Superando o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade
Por: fariagraciane • 26/5/2016 • Artigo • 3.257 Palavras (14 Páginas) • 371 Visualizações
SUPERANDO O TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE
RESUMO
A afetividade no contexto da construção do conhecimento e desenvolvimento cognitivo da criança é objeto de um conjunto de investigações e estudos de psicologia que influenciaram profundamente as diretrizes educativas. Objeto de estudos teóricos que contemplam uma ampla gama de concepções e conceitos envolvendo processos linguísticos e comunicativos. Na síndrome TDHA, os desafios das rotinas e as orientações pedagógicas se refletem numa dimensão de controle, regras e programações que tenham como foco a disciplina e as atividades diversificadas e prazerosas com a finalidade de estimular a motivação, a criatividade e o interesse na realização da tarefa. Por meio do auxílio da sala interdisciplinar com profissionais especializados para atender o processo de adaptação da criança na sala regular. Nesse espaço especial deverá haver interações afetivas e recursos como brinquedos, livros e demais recursos que possam dar suporte na produção das rotinas com as atividades pedagógicas.
Palavras chaves: Afetividade, Transtorno de Déficit de Atenção, Rotinas, Atividades Pedagógicas.
ABSTRACT
The affection in the context of knowledge construction and cognitive development of the child is the subject of a number of investigations and studies of psychology that profoundly influenced the educational guidelines. Object of theoretical studies covering a wide range of ideas and concepts involving linguistic and communicative processes. In the ADHD syndrome, the challenges of the routines and the guidelines reflect a pedagogical dimension of control, rules and programs that focus on discipline and diverse and enjoyable activities in order to stimulate motivation, creativity, and interest in carrying out the task. Through the aid of specialized interdisciplinary room to meet with the adaptation of the child in the regular room professionals. In this particular space should be affective interactions and resources such as toys, books and other resources that can support the production of routines with educational activities.
Keywords: Affection, Attention Deficit Disorder, Routines, Pedagogical Activities.
1 INTRODUÇÃO
Atualmente o avanço da necessidade de qualidade do processo de inclusão escolar de crianças com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade - TDHA nas escolas levanta a questão a respeito das dificuldades de aprendizagem enfrentadas pelas crianças que dependem de um atendimento educativo especial.
A ausência de literaturas específicas voltadas para o problema do TDHA no ensino fundamental, tem provocado discussões acerca do compromisso da escola e dos pais com crianças que apresentam um comportamento que muitas vezes é confundido com indisciplina, falta de limites e preguiça para estudar.
Os estudos sobre afetividade, oferecem ao educador as bases e pressupostos importantes para ampliar as habilidades no ato de educar crianças com TDHA, nas rotinas escolares um conjunto de competências aliadas a habilidades afetivas.
2 A HIPERATIVIDADE EM CRIANÇAS EM FASE ESCOLAR: O PAPEL DA AFETIVIDADE E DA MOTIVAÇÃO NAS ROTINAS ESCOLARES
A hiperatividade tem condicionado um grande déficit de aprendizagem em crianças e sob o ponto de vista da educação e das necessidades de acompanhamento especial, se evidencia que ainda existe a necessidade de estudos e pesquisas que possam propor critérios adequados para a classificação do comportamento hiperativo.
Neste sentido, conhecer a realidade da criança hiperativa visa otimizar a prática clínica dos profissionais de educação que atuam com crianças em fase escolar para que os profissionais possam oferecer aos educadores a orientação ideal para que auxiliar a criança nas dificuldades de aprendizagem e atuar junto à família do educando (MUSZKAT; MIRANDA; RIZZUTTI, 2011).
Neste contexto, este estudo apresenta a hipótese de que é importante desenvolver propostas de atividades educativas focadas na afetividade E interatividade para que possam contribuir no sentido de motivar a criança.
Orientar os professores, permitindo-lhes um melhor reconhecimento para delinear sua prática pedagógica, identificando a existência de alunos com problemas de hiperatividade, bem como desenvolver uma maior articulação entre o trabalho do psicopedagogo e o compromisso dos educadores e pais frente à problemática.
No processo educativo existem muitas complexidades, distorções, diferenças e desenvolvimento por meio de vários processos que perpassam a aprendizagem escolar, quer seja no curso normal ou nas dificuldades, a partir das múltiplas técnicas de diagnóstico e intervenção dos problemas e distúrbios de aprendizagem.
A coexistência de uma grave crise no sistema educacional intensificou as análises acerca do tema e hoje se encontra um número razoável de literaturas de abordagens críticas, tendo todas por objetivo entender como se tem processado ao longo do tempo as defasagens na aprendizagem, assim como as dificuldades do ensino formal de atender as necessidades dos alunos com necessidades especiais e definir a natureza de uma nova abordagem educacional.
Segundo Porto (2011) embora existam algumas análises e questionamentos acerca de métodos didático-pedagógicos, estes ainda não contribuíram eficientemente para reverter o processo de dificuldades de aprendizagem dos alunos com diferentes graus de hiperatividade, tornando ainda mais complexa a continuidade do ciclo escolar até o Ensino Médio.
Sob as condições de fracasso escolar um grande número de crianças que tem recorrido ao sistema de recuperação escolar e ao tratamento psicopedagógico devido aos problemas de aprendizagem, levando-se em consideração muitas delas não tem um atendimento adequado, devido a escassez de profissionais para atender as necessidades das crianças.
Bianchetti e Freire (2003) analisam que os educadores na maioria estão despreparados para lidar com um aluno que requer um aprendizado especial, necessita de suporte de outros profissionais, embora a maioria das escolas públicas tenha essa defasagem de apoio pedagógico. Segundo Silva (2003, p. 33):
A criança hiperativa apresenta predisposição e gasta muita energia na quantidade e o ritmo de movimentos acima do normal. A movimentação da criança é tanta que ela precisa ser vigiada o tempo todo, pois corre riscos de se envolver em situações perigosas. A criança hiperativa tem mais energia e menos necessidade de sono e repouso.
Assim, constata-se que a criança hiperativa gasta muita energia acima do normal, o que exige dos pais e educadores, a constante vigília para evitar situações perigosas. Portanto, analisa-se que é no ambiente escolar que a criança hiperativa demonstra as características da hiperatividade como a dificuldade de concentração e a constante impulsividade característica do comportamento hiperativo.
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