A Inveja Segundo Melanie klein
Por: Karina Soares • 4/4/2019 • Trabalho acadêmico • 468 Palavras (2 Páginas) • 305 Visualizações
A inveja segundo Melanie Klein é uma das emoções mais primitivas e fundamentais, onde a criança atribui a inveja no desejo inconsciente de destruição ao objeto no qual se relaciona, ou seja, na grande maioria o seio materno.
Quando o bebê nasce o aparelho psíquico dele ainda não pode perceber a existência de si mesmo ou do outro, e como na grande maioria a mãe dá o seio para satisfazer sua fome, na fantasia da criança o seio tem tudo e ela não tem nada, criando uma relação de dependência, e ele se percebe incompleto, logo, ela tem inveja, pois ela vai querer destruir o que o outro tem a fim de acabar com a relação de dependência.
A inveja pretende que seja tão bom quanto o objeto, e quando isso é sentido como impossível, pretende danificar a bondade do objeto, para remover a fonte de sentimentos invejosos. A inveja representa a destruição, o desejo de destruir o objeto seio que tem a capacidade de ser autossuficiente de poder ser o seio, e produzir o leite, então por tudo isso a criança sente inveja sendo que não é algo consciente e sim uma vivencia psíquica.
Quando pensamos em inveja e portanto a destruição, estamos falando de pulsão de morte em que podemos citar a voracidade como a maneira agressiva de representar essa inveja, a inveja pode se unir com a voracidade, ou seja um desejo exagerado de acabar/destruir inteiramente com objeto de modo que não contenha nada invejável, como por exemplo, quando a criança mama rapidamente quase que destruindo objeto seio, mordendo ou sugando com força quase destruindo é para suprir o vazio que a inveja do sempre proporciona a ela, lembrando que isso é uma vivencia psíquica e é tudo inconsciente.
A inveja causa ansiedade, pois quando a criança tem inveja e quer destruir, cria-se defesas no inconsciente contra essa inveja, e essa defesa gera medo na própria criança que passa a ter medo de ser destruída gerando uma ansiedade persecutória , ( uma ansiedade de perseguição) então esse ciclo se repete e aumenta cada vez mais, para que esse ciclo seja rompido, esse objeto precisa ser introjetado reduzindo assim a ansiedade.
Para Melanie Klein a sequência maturacional e emocional somente pode ser conquistada de forma satisfatória caso o bebê sustente pequenas doses de inveja sem provocar destruições mesmo que imaginárias no seio ou em outro objeto no qual esteja se relacionando.
Existem mecanismos internas que defendem o sujeito dessa ansiedade e uma das formas encontradas pelo aparelho psíquico é expulsar esse mal angustiante de dentro e depositá-lo no meio ambiente. Dessa forma, a inveja brota de dentro e sempre encontra um objeto sobre o qual destaca, e é insaciável. A inveja excessiva indica que traços paranoides e esquizoides são anormalmente intensos e que o bebê pode ser considerado como doente.]
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