A Psicologia Social
Por: Raphael Santos • 17/11/2020 • Projeto de pesquisa • 1.275 Palavras (6 Páginas) • 136 Visualizações
Resumo de uma das formas de consciência, trazendo elementos do texto e meu entendimento.
As formas de consciência descritas por Mauro Iasi trazem um conceito de consciência e de sua formação elaborados a partir de diferentes perspectivas, pensadores e filósofos e com um conteúdo militante e envolvente, trazendo temas e reflexões sobre este fenômeno que é a consciência.
A consciência nasce a partir da relação entre um indivíduo, o meio e as pessoas; É necessário colocar neste momento a consciência como uma interiorização, subjetiva, e singular porém que se manifesta também no coletivo, se apresentando de maneira diferente em cada ser humano, que por ser único e parte de um todo, faz da consciência um fenômeno, que assim como uma junção do que Freud, Marx e Gramsci afirmaram, o processo se dá na interação com o mundo, a partir de percepções individuais e a consciência é mera conexão limitada entre os seres e torna cada ser filósofo a seu modo;
A forma que escolhi para desenvolver este trabalho é a 1º Forma de consciência, e esta começa quando nascemos e somos inseridos em um contexto, social, cultural, geográfico e histórico, somos cuspidos em meio a uma história maior do que a nossa e de cada ser que nos rodeia, a história do mundo que traz consigo uma bagagem e período muito mais significativa do que toda a expectativa de vida do lugar mais perfeito do mundo, nascemos com a certeza de que vamos acabar e o mundo continuará e está verdade é inata, eu mesmo passei por quase 4 fins do mundo, o que torna a coisa mais engraçada ainda nesta frase é colocar a palavra fim no plural; dentro desta” aleatoriedade” científica nascemos em uma família, de acordo com Mauro “A primeira instituição que coloca o indivíduo diante de relações sociais é a família” e somos completamente dependentes de cuidados, a princípio nem mesmo nos vemos como alguém singular, não existe EU, somos parte de nossas mães e o nascimento do EU se dá em um processo, quando nos separamos do seio materno e percebemos que não temos controle sobre o outro. De acordo com as teorias de Freud e a compreensão do ID ( reflexos inatos e somatizados da espécie), EGO (que aparece para intermediar o ID e o meio externo)e o SUPEREGO ( agente especial no qual prolonga-se a influência parental; está traz consigo toda uma cadeia histórica) pude compreender que cada indivíduo que nasce atualmente é imposto sobre tais leis naturais da formação da consciência e da subjetividade; Dado nosso desenvolvimento, é visto que possuímos duas necessidades, a princípio, a partir da consciência: Alimento e Sexo. O alimento é a base da sustentação da vida, e sobre este não irei me aprofundar por motivos óbvios. É na nossa primeira socialização, com nossos familiares, mais especificamente o pai e a mãe, onde se desenvolve o complexo de édipo, o indivíduo passa a amar um dos pais e rivaliza o outro, tentando destruir o rival; este processo inconsciente coloca em risco a sobrevivência deste indivíduo, então este posterga essa rivalidade para preservar a si mesmo, e assim sobreviver. Assim a necessidade de sexo é adiada. É aqui que é desenvolvido alguns elementos e o indivíduo passa a viver as relações com a realidade dada; há uma ultra generalização: Suas vivencias são dadas como uma realidade única, esta generalização forma padrões na consciência deste indivíduo, por exemplo: Pais rígidos que dizem que azul é cor de menino e rosa é cor de menina. Dentro destas dadas realidades o ser começa a se subordinar as autoridades, nos espaços de socialização que são reforçadores desta forma de consciência: a escola e o trabalho.
Na escola temos por exemplo o modelo sendo reforçado e passado onde todos ficam virados para o professor, as cadeiras são afastadas e separados, em sua maioria, e levam os alunos a configurar-se neste contexto capitalista imposto, de acordo com Mauro “Na escola, as regras são determinadas por outros que não nós, outros que têm o poder de determinar o que pode e o que não pode ser feito e nosso desejo submete-se diante da sobrevivência imediata”; no trabalho temos o mesmo modelo, por exemplo, se configurando na autoridade do chefe, salários injustos e mais uma vez o capitalismo se impondo como afirma Mauro: “as relações já encontravam-se pré-determinadas, outros determinam o que se pode e o que não se pode fazer, o capital determina o como, o quando e o que fazer.”
Dentro deste modelo capitalista o homem percebe que sua produção não é mais dele, uma pessoa por exemplo constrói a escola como pedreiro, mas seus filhos estudam em uma escola pública, ou a faxineira que não limpa a sua casa mas trabalha limpando a casa dos outros e até mesmo a baba que pode criar seus filhos, mas cria o de outra pessoa; com isto é possível perceber o processo de alienação, onde não se tem algo, e este processo se dá da seguinte forma: Alienado da natureza, de si e do outro / sua espécie.
...