A PSICOLOGIA COMUNITÁRIA
Por: rosimaira • 5/11/2018 • Artigo • 577 Palavras (3 Páginas) • 176 Visualizações
Universidade Severino Sombra
Rosimaíra de Oliveira Marcelino 10 Período
Estágio Específico Psicologia Comunitária
CAPS II
O Centro de Atenção Psicossocial (CAPs II) foi criado com uma proposta substitutiva do modelo antimanicomial, desse modo o modelo que antes preconizava a exclusão passa a exercer a postura inclusiva dos ditos “loucos” em nossa sociedade, sendo um lugar de cuidado, sociabilidade e convívio da cidade com a loucura que a habita. Sendo assim o direito à liberdade, o consentimento com o tratamento, o respeito à cidadania e aos direitos humanos, a participação do usuário no serviço; articulam-se aos conceitos de território, desinstitucionalização, porta aberta, vínculo, trabalho em equipe e em rede e assim formam os pontos de orientação que organizam e dão sentido ao cuidado nestes lugares. O psicólogo neste espaço irá promover a reabilitação no processo de construção da autonomia e da capacidade de cada usuário. Por isso, agrega à psicoterapia e ao medicamento, a potência de outros recursos e intervenções.
Oficinas, assembleias, permanência, hospitalidade, mediação das relações entre os sujeitos e seus familiares, suas referências e redes têm tanto valor quanto os recursos da ciência e da técnica. Tratar - para esta clínica, é construir as condições de liberdade e capacidade de se inserir na cidade, de fazer caber a diferença - sempre singular, no universal da cidadania, com cada usuário. (CFP, 2013, p.97)
Desse modo segundo o CFP, o trabalho do psicólogo deve ser articulado com a rede, a equipe a qual está inserido, família, proporcionando ao usuário sua autonomia, rompendo com os preceitos da desinstitucionalização, para assim conseguirem o acesso ao campo dos direitos e o exercício do protagonismo dos sujeitos, tecendo junto com este, redes de suporte e sustentação para seu modo próprio de experimentar o sofrimento e conduzir a vida.
Pode-se perceber que na pratica do Cap’s II o psicólogo tem um importante papel e é um referencial, entretanto a defasagem e a comunicação em equipe por vezes se desencontram, impedindo um bom funcionamento do serviço. Neste local, é promovida uma atividade lúdica pela psicóloga junto aos usuários semanalmente, o bingo, onde os mesmos tem liberdade para escolherem se querem participar. A psicóloga realiza o acolhimento das demandas, em alguns momentos com a médica, e a partir deles faz o encaminhamento para outra rede de serviço ou não. Há reuniões com a rede de equipamentos da cidade, assim como, reuniões familiares. Muitas vezes os usuários, se encontram muito sonolentos, devido ao tratamento medicamentoso que realizam, participando pouquíssimo das atividades promovidas. Outro ponto a ser ressaltado, é que a maior parte dos usuários possui um vínculo com a psicóloga, uma vez que ela os acolhe no momento de suas fragilidades. Faltam recursos, em alguns momentos, para melhor atuação de todos os profissionais neste equipamento, o que por vezes faz com que os usuários tenham horário reduzido.
Desse modo, percebe-se que a prática de desinstitucionalização ainda ocorre de maneira gradual, que o psicólogo ainda tem que limitar o seu espaço de atuação, pois senão ficará exercendo atividades que não seu papel. A família, equipe e a rede precisam estar articulados, para garantir uma melhor assistência a este sujeito. A falta de recursos, defasagem na equipe, falta de comunicação, comprometem todo um serviço. Enfim a construção de sujeitos de direitos e com autonomia é uma questão complexa, que precisa romper com os mitos que abarcam na sociedade.
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