A Psicologia Clínica
Por: Luciana Coutto • 26/4/2021 • Resenha • 446 Palavras (2 Páginas) • 170 Visualizações
Segundo o artigo do Curso de Psicologia Clínica (2020), “a psicologia clínica é uma integração da teoria e da prática, da ciência e do conhecimento clínico com a finalidade de compreender, prevenir e aliviar o sofrimento psicológico ou disfunção, promovendo o bem-estar e desenvolvimento pessoal. ” Fazendo parte do escopo da clínica, temos como uma das abordagens, a Psicanálise.
Sendo a Psicanálise teoria, técnica e método de investigação, estabelece uma sistematização de produzir saber, sendo na clínica, Academia ou mesmo na polis, sua formalização seria entendida como a descrição do seu método.
O tripé da Psicanálise é composto de: análise pessoal, estudo e supervisão proposto por Freud, defendido até hoje nas instituições de formação, tendo sua inserção na universidade desde a década de 1950, nos currículos de Psicologia, Medicina e nos programas de pós-graduação. Para Fontenele (2006), a presença de psicanalistas na universidade seria uma realidade, mas isso não significa que não existam pontos de reflexão e de tensionamento, mesmo sabendo da sua viabilidade clínica no ambiente universitário baseado na lógica da disparidade dos modelos e formação como sendo parte do estudo em Psicologia Clínica, pelo aspecto de pesquisa em sentido lato.
Metodologia
Segundo Kesser e Silva em seu artigo, estabelecem que “(...) a função do fazer clínico no processo de formação do aluno e a possibilidade de que algo da proposta psicanalítica se faça valer. Diversos analistas que possuem experiência na atividade de supervisão em clínicas universitárias já se interrogaram acerca da possibilidade de transmissão, pela via da clínica, da psicanálise na universidade. A clínica sob supervisão, como destaca Dias (2003), abre-se como um campo privilegiado para este debate. ” Kessler e Silva (2019)
No Brasil, existe um ambiente favorável para que esse contexto da Psicanálise nas universidades viável, dentro da clínica, uma vez que os cursos já propiciam a prática e a supervisão no decurso da formação.
Subordinar o ensino da Psicanálise ao discurso universitário implica que o ensinante esteja, necessariamente, sob um contrassenso ético (Lo Bianco 2006).
A clínica-escola vem como proposição de um fazer clínico. É importante lembrar que a Psicanálise é que faz a escuta ao sujeito do seu inconsciente, marcando uma diferença epistemológica, trazendo em seu método (tratamento e investigação).
É necessária a reflexão sobre o fazer psicanalítico nas universidades. Não há distinção metodológica entre o método que se aplica na clínica e na pesquisa. O espaço de diálogos e aprofundamento acerca dessa matéria se faz necessário para que as divergências fiquem cada vez mais minimizadas.
Referência
http://www.cursosonlinesp.com.br/product_downloads/a/curso_de_psicologia_clinica_sp__76407.pdf
KESSLER, C H; SILVA T P Psicanálise, Clínica e Universidade: Impasses e Possibilidades. Disponível em:
MENDES, R C; PARAVIDINI, J L Psicanálise em pesquisas: o método investigativo e algumas afirmações essenciais a duas críticas recorrentes. Disponível em:
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