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ÁREA DE METODOLOGIA E PRÁTICA DE ENSINO

Por:   •  23/3/2021  •  Dissertação  •  968 Palavras (4 Páginas)  •  126 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA – UESB

DEPARTAMENTO DE ESTUDOS LINGUÍSTICOS E LITERÁRIOS-DELL

ÁREA DE METODOLOGIA E PRÁTICA DE ENSINO-AMPE

Disciplina: Introdução aos Estudos do Letramento[pic 1]

Professora: Drª Zeneide Paiva Pereira Vieira

Aluno: Patrícia Santana S. Amorim

Atividade 1

  1. Tendo como suporte a discussão sobre parte introdutória e capítulo 1 da coletânea “Preciso ensinar letramento” de Ângela Kleiman e mais as análises realizadas dos recursos ilustrativos sobre a temática (conto, vídeos, filme Central do Brasil) destaque o que você considera ser relevante para o trabalho do pedagogo em relação ao processo de alfabetização e letramento. (2 pontos)

Comparando os dois textos, em forma de receitas, entendo que na prática alfabetizadora não há uma receita a ser seguida, a melhor e eficaz. Acredito que alfabetizar um aluno vai para além, do ensino mecanizado, tradicionalista, como é retratado no primeiro texto, pois ali fica claro um ensino técnico, um ensino, engessado, baseado em repetição e memorização levando o aluno a decorar, seja palavras, sílabas, vogais, até chegarem a textos; o aluno não tem acesso a outros meios alfabetizadores, predomina apenas  a verdade, ensino do professor (a) centrado apenas no saber deste, e então repassado a estes educandos.

 Em contrapartida, no segundo texto, não existe nada disto, percebo que o aluno é visto, notado pelo professor(a), este respeita o ser social que está presente ali, entende que esta criança ela não vem crua, sem conhecimento para escola, mas que ela é ser partícipe de uma sociedade, e por conviver nela este possui aprendizado, conhecimento. Quando este sujeito vai para a escola, o professor (a) o recebe, sua metodologia é diferente, ele propicia ao aluno vivências em sala de aula, permite novas descobertas, aceita as contribuições de aprendizado de seus alunos, é um ensino no modelo  construtivista, onde o professor por vezes acaba se pautado nesta prática de ensino e oferece novos  meios de alfaletrar estes sujeitos.

Como disse Magda Soares, esta alfabetização não deve ser pautada em um metódo, e sim no processo de desenvolvimento da criança, para que ela aprenda o sistema alfabético e o sistema de ler e escrever. Ainda conforma Magda, este processo de letramento deve ser desenvolvido primeiramente no professor, na hora de elaborar seu plano de aula, metodologia a ser aplicada, escolha de materiais, pois o professor que entende este processo, propicia a seus alunos uma prática alfabetizadora mais ampla e significativa.

Ao associar este entendimento sobre alfabetização, vejo que no vídeo as pessoas entrevistadas ali defendem uma alfabetização onde ela deve apenas saber os princípios essências para uma boa convivência em sociedade, como números e algumas palavras, o que eles julgam como essenciais para até mesmo conseguir emprego; por outro lado observei que há também quem saiba como ser de fato alfabetizado, que não se limita a apenas saber ler e escrever, mas que é preciso saber interpretar textos; uma das falas que me chamou atenção foi quando um senhor disse que uma pessoa alfabetizada transcreve o que pensa e o analfabeto não tem esse entendimento.

Outra fala importante foi a da pedagoga quando ela diz que devemos partir do pressuposto de que a criança quando ela traz uma bagagem ela traz o letramento, e daí ela traz a referência de um letramento daquilo que a criança ainda não sabe ler, mas sabe identificar rótulos, embalagens, placas, sabem sobre os números, e ainda que não saibam decodificar as palavras, elas conseguem identificar o espaço, objeto.

No filme, Central do Brasil, vemos uma professora, amargurada, já aposentada, mas que decidiu ganhar a vida, seu sustento escrevendo cartas para pessoas analfabetas, que não sabiam ler, nem escrever. Onde elas falavam de suas vidas, conquistas, tristezas e alegrias, a Dora, e então às escrevia dando a esperança de enviar aos correios contando que as cartas chegariam aos seus familiares, o que não acontecia, pois, ela embolsava o dinheiro. Através da análise feita ao assistir ao filme, pude observar o quão grande é o problema do analfabetismo e desigualdade no país. Porém, os analfabetos desse filme são letrados, pois têm conhecimento da estrutura e da linguagem de uma carta, o que é evidenciado pela maneira pela qual eles as ditam. E percebemos isso na forma como eles ditam, se prestarmos atenção na forma como falam, veremos que falam com pausas, expressão e emoção, linguagem simples, sabem como iniciar, desenvolver e o fim do que se deseja estar escrito na carta.

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