A Clinica Psicanalítica e Ética
Por: Walas Oliveira • 27/6/2019 • Artigo • 3.157 Palavras (13 Páginas) • 229 Visualizações
C1tutca pstcaua1tgtca e égtca1[pic 3]
Vanessa Campos Sancoro[pic 4]
Resumo
A aucora aborda a éctca da pstcaná1tse em sua vercence c1tntca. A éctca da pstcaná1tse é a éctca do bem dtzer, ou seja, é a pa1avra gue produz um efetco operacórto no cracamenco. Cada tncerprecação reconduz o sujetco à esco1ha de seu desejo e de seus modos de gozo, 1evando em conca gue a éctca da pstcaná1tse é mancer a escrucura de fa1ca do tnconsctence. Lacan faz uma arctcu1ação snt geuerts encre a cotsa kanctana, hetdeggertana e freudtana, para conc1utr como freud gue o sujetco não é o sujetco kanctano, nem hetdeggertano e stm o sujetco dtvt⁄ dtdo por essa perda de gozo na ortgem, pots Das Dtug escá desde sempre perdtdo.
ta1avlasrChave
†ransferêncta e tncerprecação – Vostção de ana1tsca – Desejo de ana1tsca – Úctca do bem dtzer
– A cotsa kanctana – A cotsa hetdeggertana – Das Dtug – objeco a.
“Eetdeugeneuge uão esgon gão couetcgo esga uotge para dtzer qne, qnaudo se faz pstcauá1tse, sabe⁄se para oude se eat, 9 pstcauá1tse, cono godas as ongras agtetdades hnnauas, pargtctpa
tucougesgaee1neuge do abnso, 9gtnos cono se sonbéssenos a1gnna cotsa,
No eugaugo, uão é gão cergo qne a htpógese do tucouscteuge geuha nats peso qne a extsgêucta
da 1tugnagen,“
Jacgues Lacan (Abercura da Seção C1tntca)
[pic 5]
†razemos para aprectação de vocês a1gumas ref1exões susctcadas pe1o cema do VI fórum Wtnetro de Vstcaná1tse: “A Úctca da Vstcaná1tse: do parctcu1ar ao co1ectvo“ no gue concerne à c1tntca.
tm “Dtreção do †racamenco e os Vrtnctptos de seu Voder“ (19I8) Lacan craba1ha dots concetcos fundamencats da pstcaná1tse: a grausferêucta é o mocor da aná1tse e a tugerpregação é a arma do ana⁄ 1tsca.
Vodemos pensar a aná1tse como uma “guerra“ concra o ego, no senctdo da dt⁄ ftcu1dade em cer acesso ao tnconscten⁄
[pic 6]
1 †raba1ho apresencado no VI fórum Wtnetro de Vst⁄ caná1tse – São João de1⁄Ret/2006
ce. A dtftcu1dade é vencer a barretra do tmagtnárto, do senctdo, para chegarmos ao sem⁄senctdo, ao para a1ém da consct⁄ êncta e dectfrarmos o gue são as decer⁄ mtnações do tnconsctence.
Vara gue a aná1tse seja efectvamen⁄ ce pstcaná1tse é prectso a1go mats escru⁄ cura1.
A aná1tse não cem nada concra os objectvos da pstcocerapta, ou seja, gue o sujetco me1hore, detxe de sofrer, constga cotsas gue deseja, tsso a aná1tse cambém guer, só gue não faz arranjo egótco.
Há a1go de tmposcura escrucura1 na pstcocerapta gue craba1ha apenas o tn⁄ consctence e o ego.
A prtmetra cotsa gue o ana1tsca cem gue fazer é abdtcar do poder gue 1he é
confertdo pe1a cransferêncta e se 1embrar gue a éctca da pstcaná1tse dtz respetco à postção ana1tctca e não à proftssão de ana1tsca.
Nesce cexco, como em coda a sua obra, Lacan faz a dtsctnção encre deman⁄ da e desejo, re1actonando a demanda com a cransferêncta e o desejo com a cáctca.
A demanda é a necesstdade gue pas⁄ sa na ordem da fa1a. Só gue nem cudo da necesstdade passa na ordem do stg⁄ ntftcance, e o gue não passa conserva ague1a força gue a necesstdade cem de extgêncta de sactsfação. Nem cudo pode ser stgntftcanctzáve1 dessa necesstdade e o gue resca dessa operação de encrada da necesstdade na 1tnguagem é o dese⁄ jo.
D → Demanda N-D=d d → desejo
N → Necesstdade
O desejo é uma força, um vecor gue passa pe1os stgntftcances, e sempre se uct1tza do stgntftcance para correr por at, como “1e rntssean dn déstr“, o rtachtnho de desejo.
tncão é o ana1tsca com sua oferca gue crta uma demanda de saber. Was, ets o pougo égtco na c1tntca, e1e crta a de⁄ manda de saber e não responde à de⁄ manda do c1tence, para moscrar gue o verdadetro sujetco suposco saber não é e1e, é o ana1tsance, gue cem de escucar o gue seu ego não guer nem saber.
O ana1tsca não pode responder des⁄ se 1ugar da demanda, o gue serta uma tmposcura, pots e1e não sabe de faco. Vode stm aposcar gue há a1t um sujetco do tnconsctence e dectfrar junco com o ana1tsance.
†a1vez uma das grandes dtferenças encre a pstcaná1tse e a pstcocerapta é gue esca cende a responder às demandas.
A demanda vem com uma asserção, de um “me dá“, guando se craca da de⁄
manda ao Oucro, demanda ora1, e de um “cadê“, demanda do Oucro, demanda ana1.
O desejo, gue é uma pergunca “che enotŞ“, só advém guando não se acende a demanda. Vara gue a aná1tse progrtda, cabe ao ana1tsca presenctftcar o gue é o desejo do oucro para o sujetco, ou seja, fazer aparecer o desejo do oucro, sem gue e1e se corne o oucro para ague1e sujetco. Ú com seu desejo gue o ana1tsca vat fazer surgtr a dtmensão do desejo do
oucro.
Na “Dtreção do †racamenco“, Lacan acrescenca a po1tctca e a éctca gue e1e vat enguadrar à cáctca e à escracégta bé⁄ 1tca.
Que po1tctca é essa? Uma po1tctca baseada na fa1ca, gue e1e chama de po1t⁄ ctca da fa1ca a ser. Lá, onde o ana1tsca poderta comparecer com seu poder, e1e cem gue fa1car, o gue não guer dtzer pa⁄ radoxa1mence gue não seja e1e gue con⁄ duz o cracamenco, mas gue sua arma não é o poder e stm o manejo da cransferên⁄ cta e a tncerprecação.
Lacan acrescenca nesce cexco gue é necessárto desenvo1ver uma éctca para a pstcaná1tse.
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