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A Influência Das Emoções No Processo De Ensino

Por:   •  21/11/2024  •  Projeto de pesquisa  •  3.537 Palavras (15 Páginas)  •  27 Visualizações

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Geisa paiva dourado (8135518)

PEDAGOGIA, licenciatura

A Influência das emoções no processo de ensino-aprendizagem

Tutor: Camila Maria  Fernandes Fantacini Bianco

Claretiano - Centro Universitário

Boa Vista

2024

CONTEXTUALIZAÇÃO/REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

É comum e muito frequente escutarmos e usarmos os termos ensino e aprendizagem no nosso dia a dia. Não necessariamente precisa-se estar dentro de uma sala de aula, ou ser um professor para escutar sobre os termos mencionados, ambos são usados para se referir ao processo de ensinar a aprender, porém dificilmente tem-se esse conhecimento e o entendimento de que esses dois processos se interligam. Mas afinal, o que seria ensinar, aprender? As respostas mais comuns são; ensinar é instruir, doutrinar, informar e preparar. Na verdade, ensino e aprendizagem vai muito além do que esses substantivos.

Skinner (1971) comenta que a maior parte dessas definições são meras ficções verbais, são convenções vazias que não se referem ao que acontece e sim aos efeitos que o uso desses termos tem sobre os ouvintes. Para Skinner (1972, p. 4) “ensinar é o ato de facilitar a aprendizagem”. Ou seja, isso significa que o ensino ocorre quando o professor arranja as contingências de reforço, as quais facilitarão a aprendizagem. “A educação está basicamente preocupada com a transmissão da cultura, isso significa a transmissão do que já é conhecido” (SKINNER, 1991, p. 142).

Paulo Freire em sua obra Pedagogia da autonomia, afirma que ensinar exige pesquisa e que não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino, ambos se encontram no corpo do outro. O autor afirmar ainda que ensinar exige a corporeificação das palavras pelo exemplo, ou seja, o professor que realmente ensina, quer dizer que trabalha os conteúdos do quadro da rigorosidade do pensar certo, negam com a falsa, a fórmula farisaica do “faça o que mando e não o que eu faço”.

A infância por ser uma fase crucial para o desenvolvimento de competências que nos acompanharam por toda a vida, merece uma atenção especial. O aprendizado não pode ocorrer de forma distante dos sentimentos das crianças. Ser emocionalmente alfabetizado é tão importante na aprendizagem quanto a matemática e a leitura. (GOLEMAN, p.278).

Desenvolver uma inteligência emocional é controlar as emoções e assim promover um crescimento tanto emocional quanto intelectual, “a educação emocional implica desenvolver no autoconhecimento, a autoconsciência, em nível psicológico e somático” (Santos, 2000, p. 47).

Nesse trabalho irei trazer o conceito de ensino e aprendizagem de acordo com a teoria Freudiana, além de comentar sobre as principais influências das emoções no aprendizado da criança de acordo com a teoria da zona de desenvolvimento proximal (ZDP) de Vygotski entre outros autores.

As crianças nascem livres e espontâneas e, com o passar dos anos devido as suas interações, vão sofrendo algumas mudanças no seu comportamento, bem como a formação da sua personalidade. Nesse sentido, a noção de domínios funcionais “ entre os quais vai se distribuir o estudo das etapas que a criança percorre serão, portanto, os da afetividade, do ato motor, do conhecimento e da pessoa” ( WALLON, 1995, p.117 )

Assim, “ o conhecimento sobre a neurociência pode auxiliar a identificar cada indivíduo como único e também para descobrir a regularidade, o desenvolvimento e o tempo de cada um’’ ( RELVAS, 2014, p. 201 ), Com isso, entendemos que cada criança é única, carrega um universo, bagagem pessoal com sua trajetória de vida, cultura, crenças, valores, emoções etc, que acaba influenciando em seu comportamento. Contudo, temos um laço de união entre o corpo e o meio social, formando o que na tradição filosófica francesa denomina-se entre-deux, ou seja, um campo que se forma no limiar das dualidades, no qual: “ O mundo é inseparável do sujeito, mas de um sujeito que não é senão projeto do mundo, e o sujeito é inseparável do mundo, mas de um mundo que ele mesmo projeta”. (MERLEAU-PONTY, 1999, P.576 ).

Segundo RELVAS (2014, p. 146), “ o aprofundamento acerca do que é neurociência permite o entendimento de que o processo da aprendizagem acontece no cérebro’’. Complementando, RELVAS ( 2012 ) acrescenta, o objeto de estudo da neurociência, as doenças do sistema nervoso e seus reflexos em todas as funções do indivíduo, tendo o intuito de propor buscar métodos de diagnóstico, prevenção e tratamento, além de preocupar-se com as descobertas de suas causas.

Vygotsky ( 1989 ), em A Teoria da Aprendizagem mostra que o processo de aprender está relacionado à interação social e o desenvolvimento do indivíduo que é o resultado dessa relação entre o sujeito e o mundo. Sendo assim, essa teoria busca apurar as transformações psicológicas e cognitivas existentes nas interações entre ambos. sobre uma abordagem  mais humanista, e ao se tratar das crianças nesse processo de contato com o novo, com a aprendizagem propriamente dita ter um olhar mais amoroso, uma conversa olho no olho, procurar conquistar a confiança e a amizade desse educando, procurar conhecer, chamar pelo nome, ser paciente e compreensível com a adaptação dessa com o meio, afetar positivamente para que crianças que chegam em sala de aula com medo, com trauma, falta de coragem, bloqueio, etc...possa se abrir e assim caminhar junto com outros colegas e professores. As emoções dentro do ambiente escolar se não for cuidado pode gerar muito desconforto para a criança, bloqueando sua aprendizagem e essa criança pode enxergar e viver no mundo de forma mais pesada do que leve.

        Cabe descobrimos uma melhor forma de aprendizagem para essas crianças, buscar compreender os horizontes para tentar e aprender de forma mais leve, olhando sempre para a solução não para o problema. Paulo Freire (1979) costuma mencionar que “ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediados pelo mundo; porque “ninguém ignora tudo, ninguém sabe tudo”.

        Assim sendo, o interesse pelo estudo surgiu a partir de dificuldades vivenciadas durante etapas do estágio supervisionado e trabalhos voluntários em ongs, inclusive em tempo de pandemia, onde tivemos que nos reinventar, criar e repassar a arte de ensinar tudo a todos.  Visto  que ninguém é melhor do que ninguém e que todo mundo precisa de um calor humano, um abraço, atenção e um olhar caridoso e mais generoso      “Não há mudança sem sonho, da mesma forma que não há sonho sem esperança” (Paulo Freire, 1992, p.91).

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