A Lei Antimanicomial e Postura do Psicólogo
Por: Estevam Ehrlich • 11/3/2020 • Relatório de pesquisa • 1.087 Palavras (5 Páginas) • 157 Visualizações
Atividade: Lei Antimanicomial e Postura do Psicólogo
Disciplina: Psicopatologia I – 5º Semestre Data: 14/03/2019
Aluno: Estevam Luiz de Angelo Ehrlich R.A. 3452841
1.Saúde – A normalidade varia conforme o fenômeno especifico sobre o qual se trabalha, bem como de acordo com os pressupostos ideológicos do profissional de saúde mental, exigindo assim permanente postura crítica e reflexiva para não incorrer em erros. Segundo outra corrente, seria o estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença. Normalidade ideal: “sadio ou evoluído” é formado a partir de critérios socioculturais e ideológicos, que podem ser também doutrinários e dogmáticos. Normalidade estatística: o normal é aquele observado com frequência, e os que estão nos extremos da curva de distribuição são anormais ou doentes; Normalidade como bem-estar: A Organização Mundial de Saúde (WHO, 1946) definiu, em 1946, a saúde como o completo bem-estar físico, mental e social, e não simplesmente como ausência de doença, Normalidade funcional: O fenômeno é considerado patológico a partir do momento em que é disfuncional, produz sofrimento para o próprio indivíduo ou para o seu grupo social, Normalidade como processo: consideram-se os aspectos dinâmicos do desenvolvimento psicossocial, das desestruturações e das reestruturações ao longo do tempo, de crises, de mudanças próprias a certos períodos etários, Normalidade subjetiva: O ponto falho desse critério é que muitas pessoas que se sentem bem, “muito saudáveis e felizes”, como no caso de sujeitos em fase maníaca, apresentam, de fato, um transtorno mental grave, Normalidade como liberdade:
Historicamente:
Na Grécia Antiga, pré-socrática, o sofrimento psíquico como um castigo dos deuses.
Hipócrates diferencia sintomas e características psíquicas conforme os humores
Idade Média- A psicopatologia é entendida como loucura. A loucura é uma possessão demoníaca (pecadores e impuros de pensamento).
Phillippe Pinel (1745 – 1826) escreve o "Tratado da Mania", desenvolveu uma nova forma de tratamento aos pacientes, que muitos autores atualmente consideram como a primeira reforma da psiquiatria. Uma das principais atitudes que Pinel teve foi separar os doentes mentais dos demais marginalizados, isolando estes doentes para realizar o tratamento. No Brasil geralmente chama-se os hospitais psiquiátricos de Pinel.
Jean-Étienne Dominique Esquirol (1772 – 1840) - loucura como distúrbio das funções racionais
Antoine Bayle (1799 – 1858) - busca por base orgânica dos delírios.
Kraepelin(1856 – 1926) - doenças psiquiátricas causadas por desordens genéticas e biológicas. Concentrou as síndromes pelo critério da evolução: psicose maníaco-depressiva e demência precoce (esquizofrenia)
Freud (1856 – 1939) - Ruptura epistemológica: sujeito sempre fala a partir de seu pathos
Karl Jasper (1883 – 1969) - Psicopatologia Geral - estudo descritivo dos fenômenos psíquicos anormais
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Transtorno Mental (DSM-5) - "Síndrome ou padrão comportamental ou psicológico clinicamente importante, que ocorre em um indivíduo e que está associado com sofrimento ou incapacitação ou com um risco significativamente aumentado de sofrimento atual, morte, dor, deficiência ou uma perda importante da liberdade”. Indicadores úteis segundo DSM: sofrimento, descontrole, desvantagem, incapacitação, irracionalidade, inflexibilidade.
o pensamento psiquiátrico - Cada período histórico tem as suas desorganizações psicológicas. Indivíduos com perturbações idênticas vivê-las-ão de forma radicalmente diferente em períodos históricos distintos.
Sua história social está ligada à história das instituições (hospitais, academias, universidades); história ideológica e cultural (perversão, penalidade, polaridade homem/animal, natureza/sociedade); história dos discursos científicos (vitalismo/mecanicismo, anátomo-clínica e anatomopatológica, etc.)
Loucura- (até século XVI) - Lepra, grande mal na Europa; fim das cruzadas.
Nos séculos XVII e XVIII – a loucura é contrária à sabedoria. Loucura no campo da miséria, incapacidade para o trabalho e como erro moral; (a partir de 1789) - P. Pinel: loucura como patologia, deve ser tratado nos asilos. Não liberta loucura, 'humaniza'. Medicalização da loucura, noção de periculosidade. Internação como meio que organiza a liberdade, lugar de cura.
2. Representa, no Brasil, um marco ao estabelecer a necessidade de respeito à dignidade humana das pessoas com transtornos mentais. Lei ressalta os direitos das pessoas com transtornos mentais: acesso ao melhor tratamento com humanidade e respeito e no interesse exclusivo de beneficiar sua saúde, garantia de sigilo, direito à presença médica, em qualquer tempo, livre acesso aos meios de comunicação, receber informações a respeito de sua doença e de seu tratamento, ser tratada, preferencialmente, em serviços comunitários de saúde mental.
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