A Psicoterapia Infantil no Contexto Público

2.5 Psicoterapia Infantil no Contexto Público

O crescimento da Psicologia ao longo do tempo permitiu a garantia de um espaço institucionalizado de trabalho nos serviços públicos. Partindo das escolas, através de orientação psicopedagógica, diagnósticos e aplicação de testes; e, posteriormente na saúde, nos hospitais, a partir de estudos de caso, perícias e psicoterapia (DIMENSTEIN, 1998). Nota-se que, a partir da Constituição de 1988, um crescimento dessas áreas de atuação, bem como uma ampliação para campo das Políticas de Assistência Social, onde convergiu uma relevante parcela de profissionais, principalmente a partir da elaboração do Plano Nacional da Assistência Social.

O direito de atuação da Psicologia no serviço público proporcionado pela Política de Assistência Social e a criação do Estatuto da Criança e do Adolescente, ressignificou a atuação da Psicologia no serviço público voltada para infância e adolescência. A psicoterapia infantil é um tratamento especializado para a abordagem das dificuldades emocionais, sociais e/ou comportamentais de crianças, que interferem no seu cotidiano, dificultam o desenvolvimento das habilidades adaptativas e/ou ameaçam o seu bem-estar e dos outros à sua volta. Neste sentido o psicólogo trabalhará em parceria com a criança, de forma que as suas dificuldades sejam exploradas e compreendidas pelas crianças de forma que melhore o processo de desenvolvimento.

Neste cenário é preciso compreender a fragilidade do sistema social em que essas crianças se encontram, a vulnerabilidade social e os riscos que estão expostas. Desta forma, através de programas sociais como o (CRAS, CREAS) o profissional de psicologia amplia o seu campo de atuação, visando contemplar esse público tão sensível e carente de recursos.

 

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