Trabalhando Com Famílias

- Síntese do texto “Trabalhando com famílias”

A instituição “família” passou por um processo de construção com o passar dos anos, o conceito de família que temos hoje foi definido por mudanças sociais, do Estado e da Igreja, nem sempre foi valorizado o “sentimento da família” como atualmente; foi a partir dessa valorização que, passaram a reconhecer socialmente como sendo responsabilidade da família a educação e criação dos filhos nascidos de um casal. A família, se organizou em torno da figura do pai (figura masculina).

Porém, é muito comum em nosso pais o modelo de família matrifocal, esse modelo tem como figura central a mulher que, assume a responsabilidades de manter a casa e os filhos, mantendo a família unida mesmo com a troca de parceiros (figura masculina), na maioria das vezes isso ocorre em classes de nível socioeconômico baixo.

Nossa sociedade propõe um modelo bem tradicional de família (pai, mãe, filhos desta união), nesse modelo familiar as responsabilidades da casa são do homem, a mulher é responsável pela educação dos filhos. No texto “Trabalhando com famílias” a autora concluiu que famílias viviam na periferia sente de diferentes formas o modelo de família imposto como correto, se encontram divididas entre o modelo imposto e a família real (a qual se vive), pois o modelo parece ser impossível de realizar perante as condições vividas.

O texto nos apresenta dois conceitos de família, a família pensada e a família vivida.

A família pensada é a qual se pensa ser “certo” em comparação à família que se tem. Um modelo familiar que pede uma formação impossível dentro da realidade vivida. Por exemplo, na família pensada o homem trabalha e a mulher cuida da casa e dos filhos, mas na realidade o homem não trabalhava e também não deixava a mulher trabalhar, fazendo com que ela trabalha-se escondida, o que gera muitos conflitos entre o casal.

A família vivida é a família do cotidiano, a família da realidade, a qual se vive. Ela refere-se aos modos de agir habituais dos membros de uma família, é a que aparece no agir concreto do cotidiano e que poderá ou não estar de acordo com a família pensada. A família vivida se manifesta como solução, isto é, são caminhos e escolhas de situações que vão nos apresentando. Por exemplo, quando duas pessoas resolvem se casar, o que mais querem é formar uma família linda e feliz, mas na realidade isso não ocorre por vários motivos, mesmo assim, elas continuam casadas, pelo fato da sociedade falar que ela fracassou em seu casamento. A família vivida tende a mudar seus hábitos, o sonho acaba e vem a realidade, a mulher acaba sozinha e tem que trabalhar para manter a casa e os filhos, sempre pensando que essa situação não ficara para sempre assim.

A família vivida influência muito os modos de agir em família, pois são uma herança, sendo assim, os adultos imitam o que vivenciaram quando crianças em suas famílias. Nesse modelo de imitação, é bem provável que uma criança que vivencie brigas, pouco afeto, humilhação, gritos, castigos ou mesmo costume de se falar alto as reproduza em seu núcleo familiar.

O texto traz algumas sugestões e cuidados ao se trabalhar com famílias, e como conhece-la.

Ao trabalhar com famílias é preciso se ter respeito, (e sempre pensar em sua própria família, para ajudar a compreender as outras), fazer bastante uso do diálogo, e ter sempre por perto um orientador familiar, onde juntos trocaram ideias para resolver o problema. Por exemplo, muitas vezes, teremos que orientar os pais em primeiro plano, para conseguir atingir seu filho. Aconselhando as mães junto aos orientadores, para que consigam alternativas de mudanças, onde juntos possam trocar experiências para ajudar as crianças em todas as dificuldades enfrentadas.