Retalhos de Vida: Narrativas Maternas sobre Inclusão Educacional de Criança com Síndrome do X Frágil
Por: Dary12021987 • 9/12/2021 • Projeto de pesquisa • 7.451 Palavras (30 Páginas) • 160 Visualizações
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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE – UERN
FACULDADE DE EDUCAÇÃO – FE
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – DE
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO – POSEDUC
DARINEIDE RÉGIS DOS SANTOS
RETALHOS DE VIDA: NARRATIVAS MATERNA SOBRE INCLUSÃO EDUCACIONAL DE CRIANÇA COM SÍNDROME DO X FRÁGIL
Mossoró/RN
2020
DARINEIDE RÉGIS DOS SANTOS
RETALHOS DE VIDA: NARRATIVAS MATERNA SOBRE INCLUSÃO EDUCACIONAL DE CRIANÇA COM SÍNDROME DO X FRÁGIL
Anteprojeto de pesquisa apresentado ao Programa de Pós-Graduação em Educação - POSEDUC, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte-UERN, na Linha de Estudo Práticas Educativas, Cultura, Diversidade e Inclusão, como requisito parcial para ingresso no Curso de Mestrado em Educação.
MOSSORÓ/RN
2020
1. TEMA
Inclusão educacional de criança com síndrome do X Frágil.
2. PROBLEMA DE PESQUISA
Como uma mãe de criança com síndrome do X Frágil no município de Campo Grande/RN, ultrapassa barreiras e limitações no percurso de inclusão educacional de seu filho?
3.OBJETIVOS
3.1 GERAL
Compreender, a partir de narrativas (auto) biográficas, como a mãe de criança com Síndrome do X Frágil ultrapassa barreiras e limitações no processo de inclusão educacional de seu filho.
3.2 ESPECÍFICOS
- Descrever barreiras e limites vividos no processo de Inclusão Educacional, de criança com síndrome do X Frágil, a partir de narrativas (auto) biográficas materna.
- Identificar, a partir de narrativas (auto) biográficas materna, as estratégias construídas para alcançar a superação das barreiras e limitações, no processo de inclusão escolar de criança com síndrome do X Frágil.
- Evidenciar experiência de superação, a partir da narrativas (auto) biográficas materna, do processo de inclusão educacional de criança com síndrome do X Frágil.
4. JUSTIFICATIVA
O universo de ser mãe sempre foi encantador mas sobretudo desafiador. Cresci com minha mãe dizendo que eu “poderia ser o que eu quisesse”, sempre tive a oportunidade de trilhar meus caminhos, e minha mãe é minha inspiração de lutar, mamãe sempre foi defensora, nosso porto seguro aquela que tem o dom do cuidado e do amor.
Desde pequena tive “espirito de luta” sempre gostei de lutar pelas causas dos menos favorecidos, na nossa casa eu e minhas duas irmãs, Dariana minha irmã mais velha, e Dalvina a do meio, sempre fomos ensinadas a tratar a todos com respeito e igualdade, crescemos com esse sentimento de empatia e gratidão, que foram construídos por nossos pais.
Desde criança conheço de perto os sinais do preconceito, eu e minha irmã mais velha nascemos com miopia patológica um distúrbio na visão hereditário, que nos deixou dependentes de óculos toda nossa vida, vivênciamos na escola muitas situações que nos entristecia, lembro dos vários “apelidos” que ganhei pelo fato de usar óculos, mas que no entanto me fizeram ser mais fortes e lutar pelo que acredito, mesmo diante desses fatos eu e minha irmã nunca baixamos a cabeça, e seguimos com os nossos ideais, entendendo que aquilo que vivemos, nos serviram de ensinamentos para sermos quem somos hoje.
Na escola mesmo diante das situações que me entristeceram, vivi momentos mágicos de aprendizagem, trilhei nos caminhos do conhecimento me esforçando e dando o melhor de mim, terminei meus estudos, sempre com a vontade de continuar a estudar, pois acredito ser o caminhos para tudo, mas sabia que teria de esperar um pouco mais, sentia que a hora era de trabalhar.
Nessa busca constante logo consegui um emprego, fui trabalhar em uma ONG na minha cidade natal Janduís/RN, morei durante 19 anos em Campo Grande/RN pois meu pai trabalhava como vigilante de uma agência bancaria da cidade, e minha mãe sempre cuidou da casa e de nós, mas foi em Janduís/ RN que pude conhecer de perto as dificuldades vividas pelos menos favorecidos e lutar em busca dos direitos dos mesmos.
No meu trabalho eramos a maioria mulheres e tínhamos muito em comum o desejo de ajudar o próximo, conhecíamos a vida uma das outras, sempre quando estávamos com alguma dificuldade procurávamos nos ajudar, muitas das vezes apenas com uma palavra amiga, eu trabalhava como coordenadora de mulheres e articuladora das feiras da agricultura familiar, trabalhei durante anos mais sentia que precisava de aprimorar meus conhecimentos, e decidi continuar meus estudos, pois ele iria me ajudar a contribuir ainda mais no trabalho como também na minha formação humana.
No ano de 2013 ingressei na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte- UERN através do PSV (processo seletivo vocacionado), no curso de Pedagogia do Núcleo Avançado de Educação Superior de Caraúbas/ RN- NAESC, a partir dali nascia em me uma nova mulher, engessar em uma faculdade era como mostrar para mim mesma, que eu podia ser como de fato minha mãe disse “o que eu quisesse”, aproveitei bastante a faculdade, e o curso que moldou ainda mais a minha vida, e que me fez ter a certeza que eu sempre lutei pelo que é certo, as causas sociais e sobretudo de inclusão de pessoas.
Destaco aqui diante de muitas disciplinas que foram ministradas, e deram base para minha formação, a disciplina “Educação Especial e Inclusão”, através dela eu pude descobrir que amo o mundo da inclusão e sobretudo lutar pelos direitos a diversidade humana. O conhecimento que adquiri na faculdade foi de suma importância para poder identificar quando os direitos na área da educação estavam sendo negados, a partir desses conhecimentos adquiridos na minha vivência, e de conviver com uma colega de trabalho e vê-la lutar incansavelmente para incluir seu filho com a síndrome do X Frágil na escola, me veio o desejo de desenvolver esse estudo, para conhecer as barreira e limitações no percurso dessa mãe, e para expor as experiências e lutas vividas por ela, para garantir o direito educacional de seu filho.
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