A Intervenção Em Saúde Mental E Matriciamento

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GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ

SECRETARIA DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA – SECITECE

FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI – URCA

PRO-REITORIA DE PÓS GRADUAÇÃO DE PESQUISA-PRPGP

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE MENTAL

ALAN DA SILVA ROLIM

Disciplina: Atenção Primária, Secundária, Terciária

Professor (a): Prof Dra. Álissan Karine Lima Martins

ATIVIDADE ASSINCRONA 2: INTERVENÇÃO EM SAÚDE MENTAL E MATRICIAMENTO

2021

INTERVENÇÃO EM SAÚDE MENTAL E MATRICIAMENTO

Quando fala-se em saúde mental e matriciamento, devemos inicialmente resgatar o histórico de saúde mental no Brasil, antes da década de 70, onde novo olhares foram lançados sobre a saúde mental, o Brasil olhava para as pessoas com psicopatologias de maneira vertical, desconsiderando identidade, humanidade e respeito pelo outro.

O sujeito que tivesse uma psicopatologia mais severa como a esquizofrenia, seria isolado da sociedade e “depositado” em recintos onde seres humanos eram tratados com total desrespeito.

Dito isso, o matriciamento que podemos compreender como um trabalho humano e compartilhado, onde equipes conversam e constroem ações e intervenções conjuntas em busca da manutenção da saúde com olhar horizontar, ou seja, sem desconsiderar variáveis como família, relacionamento interpessoais e etc.

Essas equipes são dividas pelo sistema único de saúde (SUS) em dois grupos, a equipe de referência (Estratégia de Saúde da Família) e equipe de apoio matricial (cuidados psicossociais e saúde mental).

Para que o a intervenção em Saúde mental e matriciamento aconteça se faz necessário o uso de instrumentos, criados com objetivo de facilitar o trabalho em equipe e otimizar o cuidado em saúde com base em dados e informações compartilhadas pela equipe, saindo da lógica de foca apenas na psicopatologia. Tais instrumentos são: Projeto terapêutico singular, Interconsulta, Consulta conjunta, Visita domiciliar conjunta, Genograma e ecomapa.

O trabalho realizados nos dias de hoje vai além do olhar superficial sobre cada sujeito, graças as estratégias de matriciamento, equipes diferentes trabalham unidas, pensando juntas, geram novas possibilidades, além de permitir a reunião de seus conhecimentos a respeito dos diferentes casos que surgem nesses ambientes.

Assim, a equipe de referência expõe seu entendimento a respeito dos hábitos do sujeito, ciclo familiar, comunidade, rede de apoio social e/ou pessoal. E a equipe de matriciadores, propõe o conhecimento sobre saúde mental, bem como impacto que acontece na vida com o descaso com tal área da vida.

Vindo para o campo prático e analisando a cidade do polo em questão (Lavras), a aplicação da intervenção em saúde mental e matriciamento acontece, tendo em vista que existe uma comunicação entre as equipes, havendo troca de informação e intervenções construídas a partir de dados e falas dos mais diversos profissionais envolvidos na equipe de referência, como na equipe de matriciamento.