para saciar suas necessidades. Estágio este denominado por Wallon como: impulsivo-emocional, ocorrendo no primeiro ano de vida do sujeito. Essa expressão emocional é uma “linguagem de comunicação” e é fundamentalmente social que permite o desenvolvimento cognitivo (conhecimento) da criança.
Com o crescimento biológico, o sujeito amplia suas atividades motoras e passa a expressar as emoções por gestos e expressões faciais e a andar, ações estas que também afetam emocionalmente o outro, ampliando, também, sua sociabilidade. A motricidade é característica existencial e essencial da criança. O ato motor se torna mais refinado com o desenvolvimento biológico da criança, tendo esta, maior controle sobre suas ações. Chamado de estágio sensório-motor e projetivo (1 a 3 anos), que é a exploração do ambiente e interação com este, que possibilita o desenvolvimento das capacidades cognitivas da criança. São os atos mentais projetando-se através de atos motores, mas continuamente vai diminuindo e cedendo lugar ao ato mental, o pensamento. Percebe-se neste momento que a criança desenvolve outros recursos de comunicação: a fala. A linguagem como função simbólica se desenvolve e coisas que não estão presentes podem ser lembradas pela criança, essa fase, das capacidades cognitivas, possibilita a internalização de atos motores.
O estágio do personalismo (3 a 6 anos), a criança busca por autonomia e ao mesmo tempo existe o vínculo com a família. A criança descorda dos adultos muitas vezes como parte de sua formação psíquica. A afetividade neste momento é expressa por palavras e idéias, ou seja, mais simbolicamente. Ela precisa adquirir consciência de si mesma em suas relações com o social, por isso seus pensamentos voltados para si é uma característica deste estágio. Com o início da vida escolar, o vínculo familiar se flexibiliza e a criança se direciona para a autonomia. Uma vez que a vida escolar exige que gradativamente ela realize escolhas por si só, naturalmente ela se vê em situações conflituosas. Nesta fase observa-se a imitação, que é uma forma de inserção social.
Estágio categorial (7 a 12 anos), neste estágio com o desenvolvimento cognitivo da criança, o pensamento abstrato é ampliado, controle da atenção e habilidades, como a memória voluntária e utiliza cada vez mais a inteligência para conhecer o meio físico e social. Abrindo o caminho para o exercício da criatividade neste momento.
Estágio da adolescência (a partir dos 12 anos), Wallon relata que nesta fase do sujeito os hormônios sexuais influenciam nas modificações corporais que irão findar na busca do adolescente por uma “nova” personalidade. Culminando em uma ruptura do equilíbrio afetivo com outros sujeitos. O adulto deve identificar essa necessidade, dialogar e apoiar o adolescente que deseja compreender essa nova fase, seus desejos, sexualidade e sua identidade, sem esquecer-se de estabelecer limites. Wallon afirma que o desenvolvimento do sujeito não termina na adolescência, permanecendo ao longo da vida em movimento entre afetividade e cognição.
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