O TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA E A INCLUSÃO NO CONTEXTO ESCOLAR
Por: Beatriz Venancio • 13/11/2022 • Artigo • 3.873 Palavras (16 Páginas) • 121 Visualizações
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O TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA E A INCLUSÃO NO CONTEXTO ESCOLAR
BARBOSA, Beatriz Venancio
Discente no curso de Psicologia na instituição UNIMEO/CTESOP.
Beatrizv02barbosa@gmail.com
SILVA, Lorena Aparecida Assis Mota
Discente no curso de Psicologia na instituição UNIMEO/CTESOP.
lorenaassis55@gmail.com
SILVA, Marciele Cordeiro
Discente no curso de Psicologia na instituição UNIMEO/CTESOP.
marciele310390@gmail.com
MESSAS, Sheila Hubner
Discente no curso de Psicologia na instituição UNIMEO/CTESOP.
sheilahubner@gmail.com
RUFATO, Fabricio Duim
Orientador e Docente de Psicologia UNIMEO/CTESOP.
fabricio-rufato@hotmail.com
RESUMO
O presente trabalho é uma revisão de literatura que tem objetivo demonstrar, a importância da inclusão do aluno portador do Transtorno Espectro Autista, no âmbito educacional. A pesquisa fundamentou-se num levantamento de publicações cientificas relacionadas com o tema, no período entre 1943à 2022. As bases foram consultadas entre abril a junho de 2022, sendo elas: Scielo, Medline e Google Acadêmico. Primeiramente se contextualiza a historicidade e a definição do Transtorno Espectro Autista, que é um distúrbio do neurodesenvolvimento com acometimento na comunicação e interação social, além de comportamentos e atividades restritos e repetitivos. A seguir aborda-se as leis que amparam e regulamenta a inclusão desses alunos com necessidades especiais na rede de escolas públicas e privadas. A relevância do papel da Psicologia Escolar, ressaltando que ela é multifuncional, trabalhando todas as áreas da escola, quando se faz necessário para encontrar a melhor forma de aprendizagem das crianças com dificuldades na aprendizagem. Conclui-se que importância do diagnóstico precoce da criança com Autismo está voltado aos pais e aos tutores, pois, quanto mais cedo os responsáveis percebem o que ocorre no dia a dia da criança, melhor é seu desenvolvimento.
Palavras-chave: Psicologia. Desenvolvimento. TEA.
1 INTRODUÇÃO
O trabalho de pesquisa tem por finalidade refletir sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e a inclusão no contexto escolar. No primeiro momento contextualizou-se a historicidade do Transtorno do Espectro Autista, tangendo em uma das mais conceituadas descobertas no campo científico, através dos estudiosos: Hans Asperger e Leo Kanner, ao publicar o primeiro artigo em 1943 sobre “Autistic Disturbances of Affective Contact”.
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é definido pelo DSM-V (2014) como um espectro de distúrbios do desenvolvimento neurológico de início precoce, que acomete mais indivíduos do sexo masculino e se diferencia por um comprometimento das habilidades sociais e de comunicação, além de comportamentos estereotipados.
As Políticas Públicas Educacionais Inclusivas para os alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) carecem de ações políticas educacionais articuladas entre o Estado e a sociedade que se propõe promover a cidadania dessas crianças, diminuindo o processo de exclusão e preservando o acesso à educação pública de qualidade em classes comuns.
Contudo, este trabalho reforça a necessidade de um olhar voltado para o ambiente escolar, onde é necessária não apenas uma aceitação do diagnóstico, mas uma inserção dela nesse ambiente de forma inclusiva e igualitária, oferecendo um ambiente estável para que a criança se sinta segura. Por tanto, o trabalho do psicólogo escolar é promover a inclusão de forma assertiva, promovendo um bom relacionamento entre aluno e escola., afim também de proporcionar a melhor forma de aprendizagem nas crianças que ali se encontrada com dificuldades nos processos educacionais.
2 METODOLOGIA
O artigo foi desenvolvido por meio da abordagem metodológica qualitativa de pesquisas bibliográficas, através de consultas de literaturas realizadas no primeiro semestre de 2022, nas bases científicas: Scielo, Medline e Google Acadêmico.
Segundo Marconi e Lakatos (1992), a pesquisa bibliográfica é o levantamento das produções já publicadas, em forma de livros, revistas, publicações avulsas e imprensa escrita. A sua finalidade é fazer com que o pesquisador entre em contato direto com todo o material escrito sobre um determinado assunto, auxiliando o cientista na análise de suas pesquisas ou na manipulação de suas informações.
3 DESENVOLVIMENTO
3.1 TEA historicidade e características
O Autismo foi uma das mais importantes descobertas, os dois nomes influenciadores que fizeram os primeiros estudos na nomenclatura médica e psicológica, o pediatra austríaco Hans Asperger e o psiquiatra austríaco Leo Kanner. Muitos anos se passaram desde a publicação de 1944 do artigo de Asperger sobre o autismo, a publicação de Asperger foi totalmente ignorada até 1976 quando a inglesa e psiquiatra Lorna Wing faz a releitura do artigo e publica um artigo com o resumo do trabalho, vale ressaltar que só agora podemos ter acesso ao artigo traduzido em língua portuguesa, enquanto o artigo de Kanner já era conhecido antes da publicação (KANNER, 1943).
No ano de 1943 Leo Kanner, estudava as psicoses infantis na Universidade Johns Hopkins em Baltimore, nos Estados Unidos, publicou seu primeiro artigo sobre o autismo intitulado Autistic Disturbances of Affective Contact, descrevendo pela primeira vez o Autismo infantil, definindo o termo Autismo: de doença para transtorno, no qual está relacionado a um comprometimento afetivo a ser considerado como um déficit neurológico, de etiologia psicogênica; retirando o tratamento com medicamentos antipsicóticos para tratamento de sintomas-alvo (SPENSLEY, 1995).
Kanner, estudando as psicoses infantis apresentou uma nova entidade nosográfica. Com um grupo de onze crianças, observou que um grande número foi trazido à instituição com a suposição de deficiência mental baseada em resultados baixos em testes psicométricos. Após a observação feita na instituição, Kanner descreve em seu primeiro artigo a síndrome, a qual denominou Autismo Infantil Precoce. Desde então, o Autismo passou a ser associado a um grupo diagnóstico específico, abrindo caminhos e despertando grande interesse para definição de Autismo e deficiência mental, iniciando debate sobre a natureza do autismo e sua etiologia (KANNER,1943).
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