A Atitude Científica
Por: Letícia Graziele • 3/4/2018 • Resenha • 2.225 Palavras (9 Páginas) • 3.737 Visualizações
UNICENTRO NEWTON PAIVA
CURSO: PSICOLOGIA - MATUTINO
DISCIPLINA: PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO
PROFESSOR: LEONARDO AZEVEDO
ALUNO: LETÍCIA GRAZIELE ALVES DE SOUZA
Referência bibliográfica: CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. 14 ed. São Paulo: Editora Ática, 2012. Unidade 7, p. 271 a 301.
Unidade 7 – A ciência.
Capítulo 1 – A atitude científica.
O senso comum.
Nossas opiniões cotidianas.
Tudo vem do passado, eventos que sempre acontecem, coisas que vemos no nosso dia a dia e então transformamos em certezas, no senso comum. Entretanto, as certezas que sempre tivemos e pensávamos ser simples, passam a ser mostrada de outra forma pela ciência. Neste contexto, podemos observar que existe uma diferença de nossas certezas cotidianas e o conhecimento que a ciência traz.
Segundo Chauí, essas certezas formam nossa vida e o senso comum da sociedade, e então são transmitidas de geração em geração, e, muitas vezes, transforma-se em crença religiosa, em doutrina inquestionável.
Características do senso comum.
- São subjetivos, todos tem uma opinião, cultura, modo de vida, etc.
- São qualitativos, cria julgamentos, o posto, como por exemplo, bom e ruim.
- São heterogêneos, comparação das coisas a nossa volta, pelo modo como a vemos distintas uma das outras.
- São individualizadores, uma mistura de qualitativo e heterogêneo, o bom e ruim (qualidades) se misturam com as diferenças que conhecemos, como por exemplo, pão novo é bom, pão velho é ruim.
- São generalizadores, uma mesma opinião sobre um fato, como por exemplo, todo homem é igual. Com isso então cria as generalizações, isto é, generaliza o outro pelos conhecimentos/vivências que teve no passado.
- Não se surpreendem e nem se admiram com a regularidade, então o comum não faz mais diferença.
- Assim sendo, a investigação científica tende a ser considerada magia, porque lida com o oculto, com o que nunca vimos. Diante disso acaba projetando medo e um pouco de preconceito diante do desconhecido.
A atitude científica.
Características gerais da atitude científica.
Diferente do senso comum, a atitude científica vê obstáculos e problemas, desconfia da nossa ausência de crítica e principalmente a falta de curiosidade diante do novo. Assim sendo, o conhecimento científico opõe-se às características do senso comum, ou seja, é na verdade objetivo, quantitativo, homogêneo, generalizador, diferenciador (não generaliza, e sim distingue entre os que parecem iguais), surpreende-se com a frequência das coisas, e procura mostrar que o extraordinário é diferente do normal.
Percebe-se, portanto, que a atitude científica mostra que no mundo não existe forças secretas, mas causas e relações racionais que podem ser conhecidas e explicadas para todos.
O trabalho científico é metódico e sistemático.
Os objetos científicos não são dados por nossa experiência humana, mas sim construídos pela investigação científica.
A ciência é diferente do senso comum porque não é uma opinião baseada em hábitos, tradições, preconceitos, e sim em pesquisas, investigação metódica e sistemática, diante disso, a ciência resulta de um trabalho que vem através de pensamento e ação.
O que é uma teoria científica? Ela permite que fatos aparentemente diferentes sejam compreendidos como semelhantes, e vice-versa. Ela trabalha com observações e experimentos, mas não apenas verifica conceitos, também tem a função de produzi-los, ela vem para trazer fatos antes desconhecidos.
Capítulo 2 – A ciência na História.
As três principais concepções de ciência.
Concepção racionalista - a ciência no racionalismo tem uma unidade de verdades inquestionáveis e definições, que assim determina a propriedade e a natureza de um objeto, e provam através de uma demonstração a causa que rege o objeto investigado. Ela define o objeto e suas leis, e então deduz propriedades, efeitos posteriores e previsões, ou seja, hipotético-dedutiva.
O objeto científico corresponde à realidade, e é matemático porque a realidade possui estruturas matemáticas. As experiências são realizadas apenas para poder verificar as demonstrações teóricas e não para produzir o conhecimento do objeto.
Concepção empirista - a ciência no empirismo é baseada em observações e experimentos, que permite estabelecer opiniões e ao serem completadas oferece a definição do objeto. Antes do experimento tinha apenas uma suposição, e com o experimento chegava à definição dos fatos, às suas leis, suas propriedades, seus efeitos posteriores e previsões, ou seja, hipotético-indutiva.
Concepção construtivista - a ciência na construtivista arquiteta modelos explicativos para a realidade e não usa uma representação da própria realidade para explicar. Ele considera o objeto uma construção lógico-intelectual e uma construção experimental feita em laboratório, ele não espera que seu trabalho apresente a realidade em si mesma, mas que ofereça estruturas e modelos de funcionamento da realidade.
Três são as exigências de seu ideal de cientificidade: que haja coerência entre os princípios que orientam a teoria, que os modelos dos objetos sejam construídos com base na observação e na experimentação, e que os resultados obtidos possam não só alterar os modelos construídos, mas também alterar os próprios princípios da teoria, corrigindo-a.
Diferença entre a ciência antiga e a moderna.
A ciência antiga era uma ciência teórica, ou seja, apenas comtemplava os seres naturais, sem jamais intervir neles já a ciência moderna visa não só o conhecimento teórico, mas principalmente à aplicação prática ou técnica, ela quer intervir na natureza, para conhecê-la e então domina-la. De teórica, qualitativa passou para tecnológica, quantitativa.
“Por exemplo, um relógio de sol é um objeto técnico que serve para marcar horas seguindo o movimento solar no céu. Um cronômetro, porém, é um objeto tecnológico: por um lado, sua construção pressupõe conhecimentos teóricos.” P. 278.
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