A Psicologia Comunitária
Por: Luana Barbosa • 7/6/2018 • Trabalho acadêmico • 1.247 Palavras (5 Páginas) • 154 Visualizações
UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA
Instituto de Ciências Humanas
Curso de Psicologia
PSICOLOGIA COMUNITÁRIA
BEATRIZ BRANCO LANNA N974AF-3
LUANA DE BARROS BARBOSA D075GJ-2
MARIA CAROLINA DE JESUS SILVA C7174I-4
RAGNER EVANGELISTA DE LIMA C992GH-9
Campus Chácara Santo Antônio
São Paulo - 2018
SUMÁRIO
Introdução
Cecco Santo Amaro
Entrevista com a Psicóloga
Conclusão
Bibliografia
INTRODUÇÃO
Comunidade define-se por um grupo de indivíduos que se relacionam entre si. As relações sociais vividas por esses indivíduos é o elemento que define grupos. As relações vividas por grupos podem ser diversificadas, mas começam geralmente com o fenômeno de “amarração conjunta” que é o “algo em comum” que une os indivíduos em um único grupo. A psicologia Comunitária nasce de um ramo da psicologia social, quando surge uma preocupação em dar uma atenção maior para comunidades em situação de vulnerabilidade.
No Brasil, a psicologia comunitária surge com a influência do Golpe Militar (1968-1975), que gera um questionamento sobre a ação da classe dos psicólogos junto á população. A psicologia social trabalha de modo interdisciplinar, isto é, em conjunto com outros profissionais de diversas áreas, e tem o objetivo de desenvolver consciência, sobretudo política, em sujeitos que podem se beneficiar de ações conjuntas e organizadas.
A ação do psicólogo é muito importante para a psicologia comunitária, é através deles que os sujeitos dessa comunidade adquirem consciência política, verificando a necessidade e a efetividade de propostas governamentais em programas comunitários. É de interesse do psicólogo comunitário compreender como as pessoas daquela comunidade vivem no dia-a-dia, quais as relações que são estabelecidas entre eles e quais significados são atribuídos á vida. Com o psicólogo, os trabalhos comunitários passam a ser construídos de forma coletiva, com base no que cada comunidade necessita e acredita, focando na relação entre a comunidade e os profissionais em conjunto com a população.
CECCO SANTO AMARO
O Centro de Convivência e Cooperativa Santo Amaro é um equipamento de saúde e atenção básica que forma essa rede juntamente com o CAPS. Essa instituição da prefeitura, financiada pelo serviço público através de impostos, parte do princípio de que nenhuma instituição é total, é necessário haver uma rede para evitar a internação do usuário como única resposta à sua doença. O CECCO atende pessoas em vulnerabilidade social (aqui entendida por pessoas com transtorno mental, portadoras de deficiências físicas e mentais, além do usuário de drogas) em conjunto com o público comum, por isso sempre está dentro de parques, clubes e praças, que são locais de convivência entre as pessoas através de uma linguagem comum, a atividade que eles exercem ali.
Porque o CECCO acredita em reabilitação do sujeito e a inserção deste que está á margem de volta a sociedade, sua cooperativa favorece a inserção social do sujeito através do programa “Economia Solidária”, que fomenta núcleos de geração de renda que promovem autonomia para que o sujeito se insira na sociedade com sistema capitalista em que vivemos.
O CECCO Santo Amaro fica num local de fácil acesso aos usuários, ao lado do terminal Santo Amaro e da estação de metrô Largo 13. Possui campus de universidades próximas e sua sede conta com salas separadas para a realização de oficinas; uma recepção onde os usuários identificam-se e marcam presença; uma cozinha para as atividades de gastronomia e uma sala de reunião para a equipe multiprofissional, que conta com enfermeiros, fonoaudiólogos, assistentes sociais. Porque está localizado dentro de um Clube Escola, os profissionais podem utilizar de todo o espaço do clube, como as quadras cobertas e abertas, para a realização de atividades terapêuticas com o grupo atendido.
A ENTREVISTA COM A PSICÓLOGA
A psicóloga entrevistada formou-se na PUC-SP, fez aprimoramento no Instituto Sedes Sapientiae e atualmente faz parte da Sociedade Brasileira de Psicologia. Desempenhou funções de atendimento como psicóloga clinica e participou em atividades de gestão. Ela trabalha na instituição CECCO há seis anos, trazendo um olhar clínico para as relações interpessoais dos sujeitos presentes, além de trabalhar na constituição dos sujeitos aplicando percepções das noções de grupo (usuários e equipe) nas dinâmicas oferecidas.
O CECCO atende pessoas em vulnerabilidade social (aqui entendida por pessoas com transtorno mental, portadoras de deficiências físicas e mentais, além do usuário de drogas). Cada um deles é responsável por administrar uma oficina ou atividade aos usuários, a divisão depende da vontade do profissional de ministrar a atividade, do número de usuários presentes naquele grupo e na distribuição institucional presente.
A função da psicóloga entrevistada no CECCO é a de acompanhar os grupos terapêuticos em suas atividades (oficinas de arte e madeira, artesanato, aulas de futebol e dança), participar na equipe multiprofissional trazendo um olhar clínico para a equipe para os frequentadores do centro de convivência, além de participar da RAPS local. A RAPS- Rede de Apoio Psicossocial, fundamentada pela lei federal n°3088 de 23 de Dezembro de 2011, tem como finalidade é a criação e ampliação de pontos de atenção à saúde de pessoas com transtorno mentais, usuário de álcool e outras drogas e portadores de deficiências físicas, no âmbito do SUS. Impulsionada pelo movimento anti-manicomial, baseada na reforma psiquiátrica italiana, tem o objetivo de acabar com as instituições totais e, por consequência, com a internação compulsória.
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