A Psicologia da Exclusão
Por: kleberunip • 4/5/2015 • Pesquisas Acadêmicas • 1.708 Palavras (7 Páginas) • 342 Visualizações
TEMAS EM PSICOLOGIA SOCIAL
NORDESTINOS: “Os Processos Psicossociais da Exclusão”
SÃO PAULO
2014
TEMAS EM PSICOLOGIA SOCIAL
Nordestinos: “Processos Psicossociais da Exclusão”
SÃO PAULO
2014
Sumário
1- INTRODUÇÃO 4
2- DEFINIÇÃO DA PATOLOGIA – ELA 5
3- FATORES DE RISCO 6
4- SINTOMAS 8
5- TRATAMENTO 10
6- CONCLUSÃO 12
7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 13
INTRODUÇÃO
O objetivo principal deste trabalho encontra-se na discussão e análise à questão da exclusão social, com foco mais específico aos Nordestinos, que sofreram preconceito durante e após as eleições deste ano.
Ao se falar em exclusão social podemos trazer dimensões e situações como: pobreza, fome, desqualificação, ausência de cidadania, discriminação entre outras questões. Assim, tal expressão mostra-se complexa e contraditória, mas que, ao mesmo tempo, é muito clara e presente na realidade de milhões de pessoas que a vivem cotidianamente.
Segundo alguns pensadores, como Costa (1998), a exclusão social apresenta-se como um fenômeno complexo e heterogêneo, que pode falar em diversos tipos de exclusão.
Dentro deste contexto, identifica-se os seguintes tipos de exclusão social:
• Econômica: trata-se, basicamente, da “pobreza”, situação de privação de recursos. Caracterizada geralmente por más condições de vida, baixos níveis de instrução e qualificação profissional, emprego precário etc;
• Social: a causa está atrelada ao domínio dos laços sociais. Situação de privação do tipo relacional, caracterizada pelo isolamento. Como exemplo citamos os idosos, deficientes. Este tipo de exclusão pode não ter qualquer tipo de relação com a pobreza, mas sim ser consequência de distintos modos de vida familiar. Entretanto, ela também pode estar atrelada ao aspecto econômico, sendo a questão social decorrente da econômica;
• Cultural: as formas de exclusão estão relacionadas com os fatores culturais, como o racismo, a xenofobia, dificultando a integração social entre os diferentes;
• Patológica: as situações de exclusão se devem a casos de origem patológica, especialmente de ordem psicológica ou mental. Tal situação é a causa da maioria dos casos de ruptura familiar;
Xenofobia aplica-se a aversão a outras raças e culturas. Muitas vezes é característica de um nacionalismo excessivo. O termo xenofobia também tem sido usado pelos meios de comunicação indicando um medo intensivo, descontrolado e desmedido em relação a pessoas ou grupos diferentes, com as quais nós habitualmente não contatamos. Esses tipos de preconceitos vêm sendo fortemente discutidos na internet, um dos meios de comunicação mais utilizado na atualidade.
O trabalho apresenta uma discussão um pouco mais detalhada sobre um dos tipos de exclusão social: Cultural, com exemplos inúmeras publicações ofensivas nas principais redes sociais, referindo-se aos nordestinos.
DEFINIÇÃO DE EXCLUSÃO SOCIAL
Segundo a autora do texto “Os Processos Psicossociais da Exclusão”, Denise Jodelet, a definição mais próxima de exclusão, é quando ela atinge “o nível das interações entre as pessoas e entre grupos, que dela são agentes ou vítimas. Este nível é o próprio da Psicologia Social”. Ela ainda acrescenta, “...considerando o espaço de interação entre pessoas ou grupos, no seio do qual elas se constroem e funcionam. É o mesmo que dizer que essa abordagem pressupõe a existência de um laço social, seja ele perverso ou pervertido. E é aí que ela pode ter alguma coisa a dizer sobre a exclusão”.
3 – BREVE HISTÓRICO E INTERAÇÕES DO TEMA.
A interrogação dos psicólogos sobre a exclusão social teve como propulsor as consequências entre as duas grandes guerras mundiais (regime nazista) e também os conflitos raciais que ocorreram nos Estados Unidos (imigração, Ku-Klux-Khan).
Após se analisar várias perguntas, chega-se a algumas iluminações complementares. A existência de motivações hostis, deve-se ao fato de que o cidadão ou grupo social, passando pelo entrave de uma necessidade ativa em si e nos outros o sentimento de cólera o qual aumenta a tendência à agressividade.
Quando não é possível descarregar esta raiva na fonte causadora, por ela ser poderosa ou mal identificada, esse sentimento é repassado para os mais fracos ou de mais fácil acesso. É o que observamos, recentemente durante e após o resultado das eleições presidenciais no Brasil em 2014. Abaixo, vemos alguns exemplos de ataques diretamente ofensivos à população nordestina através das redes sociais, por simpatizantes do partido da direita (Aécio Neves – PSDB) em relação à vitória de Dilma Rousseff sobre o adversário no segundo turno:
[pic 1]
[pic 2][pic 3][pic 4]
De acordo com o site do jornal G1, “Na ação, a OAB-CE pede que a Polícia Federal seja acionada para identificar os autores das mensagens, que devem ser punidos pelo crime de racismo. "Essas pessoas [que postam comentários preconceituosos] acreditam na impunidade por estarem no ambiente virtual, mas elas precisam ser penalizadas por ferir o princípio básico da constituição, o de que todos são iguais".
Logo, essa questão indica que pelo fato da maioria das pessoas em sociedade se utilizarem do senso comum para se comunicar, a replicação destes comentários nas redes sociais ou em público mesmo, se intensificaram. É a forma de atribuir ao povo nordestino, a frustração pela perda das eleições do candidato escolhido . Esse tipo de pensamento se espalha rapidamente por serem indivíduos pertencentes ao mesmo grupo social ou de mesma etnia. Sul-Sudeste X Norte-Nordeste.
...