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A PSICOLOGIA COMUNITÁRIA

Por:   •  3/9/2019  •  Resenha  •  698 Palavras (3 Páginas)  •  107 Visualizações

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PSICOLOGIA COMUNITÁRIA

Resenha

A década de 80 no Brasil foi uma época extremamente importante para a implementação da Psicologia Social. Foi nessa época em que se iniciou a luta antimanicomial e o processo de desospitalização, bem como a formação do Sistema Único de Saúde, sendo o começo do processo de introdução do profissional psicólogo na atenção primaria à saúde. Soma-se isso ao fato de as crises politico/econômicas da época terem afastado o cliente da terapia clinica convencional, tornando a psicologia um privilégio da elite brasileira.

A Psicologia Comunitária, apesar de estar intimamente ligada ao SUS e atenção básica em saúde, não está restrita a esse movimento. Na década de 60 já haviam se iniciado projetos comunitários na área da educação, com Paulo Freire. A psicologia Comunitária tem por principio adotar estratégias de intervenção que tenham importância e sentido para a vida da comunidade, respeitando suas particularidades, considerando sua história, sua situação econômica, educacional, tendo visão micro e macro dos acontecimentos. Porém cabe ressaltar que nem todo trabalho comunitário está enquadrado na perspectiva da psicologia comunitária, pois esse trabalho não é assistencialismo e sim um processo de conscientização social, individual e politica, considerando as necessidades sentidas pela comunidade em si, e não apenas da visão dos profissionais envolvidos.

A missão da psicologia comunitária é se inserir na comunidade para conhecer suas reais necessidades, pois, o contexto no qual o profissional está inserido no seu cotidiano, suas vivencias pessoais e mesmo sua formação profissional, muitas vezes tende a fazê-lo ter uma visão de mundo diferente da visão dos membros da comunidade, e, se o mesmo não estiver de fato conhecendo os temas relevantes para aquela população específica, pode trazer questionamentos que não sejam de interesse da população, dificultando assim a adesão às propostas levantadas. Uma comunidade é diferente da outra, e o que é relevante para uma é insignificante para outra. Não há uma tabela para o profissional seguir. E esta interação psicólogo/comunidade deve ocorrer de forma mais próxima possível, cabendo ao profissional mergulhar na realidade da população.

A psicologia comunitária desenvolve duas vertentes, a educação e a saúde, sendo que em cada caso uma será mais eficaz para os cidadãos envolvidos do que a outra. Prevenção de gravidez na adolescência entre jovens nas escolas, desenvolvimento do afeto mãe/bebê em grupos de gestantes, alfabetização de jovens e adultos, apoio a famílias de doentes crônicos e acamados, reuniões com jovens na fase pré-vestibular. Não há limite de atuação no trabalho da psicologia na comunidade. Desde que atenda aos interesses da mesma.

O que encontramos ainda hoje é uma resistência por parte dos grupos de saúde ou mesmo da população com o trabalho do psicólogo, achando que está restrito a doença mental, e pautado no modelo curativo de saúde/doença. Além da falta de adesão por parte da população por receio de exposição nos grupos de atividades, considerando que geralmente os grupos são formados por pessoas de sua convivência, como vizinhos, por exemplo. Desta forma, o grupo é visto com desconfiança, e a fragilidade do sujeito e sua falta de consciência como individuo integrante do crescimento do grupo colaboram para isso. Sendo assim, tornar este trabalho significativo para a população torna-se um desafio.

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