A Psicodiagnóstico Interventivo Fenomenológico-Existencial
Por: Anderson Gouveia • 5/5/2018 • Trabalho acadêmico • 757 Palavras (4 Páginas) • 250 Visualizações
ANCORA-LOPEZ, Silvia. Psicodiagnóstico Interventivo: Evolução de uma Prática. 1ª Edição. São Paulo: Cortez, 2013. p. 45-64. | Cap. 02 Psicodiagnóstico Interventivo Fenomenológico-Existencial. |
Nome: Anderson Preto Gouveia
RA: C53CCE-4
Data: 27/02/2018
O trabalho da autora no livro ''Psicodiagnóstico Interventivo: Evolução de uma Prática'' continuado no segundo capítulo que aborda o tema ''Psicodiagnóstico Interventivo Fenomenológico-Existencial'' nos remete primeiramente como o psicodiagnóstico era entendido, acreditava-se que somente era um levantamento de dados como as queixas, história de vida e funcionamento psíquico do paciente encaminhado. Era evitável possuir algum tipo de vínculo com o indivíduo do processo, pois o psicólogo tradicional deveria atender à solicitação e cumpri-la utilizando instrumentos psicológicos a fim de dar alguma explicação do caso encaminhado.
De acordo com a abordagem fenomenológica, o psicodiagnóstico interventivo visa manter um vínculo inicial com o paciente a fim de cooperar na investigação e coleta de dados, trabalho conjunto que pode desenvolver uma compreensão melhor dos fenômenos. No caso do atendimento com a criança, na qual é trazida pelos pais, a participação da família nesse processo tem uma grande valia, ambas as partes podem ajudar a compreender e aprender sobre algumas questões, constituindo uma base indispensável no trabalho interventivo. Pela fenomenologia, considera-se que o ser humano como um ser sempre em relação, cuja a subjetividade se constitui pelas relações que o indivíduo constrói no decorrer de sua existência. Por isso a importância do psicólogo se reconhecer de alguma maneira no paciente, mergulhado em seu mundo, más ao mesmo tempo, um certo distanciamento é essencial para que se possa refletir sobre a situação.
O Psicodiagnóstico interventivo evita classificações, não coloca o sujeito em nenhuma estatística, o foco é o modo de estar do paciente no mundo e seus significados, pois ele vai participar da compreensão do que acontece com ele, sendo assim, o psicólogo deve valorizar essas questões na qual ele não é dono da verdade más ajuda no processo de significações.
No processo do psicodiagnóstico Interventivo é elaborado etapas nos atendimentos, começando pela entrevista inicial na qual somente os pais são convocados, devem ser feitas as devidas apresentações e espera-se que eles digam o motivo que os levaram buscar o atendimento. Um segundo momento do processo é a história de vida da criança, destina-se a anamnese que é feita de duas formas, a primeira é que os pais levam um questionário para sua casa e responde, na próxima sessão eles trazem esse questionário e nos entrega, a segunda forma se resume a entrevista com os pais durante o atendimento. Essa segunda forma de anamnese é muito eficaz, ela permite observar tanto o comportamento verbal como o não verbal dos pais. O terceiro passo se constitui no contato inicial com a criança, é feito as devidas apresentações e perguntas sobre o porquê ela está ali, se ela sabe o motivo que a trouxe ao atendimento. Constitui-se uma conversa com a criança na tentativa de identificar alguns aspectos das queixas trazidas e ver se elas confirmam ou não, explora-se suas fantasias, temores e suas dificuldades no processo. A quarta etapa do processo proporciona uma devolutiva com os pais, é compartilhado a concepção do profissional sobre seu entendimento com a criança para com os pais na qual espera-se que possa articular ou não com as queixas trazidas. Um quinto momento relatado pela autora, resume-se a aplicação dos testes psicológicos para avaliar e medir a personalidade cujo os resultados terão definições objetivas a respeito do paciente. Um sexto passo muito importante é a visita escolar e domiciliar com intensão de compreender melhor a criança em todo seu contexto. E por isso, em sétima etapa, uma última sessão com os pais, é delineado o que foi trabalhado e avaliar conjuntamente o processo, apontar aspectos importantes e sendo assim, determinando o desligamento do processo na qual deve-se existir uma forte aliança do psicólogo aos pais, aliança essa que no desligamento pode produzir sentimentos a serem discutidos. Na oitava fase, depois de todo processo, pode-se elaborar um relatório por escrito que vai constar alguns dados e informações sobre o paciente, informações que devem ser passadas de forma ética do profissional, o relatório pode ser passado verbalmente. E por último a devolutiva que se constitui o fechamento do processo com algumas indicações do profissional que acompanhou e interviu no psicodiagnóstico da criança.
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