A Psicologia Social

        O papel da família dentro das determinações sociais é fundamental para  a formação de um indivíduo como um ser social. Dentro da instituição familiar há leis, normas e costumes que definem  direitos e deveres dos seus membros e os papéis que deverão reproduzir nas relações  dentro da sociedade em que vivem. Na família é onde se aprende a primeira estrutura social com suas leis, regras e hierarquia. Desde cedo, a criança enquanto filho que cresce, vive na relação de hierarquia de poder dos pais quando dizem, por exemplo, que não pode mexer em algo, ou que não pode fazer algo. Dessa forma, vamos nos desenvolvendo como se seguir regras fosse natural. Outro exemplo são as estruturas familiares, entre marido e mulher, onde tende a ser o homem quem trabalha, como se fosse necessário para sua preservação e manutenção do poder,  e a mulher a submissa, que cuida dos filhos e da casa, sistema familiar conservador entre muitos até os dias de hoje.

        A escola, por sua vez, também como na família, há princípios, objetivos, conteúdos, direitos e deveres. É uma instituição que deveria ser um espaço destinado para desenvolver a autonomia do individuo. Porém, na escola há construção de relações de dominação social, onde os alunos são classificados de acordo com um padrão pré-estabelecido, em que não se leva em consideração as necessidades e qualidades individuais.  Nesta instituição, a autoridade representativa e a competitividade, devido os conhecimentos passados por ela do ensino fundamental até o médio, tem a pessoa do professor como sendo a autoridade máxima. Outra característica é a de se achar que só os mais esforçados tem êxito na vida, só os bons alunos, o que não é verdade , pois uma pessoa mais humilde pode se dar bem na vida.

                Esta visão de mundo e valores que nos é apresentada inicialmente só será questionada quando temos o contato com pessoas fora dessa estrutura através, por exemplo, da escola e ambiente de trabalho. Existe um método de intervenção nas sociedades capitalistas, onde a mediação da ideologia dominante se faz sentir nas relações sociais desempenhadas na família, na escola e no trabalho, impedindo ou dificultando a criação de novas formas de relacionamento.

        Aqui no Brasil existe uma insatisfação , o que se faz confrontar conceitos, teorias e resultados de pesquisas a fim de criticar os modelos que não se aplicavam a nossa realidade. Para que não ocorra uma dominação e submissão é preciso que a pessoa crie consciência e questione, pense sobre as ordens e a tudo que é dito e feito.