A Psicologia Comunitária
Por: Karol Braga • 9/11/2018 • Resenha • 966 Palavras (4 Páginas) • 217 Visualizações
Atividade - Livro Psicologia Social Comunitária
Maria Karoline Braga de Sousa
A psicologia comunitária no Brasil surge de meio social através da busca de uma psicologia menos elitizada e de melhores condições de vida para a classe mais pobre e trabalhadora da sociedade, o espaço teórico e prático dessa psicologia só foi alcançado por meio da utilização de técnicas e métodos de pesquisa aplicados nas classes mais pobres e populares. esses trabalhos partem do levantamento das necessidades voltadas à saúde, saneamento e educação dos grupos de menor renda.
Na literatura aponta que a psicologia comunitária é uma vertente da psicologia social que se mostra de uma maneira mais prática, ou seja, a psicologia social apresenta a teoria dos grupos e indivíduos que estão imersos no meio social e a comunitária procura trabalhar e intervir na vivência social dos indivíduos das comunidades buscando entender quais as suas reais necessidades e aspirações.
Um conceito que bem descreve a psicologia social comunitária é “estudar as condições (internas e externas) ao homem que o impedem de ser sujeito e as condições que o fazem sujeito numa comunidade, ao mesmo tempo que, no ato de compreender, trabalhar com esse homem a partir dessas condições, na construção de sua personalidade, de sua individualidade crítica, da consciência de si (identidade) e de uma nova realidade social” (Gois, 1990). A partir desse conceito pode-se inferir que a psicologia comunitária objetiva a criação de consciência crítica nos sujeitos sociais através de trabalhos realizados em grupos e comunidade.
Com isso, após a apropriação desses estudos pelo psicologia, tem-se hoje vários psicólogos trabalhando em instituições públicas que promovem saúde e bem estar físico e emocional, além de escolas, creches e outros veículos de atendimento social. Gois (1993) aponta que o principal problema da psicologia comunitária é transformar o indivíduo em sujeito, um sujeito crítico, ativo, consciente das situações sócio-políticas e de sua própria história.
Na psicologia social e comunitária, teoricamente o conhecimento é produzido a partir da interação do pesquisador e indivíduos envolvidos na pesquisa, além disso, metodologicamente utiliza-se sobretudo a análise institucional, a pesquisa-participante, a pesquisa-ação. no mais, como valores dessa área da psicologia tem-se o respeito aos valores humanos, a ética da solidariedade e a busca por melhoria das condições de vida da população, por isso o psicólogo vai atuar como um analista-facilitador, ou seja, ele vai ter a iniciativa de solucionar os possíveis problemas de determinado grupo social.
Historicamente a psicologia comunitária surge em um contexto de manifestações populares com confrontos políticos concomitantemente com a inauguração e inserção dos cursos de psicologia no Brasil na década de 60. Neste período surgem preocupações acerca do papel desempenhado pelo psicólogo, assim como à atuação dos profissionais da saúde junto à população (saúde pública) e a forma de educação popular, trazendo como ponto principal a alfabetização como instrumento de conscientização.
Nos Estados Unidos e na América latina, nesta mesma época, já utilizavam a expressão “psicologia comunitária” para se referir às atividades exercidas por psicólogos e outros profissionais em comunidades de baixa renda, no entanto, esse trabalho era de puro cunho assistencial e manipulativo o que não trazia bons resultados.
Com o reconhecimento da necessidade de atenção às comunidades os profissionais das mais diversas áreas, em especial da psicologia, começaram a fazer encontros científicos a fim de discutir as necessidades das comunidades e a partir disso a psicologia comunitária começa a ganhar espaço e voz dentro do meio acadêmico, social e científico.
Em 1881, um grupo propôs um projeto que visava a saúde mental da população e buscava uma maior compreensão acerca da psicologia social comunitária. Esse projeto permitiu a prestação de serviços de atendimento individual e grupal e acompanhamento dos diversos tipos de pessoas e grupos sociais, tendo por objetivo a saúde mental e o crescimento da população através da superação de individualismo promovendo assim mudanças naquele cenário social.
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