Resumo História dos Povos Afro indígenas e Cultura Brasileira
Por: Renata Monteiro dos Santos • 22/7/2020 • Pesquisas Acadêmicas • 593 Palavras (3 Páginas) • 323 Visualizações
Nome: Renata Monteiro dos Santos - Curso: Pedagogia 1º 2016
História dos Povos Afro indígenas e Cultura Brasileira
Resumo do texto: Usos e Abusos mestiçagem e da Raça no Brasil: uma história das teorias raciais em finais do século XIX
Lilia K. Moritz Schwarcz
O texto da autora Lilia Schwarcz, mostra como a mestiçagem foi vista no Brasil, apresentando um discurso baseado em teorias raciais de acordo com os conhecimentos do mundo ocidental.
A autora desenvolve, para explicar como esse discurso foi se delineando, um panorama que vai desde a descoberta do Novo Mundo e o confronto entre culturas que se deu a partir de então, mostrando que aquilo que não estava dentro dos padrões europeus era visto como inferior, uma vez que, quanto mais diminuía o outro, mais o europeu se auto afirmava.
Com a independência do Brasil, a monarquia procurou formas que pudessem servir de características sob as quais a nova nação seria estabelecida. Sendo assim, o tema racial girava em torno de um projeto nativista romântico, tendo o índio como o principal expoente da identidade nacional. Partindo deste ponto, a miscigenação entre os brancos portugueses e o nativo brasileiro foi tomada como uma espécie de particularidade do Brasil; um ponto claro na obra produzida por von Martius para o concurso realizado pelo IHGB -“Como escrever a História do Brasil” – em que o português era tido como o “rio” principal ao qual os afluentes, como o índio, iam sendo absorvidos.
A autora aponta que os intelectuais brasileiros incentivavam um enquadramento das ideias debatidas na Europa sobre questões raciais para a realidade brasileira. A Europa, sob o neocolonialismo, com seus avanços técnicos e pautadas no progresso, tinham o seu modo de civilização como modelo ideal. A partir do surgimento de teorias como a de Darwin, a noção de evolução e a classificação dos homens, principalmente a partir do novo conceito de raça, em primitivos e desenvolvidos passa a ser constante. As raças seriam algo fixo e o cruzamento entre elas era considerado degenerativo; baseando-se nisso teóricos chamados “darwinistas sociais” condenam efetivamente a miscigenação.
Em meio à abolição e à proclamação da República, os teóricos brasileiros, principalmente por meio de instituições como as faculdades de Medicina e de Direito, de instituições histórico-geográficas, Museus passam a se basear nessas teorias, portanto, a partir do final do século XIX, novas ideias relacionadas à miscigenação passam a apresentá-la como algo prejudicial ao futuro da nação e que definitivamente deveria ser combatida.
Em contrapartida, nas primeiras décadas do século XX, Gilberto Freyre aponta como um grande nome no cenário acadêmico e intelectual e, em sua obra, Casa Grande & Senzala (1930), nos mostra a mestiçagem como um fator de grande representatividade nacional através do “mito da democracia racial”. Freyre destaca positivamente a sociedade senhorial e a miscigenação nela imbuída, evidenciando assim, que a questão racial é fundamental para o nosso processo de formação e socialização e, dessa forma, arraiga-se na década de 30 a ideia positiva da mestiçagem.
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