Resumo Do Livro No Mundo Da Leitura Para A Leitura Do Mundo De Marisa Lajolo

O livro No mundo da leitura para a leitura do mundo de Marisa Lajolo publicado em 1994 tem como principal objetivo refletir sobre as práticas da leitura na escola e suas consequências na realidade da cultura brasileira. O primeiro capítulo “A leitura literária na Escola”, Lajolo relata os desafios do professor com alunos sem interessam pela leitura. Segundo a autora, a literatura como é iniciada nas escolas torna-se enfadonha para os alunos, que a veem como uma obrigação. Muitos professores utilizam-se de alguns métodos para incentivar a leitura em seus alunos, como se fizessem a propaganda de um produto para os estudantes. Lajolo defende que o conceito de “motivação”, que propõe a identificação com personagens nos livros, palavras cruzadas, dramatização da obra, são métodos que tornam a leitura literária superficial.

No capítulo “Literatura infanto-juvenil: fada madrinha de um currículo em crise ou gênero descartável para um leitor em trânsito?” São expostos vários trechos de documentos históricos entre 1835 a 1878. O livro mostra que, historicamente há um descaso com a instrução primária e com a leitura. O estudo da língua materna foi amplamente negligenciado ao priorizar-se o ensino de outras línguas. Além disso, havia preconceito entre os profissionais com o magistério, que era tratado como uma ocupação não vantajosa e penosa. O ensino da leitura também foi muito negligenciado, pois sem leituras específicas, as crianças deixavam a escola sem aprender tudo o que deveriam.

No capítulo “Leitores: esses temíveis desconhecidos”, Lajolo nos mostra a importância do leitor encontrar algo que o prenda na leitura, o que ela chamou de chave. Aqui, o leitor ocupa um lugar de destaque, pois sem encontrar a chave o objetivo do autor não será completo. A autora também fala sobre a busca da identidade do leitor nos livros, e como ele está representado pelas editoras, que criam um perfil para seus leitores alvo.

Em “Poesia: uma frágil vítima da escola”, Marisa Lajolo, no livro, evidência de que maneira um bom texto literário pode ser danificado pela escola. No caso, a escola acaba prestando, segundo a autora, um "desserviço" a poesia. "A qualidade é imprescindível, mas não é tudo. A relação entre literatura e escola são complexas e não se resolvem por uma melhor seleção de textos". Então, levar em conta a interação leitor-texto para discutir a literatura parece dar conta , de uma forma mais adequada, da inserção da literatura na vida escolar.

A autora afirma, no tópico "Livro didático e língua portuguesa: parceria antiga e mal resolvida", que possui um distanciamento entre livro didático e a língua portuguesa. Tendo início pela falta de ensino de língua materna no Brasil, desde o século XIX até final do século XX, essa realidade é atribuída a precariedade herdada da colonização. A autora também expõe sobre a questão da má qualidade do livro didático que é elaborado com fins lucrativos, feito às pressas, sem compromisso com o conteúdo e metodologia adequada.

Em relação a "Literatura infantil e escola: escolarização do texto”, a autora discute sobre a dependência mútua que existe entre literária infantil e escola, ambos necessitam um do outro, a escola conta com a literatura infantil para difundir, conceitos, sentimentos, atitudes, e comportamentos. Outro ponto abordado, é a modernização dos conteúdo educativos. A modernização econômica vem, traduzindo, em modos de produção sofisticadas e em divulgação agressiva, a antiga aliança econômica - ideológica de um lado, e histórias e poesia infantis