A PSICOLOGIA NO TRÂNSITO
Por: Nathália Rocha de Vasconcelos Paiva • 12/6/2022 • Pesquisas Acadêmicas • 4.616 Palavras (19 Páginas) • 90 Visualizações
INTRODUÇÃO
Este trabalho é fruto de uma reflexão progressivamente desenvolvida e elaborada
sobre o campo de atuação do psicólogo(a) do trânsito, suscitando a psicologia do
trânsito. Atualmente, a psicologia do trânsito, esse contexto que tanto exige atenção
e que é uma especialidade da psicologia reconhecida pelo Conselho Federal de
Psicologia (CFP), que na verdade teve sua demanda antes da psicologia ser
regulamentada no país. Assim, a psicologia do trânsito ela vem tentando contribuir
com esses estudos do comportamento humano, nesse contexto que é tão complexo,
que é tão diverso, entre todos esses atores que compõem esse sistema viário. Por
esse contexto, estende-se também nas dimensões entre o comportamento humano,
as vias, os veículos e dentre tantos sinais de perigo que se tem hoje, onde que
assustam com a quantidade de mortes.
O presente trabalho acadêmico, intitulado “Psicologia do Trânsito”, tem como objetivo
explorar o impacto do trânsito e a defesa da vida, nesse contexto, entre pedestres,
ciclistas, motociclistas e condutores e atuação do psicólogo(a) do trânsito. De acordo
com as pesquisas, o maior fator responsável por essas mortes é a falta de atenção,
considerando que o trânsito no Brasil ele ocupa hoje o quarto lugar de trânsito mais
violento do mundo, que acaba sendo uma pandemia no país a muito tempo,
atualmente temos mais de 47 mil mortes por ano.
Nesse aspecto, destaca-se que, o quanto é importante os profissionais, especialistas
em psicologia do trânsito dão maior atenção às novas formas de atuação, as
possibilidades de ampliar essa contribuição para esse contexto que atualmente ainda
é muito reduzido só a questão da avaliação psicológica pericial. A maioria dos
profissionais que atuam nessa área e que são especialistas, eles atuam credenciados
nos DETRAN’s pelo país, que é uma exigência desde de 1964, onde se desenvolveu
processos periciais nos procedimentos de primeira habilitação, também em alguns
procedimentos de renovação da CNH, quando o motorista ele de fato exerce atividade
remunerada no trânsito (enquanto motorista profissional) e também quando é
necessária essa realização de avaliação psicológica.
Consideramos, não apenas relevante, mas extremamente pertinente abordar sobre o
objetivo da avaliação psicológica, é importante esclarecer junto ao solicitante o motivo
pelo qual a avaliação psicológica está sendo requerida, seja esse solicitante um
profissional da área da saúde, uma orientadora escolar, um professor ou um gestor
de uma empresa.
Uma forma de pensar em como melhor atender ao objetivo da avaliação é formular
uma pergunta a respeito do motivo que levou o avaliado até o psicólogo (Bandeira et
al., 2016). Tendo clara a pergunta, é possível ter mais segurança para definir o tipo e
o nível de atenção que devem ser avaliados, direcionar o foco das entrevistas e
escolher instrumentos para auxiliar na construção de possíveis respostas.
Avaliação Psicológica no Contexto do Trânsito
A avaliação Psicológica no contexto do trânsito no Brasil surgiu antes da promulgação
da profissão de psicólogo. A Psicologia chega ao Brasil como ciência e profissão no
início do século XX e somente em 1962, por meio da Lei nº 4.119/62, se torna uma
profissão regulamentada.
Em São Paulo, o engenheiro Roberto Mange, em 1913, introduziu a seleção e
orientação de funcionários da Estrada de Ferro Sorocabana e foi responsável pela
criação de várias instituições: o Instituto de Organização Racional do Trabalho -
IDORT, o Centro Ferroviário de Ensino e Seleção Profissional - CFESP e o Serviço
Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI.
Porém, somente na década de 50, foi iniciada a área da Psicologia do trânsito no Rio
de Janeiro, com a contratação de psicólogos pelo Departamento Estadual de Trânsito
- DETRAN, cuja finalidade era estudar o comportamento dos condutores e as causas
humanas envolvidas nas ocorrências de acidentes, realizando as primeiras
avaliações por meio de provas de personalidade, de aptidão e de entrevistas
(Rozestraten, 1988; Silva, 2010).
Para conquistar o direito de dirigir é preciso passar pelo exame de habilitação, o
mesmo é composto pela avaliação psicológica, avaliação física e mental, exames
teórico e prático de direção. A avaliação psicológica do trânsito tem grande
importância para comunidade no todo, visa prevenção e segurança.
Nesse sentido, a psicologia do trânsito é uma “área da psicologia que investiga os
comportamentos humanos no trânsito, os fatores e processos externos e internos,
conscientes e inconscientes
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