A Psicologia Ciência e Profissão
Por: Framribas • 27/10/2019 • Pesquisas Acadêmicas • 2.903 Palavras (12 Páginas) • 143 Visualizações
UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ – UNOCHAPECÓ
ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS E JURÍDICAS
COMPONENTE CURRICULAR: PSICOLOGIA, CIÊNCIA E PROFISSÃO
PROFESSORA: MARIA CAROLINA MOESCH
ACADÊMICAS: ADRIANE LULA, FRANCINE RIBAS, MARI SÔNIA GOLO, NADINE DA SILVA.
TRABALHO EM GRUPO REFERENTE À AVALIAÇÃO DE G2
A PSICOLOGIA E A INTERNET
Em março de 2008 o jovem finlandês, Jerry Jalawa, com 19 anos na época, sofreu um acidente de moto e teve parte de seu dedo anelar da mão esquerda decepado. O programador de softwares solicitou ao hospital uma prótese de um dedo, e um dos médicos sugeriu que ele utilizasse uma com um pen drive na ponta, escondido sob a unha. Com a possibilidade de utilidade dupla para a prótese, Jerry aceitou a proposta. Esta é apenas uma das muitas histórias de como a tecnologia tem atingido de forma irreversível nossas vidas, trazendo é claro, muitos benefícios. As ciências também têm se beneficiado destas facilidades, e encontrado novas possibilidades e utilidades (como o “dedo pen drive” de Jerry), para essas tecnologias.
Dentre elas, podemos considerar os avanços da internet que evoluiu da discada à conexão wi-fi e que hoje podemos levar em nossos bolsos através da tecnologia 3G ou 4G em nossos smart fones, tablets, ipads. A psicologia está na lista destas ciências que têm se beneficiado com as novas tecnologias e, mais especificamente com a internet.
A união da internet com a psicologia resultou na “Psicoterapia on-line”. A prática, não tão recente, nasceu em meados dos anos 1980, nos Estados Unidos, chegando ao Brasil por volta de 1996. Segundo Santos (2005, p.160):
O termo psicoterapia on-line foi adotado para definir o contato humano com objetivos terapêuticos “individual ou em grupo” mediado pelo computador. Alguns teóricos atribuem ao termo um caráter mais amplo, ou seja, todo contato com fins terapêuticos que se estabelece na internet, sem que as presenças físicas das partes habitem o mesmo ambiente, pode ser denominado “terapia on-line”.
Para que haja essa interação on-line com finalidade terapêutica, o acordo entre paciente e terapeuta é pré-estabelecido. Um dos pontos a ser acordado é a forma de comunicação, podendo ser assicrônica ou sincrônica. Na forma assicrônica a comunicação não acontece em tempo real, onde normalmente o paciente envia mensagens de forma escrita, que serão respondidas pelo profissional. Já no formato sincrônico, dois ou mais indivíduos interagem de forma simultânea, através de videoconferência, chamada de vídeo ou chat, o que permite o uso de som, imagem ou escrita das partes envolvidas.
Muitos termos são utilizados, além de psicoterapia on-line também pode ser chamada de psicoterapia mediada pelo computador, terapia on-line, e- terapia, ciberterapia, ciberatendimento, ciberpsicoterapia, webpsicanálise, dentre outras. Pode ainda, aparecer com as siglas Psicoterapia on-line (POL) e Terapia On-line (TOL).
Em sua pesquisa, Santos (2005, p.169), colheu dados sobre a experiência de terapia on-line com profissionais, da área, os dividindo em dois grupos, sendo que um deles trabalha com práticas on-line, e o outro grupo não. Como facilidades, a pesquisa aponta “afinidade com a informática, menor investimento financeiro, comodidade, flexibilidade de horário, trânsito, violência, impossibilidade de locomoção e dificuldade de acesso aos profissionais da área por questões de moradia”.
As deficiências da prática estão voltadas para a comunicação, a expressão dos sentimentos, do silêncio e das reações corporais, as possíveis distorções da comunicação escrita e garantia do sigilo. Em contrapartida o mesmo tipo de contato favorece a descontração, a possibilidade de o terapeuta vivenciar sentimentos, a correção nas intervenções escritas, a possibilidade de ser registrado todo o processo, menor tempo de duração do tratamento, custos mais baixos e acesso a maior número de pessoas. Santos 2005, p. 166 e 167.
Avanços da área no Brasil - Informatização de clínica psicológica: benefícios para usuários e profissionais.
Nesta parte da pesquisa, temos a finalidade de abordar a importância, as dificuldades e os benefícios do uso da informatização na psicologia, no desenvolvimento da atuação do psicólogo. Conforme Herzberg (2005), desde 1984 há o atendimento psicológico em clínica-escola e em instituições ligadas à saúde de forma geral, poucas porém, são as que se voltam exclusivamente para a questão da informática neste mesmo contexto. Mesmo que a tendência seja de aumentar, em função do crescente interesse na utilização do recurso da informática. Criam-se várias iniciativas para fazer uso da informática no desenvolvimento da atuação da psicologia. Para Herzberg:
Aparentemente há um consenso entre os profissionais da área da psicologia clínica, na importância da sistematização e organização de dados que pode, com mais segurança, avaliar o desenvolvimento das clínicas psicológicas e dos serviços de psicologias na área da saúde em geral, bem como metas para o futuro, planejamento, bem com a introdução de novas formas de atendimentos. Herzberg, 2005, p.77
A participação de reuniões científicas como o Seminário Nacional de Psicologia e Informática, entre outros da área da pesquisa, observou-se a necessidade entre os profissionais de um gerenciamento de fluxo da clínicas-escolas, um cuidado especial com o objetivo de aperfeiçoamento no atendimento ao cliente e
à profissionalização. Com a necessidade de estabelecer contatos posteriores à reunião científica, nasce a ideia de criar um software na universidade, para o gerenciamento de dados da clínica de psicologia. O software desenvolvido para o gerenciamento de dados da Clínica Psicológica “Dr. Durval B. Marcondes” do Departamento de Psicologia Clínica do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, é denominado de PsicoUsp. É utilizado rotinamente na Clínica desde 1999 e já possui aproximadamente cadastrados 1700 clientes, e 3500 registros relativos aos atendimentos, conforme Herzberg (2005). Em princípio, o software é usado para uma organização da clínica-escola, mas é um importante passo para a informatização da profissão do psicólogo. O software é usado para uma triagem dos clientes onde fica registrado quem o atendeu e quem foi o supervisor.
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